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sábado, 29 de outubro de 2011

Líria na Senhora Ministra

Para esclarecimento dos leitores do blog, dou a conhecer a exposição que fiz a Sua Excelência a Ministra da Agricultura, Ambiente e Ordenamento do Território.
Duas semanas depois, remeti ao Reconquista, o texto abaixo que, presumo, oportunamente publicará.
Não dou por finda esta luta... mas agora que a Líria teve honras de Ministra, Assembleia da Republica, e toda as entidades que têm responsabilidades na situação, fico a aguardar que todos assumam as responsabilidades que a cada um cabe.
Voltarei.

Manuel Peralta


Assunção, Senhora Ministra, malho ao troço e não desista.

Senhora Ministra
Excelência

Manuel Peralta residente em Alcains, freguesia da Câmara de Castelo Branco, vem através do Reconquista, dar-lhe conhecimento de uma situação que ao longo dos anos, venho denunciando relativo ao crime ambiental cometido pelos poluidores do ar que respiramos e da ribeira da Líria.
Os poluidores, por ordem crescente de poluição, são as seguintes entidades.
1-Águas de Portugal, através de uma sua participada as Águas do Centro.
2-Serviços Municipalizados de Água e Saneamento da Câmara de Castelo Branco.
3-Oviger - Matadouro Industrial.
Senhora Ministra, em seguimento de outras denúncias, fiz em 21 de Fevereiro do corrente ano, no portal do DRAP, nova “denúncia sobre descargas de resíduos do matadouro industrial, Oviger, e de águas residuais na ribeira da Líria“.
Esta denúncia/reclamação tomou no portal da DRAP, o número 873.
Oito meses depois, repito, oito meses depois, em 10 de Outubro, recebo informação da Direcção Secretarias da DRAPC, informando-me que a Chefe de Divisão de Licenciamentos e Apoio Laboratorial da DRAPC, também havia recebido denúncia idêntica do IGAOT, em que este IGAOT solicitava diligências no sentido de se apurar a situação denunciada.
Em 18 de Março, a DRAPC oficia ao IGAOT solicitando parecer, visto que o assunto seria da competência do IGAOT.
É comigo ou é contigo?
A Chefe de Divisão de Licenciamentos e Apoio Laboratorial da DRAPC, envia cópia ao IGAOT da Licença de Exploração e claro, do imprescidível THUR..., pois sem THUR não há quem os ature...
Em 15 de Setembro é recepcionado pela Chefe de Divisão novo email sobre a denúncia efectuada em 21 de Fevereiro.
Mas a saga não se fica por aqui, pois em 22 de Setembro, a DRAPC oficia à Oviger para conhecimento, oficia à ARH/TEJO para se pronunciar sobre matérias da sua competência e oficia ainda à IGAOT, para dar conhecimento do trabalho até aqui efectuado, que por aqui, não é visto nem achado...
Entretanto entra outra entidade o SEPNA/GNR, que vai à Oviger e que perante as auto análises, repito auto análises efectuadas pela Oviger, constata que estão abaixo das máximas permitidas pela entidade licenciadora, no caso em apreço a DRAPC, SEPNA que, conhece o local do crime, conhece o caminho da prova, há fortes indícios sobre o conhecimento do criminoso, mas o seu ministério passou uma licença que não permite deter o eventual criminoso... claro, a linguagem aqui é de ficção.
E assim vamos andando...
Portanto, as entidades supra referidas têm licença para poluir, e ninguém faz nada, andam todos a dar conhecimento uns aos outros... gastando os meus impostos e os meus já descontados subsídios.
Senhora Ministra, peço-lhe desculpa pelo tempo que eventualmente lhe possa ter feito gastar, caso este assunto chegue ao seu conhecimento, mas a finalidade é esta.
1 - Mostrar o estado em que estão no país, região e, por aqui, os seus/nossos serviços da administração pública.
2 - Informar que a licença para poluir passada pela DRAPC, termina em Janeiro/Fevereiro do próximo ano.
3 - Esclarecer que caso seja concedida nova licença para poluir, sem que as entidades poluidoras resolvam internamente a situação, depois destes avisos todos, participarei ao Ministério Público contra a negligência e/ou dolo eventual da pessoa, entidade, serviço ou direcção, que tal tenha feito.
Senhora Ministra, agora que todas estas entidades estão sob a sua responsabilidade, e bem, aguardo que, ao ter conhecimento da situação, promova o necessário e liberte Alcains, freguesia da Câmara de Castelo Branco, deste crime ambiental.
Solicito a sua atenção para a foto, que vale por todas as minhas palavras.
Muito obrigado pela sua atenção, fico a aguardar pelos desenvolvimentos que a situação requer.

Manuel Peralta

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Apanha-se mais depressa um “Presidente“, que um coxo

Hesitei sobre se as “inverdades“ documentadas pelas fotos, deveriam ou até, mereciam ter resposta, mas para esclarecimento definitivo de quem nos lê, reafirmo o que o senhor António Rosário Duarte, nascido na Póvoa do Rio de Moinhos e proprietário da moradia me disse, e no local pudemos confirmar.


1 - Que as árvores da junta, levantaram o pavimento do quintal, e que não conseguindo abrir o portão, impede o acesso à garagem.
2 - Que no outro passeio, sob o efeito das raízes doutras árvores, o muro está aberto ameaçando ruína e que, a grade metálica deste muro, está a desligar-se do pilar que a suporta.
3 - Que em rua adjacente, a um morador nascido em Alcains, a junta, não importa qual, até podia ter sido a minha há 32 anos, cortou ou permitiu que cortassem duas árvores apenas por questões aparentemente estéticas.
Os troncos serrados estão lá e mais esta foto documenta.
A discriminação negativa está provada, por muito que custe.
4 - Que a junta, cortou ou obrigou a decotar a figueira propriedade do Senhor António Rosário Duarte, que tinha ramos para a via pública, em local em que o passeio de fregueses é interrompido, num canto, numa esconsa rua.
5 - Que sendo a junta tão lesta a decotar a figueira do senhor António Rosário Duarte, não utiliza há anos o mesmo critério e corta ou autoriza a decotar, as árvores da junta que invadem o quintal do senhor António Rosário Duarte.
Poderia continuar a perorar sobre o tema, mas, o que importa a partir daqui, é que a junta resolva a questão, e sem custos para o proprietário, tenha a honradez de repor a situação.
Esclareço que, só conheci o Senhor António Rosário Duarte, quando em minha casa me procurou para me dar conta da situação.
E como não sou jornalista, dos tais para quem agora está tudo bem, e que nestas noites tristes em tempos de outra servidão discorrem sobre os problemas do mundo e arredores, alinho umas palavras sobre as dificuldades dos simples, dos que pagando impostos não têm voz, procurando sempre através de factos, que a justiça não fique impune.
Neste entretanto, tive o cuidado de por a questão ao senhor António Carrega, presidente da junta, que prometeu resolvê-la, o que aguardo, porque todos sabemos que, quando promete, cumpre.
Testemunho esse facto pois àcerca de dois anos prometeu limpar o espaço da zona de lazer, o que aconteceu este ano, de facto.
Por outro lado sou amigo do morador nascido em Alcains.
Quando, sem surpresa, li o texto do segundo responsável pelos destinos de Alcains, lembrei-me logo do saudoso Américo “Manco“, e claro fui logo ao Presidente.
Reformulando agora para os Alcainenses, como infelizmente já não consigo agarrar o Américo “Manco“, pois estará no reino da glória, a contragosto, tenho de ficar com o “Presidente”.

Manuel Peralta
www.terradoscaes.blogspot.com

Texo pubicado no Reconquista de 27 de Outubro de 2011

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O Partido Ecologista “OS VERDES“ e a ribeira da Líria


ALCAINS – CASTELO BRANCO

OS VERDES” QUEREM ESCLARECIMENTOS SOBRE A DESCARGA DE EFLUENTES NA RIBEIRA DA LÍRIA

O Deputado José Luís Ferreira, do Grupo Parlamentar “Os Verdes”, entregou na Assembleia da República uma pergunta em que questiona o Governo, através do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, sobre a descarga de efluentes na Ribeira da Líria, na Freguesia de Alcains, concelho de Castelo Branco.

PERGUNTA:

No passado dia 03 de Outubro uma delegação do Partido Ecologista “Os Verdes” deslocou-se à freguesia de Alcains, concelho de Castelo Branco para verificar in loco a descarga de efluentes, aparentemente sem qualquer tratamento, na ribeira da Líria.

A ribeira da Líria é um curso de água temporário que atravessa a vila de Alcains. No seu percurso urbano a ribeira encontra-se entubada (cerca de 1500 metros), conjuntamente com o seu afluente, a ribeira João Serrão. A montante, onde se inicia o entubamento destas duas ribeiras, a delegação do PEV constatou que devido à sazonalidade não há vestígios de água, no entanto é perceptível a existência de cheiros nauseabundos que advêm das condutas.

A jusante do aglomerado, pelo contrário, foi possível observar que a ribeira já a céu aberto transportava águas poluídas apresentando maus cheiros, sendo perceptível que durante o percurso urbano serão encaminhados alguns efluentes domésticos para a ribeira, ou haverá alguma fuga no colector dos efluentes domésticos. Segundo a população a maioria dos efluentes é encaminhado para a estação elevatória da responsabilidade das Águas do Centro, que os bombeia para a ETAR localizada a dois quilómetros da periferia da vila.

No entanto, o maior foco de poluição da Ribeira da Líria advém dos efluentes lançado para a mesma a cerca de 500 metros a jusante do aglomerado, provenientes de um matadouro industrial situado em Alcains, pretensamente tratados por uma estação própria mas, aparentemente, sem qualquer tratamento, ou, no mínimo, sem tratamento eficaz.

A delegação do PEV presenciou no local o lançamento de efluentes para a ribeira aparentemente sem qualquer tratamento, perceptível pelas águas turbas, espumosas, gordurosas e com cheiros nauseabundos. Os agricultores e moradores da zona relataram que esta situação se agrava, em alguns períodos do dia, sendo possível verificar as águas avermelhadas, presumivelmente, em resultado do abate dos animais no matadouro.

Para a população esta situação que se arrasta há vários anos é inadmissível, contaminando a água e colocando em risco a biodiversidade e a saúde pública. Os moradores e agricultores consideram intoleráveis os odores horríveis que advêm deste lançamento de efluentes, fomentando também uma grande concentração de insectos e pequenos roedores, nomeadamente ratos, que aumentam o risco e transmissão de doenças.

Embora os moradores tenham denunciado a descarga de efluentes na Ribeira da Líria a várias entidades, nomeadamente ao SEPNA, ainda não obtiverem uma resposta clara, no sentido da resolução deste problema.

O SEPNA verificou que a empresa “Oviger” efectua descargas de águas residuais, tendo informado os moradores que esta empresa possui licença de utilização do domínio público hídrico válida até ao dia 14 de Janeiro de 2012. Recentemente informou que no dia 13 de Junho de 2011 a empresa Oviger “efectuou o pedido de renovação da licença de utilização dos recursos hídricos à Administração Hidrográfica do Tejo, apresentando também os últimos Auto Controlos (2º trimestre do ano de 2011) em que os valores das análises estão abaixo dos máximos de referência”.

Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicito a S. Exª A Presidente da Assembleia da República que remeta ao Governo a seguinte Pergunta, para que o Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, me possa prestar os seguintes esclarecimentos:

1 - Tem o Ministério conhecimento desta situação?
2 - O colector de águas residuais de Alcains apresenta alguma deficiência que possa conduzir à fuga de efluentes sem tratamento para a ribeira da Líria?
3 - Este ministério confirma o lançamento de águas residuais na Ribeira da Líria sem qualquer tratamento pela empresa “Oviger”?
4 - Que tipo de fiscalização tem ocorrido à ETAR da empresa “Oviger”?
5 - A ETAR desta empresa está dimensionada e é adequada para receber e tratar todos os efluentes da sua actividade?
6 - As águas lançadas na ribeira da Líria estão dentro dos parâmetros legais permitidos?
7 - Os valores das análises de Auto Controlo são consideradas credíveis e tidas em conta para emitir a renovação da licença de utilização dos recursos hídricos? Há contra-análises?
8 – Que acções o ministério pondera adoptar para resolver o problema identificado?

O Gabinete de Imprensa de “Os Verdes
O Grupo Parlamentar “Os Verdes
T: 213919 642 - F: 213 917 424 – TM: 917 462 769 - imprensa.verdes@pev.parlamento.pt
www.osverdes.pt

Lisboa, 22 de Outubro de 2011
--
Contactos:
E-mail: osverdescentro@gmail.com
Blog: http://osverdescentro.blogspot.com/
Facebook: http://www.facebook.com/pages/Partido-Ecologista-Os-Verdes/190235157666665

O PPD/PSD, e a ribeira da Líria

O PS e a ribeira da Líria

O CDS/PP e a ribeira da Líria.

Manuel Peralta

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Líria - SEPNA/GNR, eficiente... a caminho da eficácia?

De: Manuel Peralta [mailto:manuel-r-peralta@sapo.pt]
Enviada: segunda-feira, 24 de Outubro de 2011 23:03
Para: 'GNR_CO_DSEPNA_SOSAmbiente'
Assunto: RE: Líria . Alcains . Poluição.

Exmº Senhores do SEPNA/GNR

Ainda a tempo...

Informo que não vale a pena virem ao local, caso não venham munidos de elementos de contra análise, recolhidos na ribeira, como as fotos que lhes remeti bem documentam.
Peço o favor de não voltarem a humilhar os valorosos soldados do SEPNA que têm de engolir em seco perante as auto análises do matadouro, e os soldados do SEPNA por falta de contra prova tenham de voltar tristes e acabrunhados...

A virem cá como têm vindo, não dá, mudem de táctica...
Não humilhem quem mais me tem ajudado... é uma autoridade que convém não desbaratar, e há cada vez menos...

Muito obrigado pela vossa ajuda com a qual, quero, e dela necessito, pois no fim da linha como no País, só me resta o SEPNA/GNR.
Percebem por certo a minha desilusão.
Melhores cumprimentos.

Manuel Peralta


De: Manuel Peralta [mailto:manuel-r-peralta@sapo.pt]
Enviada: segunda-feira, 24 de Outubro de 2011 15:27
Para: 'GNR_CO_DSEPNA_SOSAmbiente'
Assunto: RE: Ribeira da Liria

A equipa do SEPNA/GNR que presumo seja de Castelo Branco, conhece muito bem o local, pois já várias vezes lá estiveram.
O local exacto, é na ribeira da Líria, em plena zona de Lazer, passada a ponte situada na Av. Dr. Fernando Ataíde Ribeiro, e andando no sentido do correr dos esgotos, digo melhor, da água da ribeira, fica do lado direito, 30 a 50 metros, antes da última ponte da dita zona de lazer.
Normalmente estou por perto do local, se houver dúvidas, contactem-me pelo telefone, 968 020 000.
Sugiro que nos dias de matança no matadouro, que é quando há mais descargas, a probabilidade de assistir em directo à poluição, é que a fiscalização poderá ter mais êxito.
Mas como vê pelo email anterior, até ao domingo, poluem...
Mas vossas excelências é que são as autoridades.
Pela minha parte agradeço ao SEPNA, o muito que têm feito.
Têm sido anormalmente eficientes face às minhas expectativas, se conseguirem ser eficazes, apenas cumprem o vosso dever. E isso infelizmente tem tardado.
Peço muita desculpa, pela linguagem seca, fria... mas eu estou farto. E a minha terra, Alcains, merece outro respeito pelo cumprimento da lei.
Ao dispor.

Manuel Peralta


De: GNR_CO_DSEPNA_SOSAmbiente [mailto:sepna@gnr.pt]
Enviada: segunda-feira, 24 de Outubro de 2011 12:49
Para: Manuel Peralta
Assunto: RE: Ribeira da Liria

Solicitamos a V.ª Ex.ª que nos indique o local exacto da ocorrência, para que uma Equipa do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente possa fiscalizar em conformidade.

Com os melhores cumprimentos,

DSEPNA
808200520


De: Manuel Peralta [mailto:manuel-r-peralta@sapo.pt]
Enviada: segunda-feira, 24 de Outubro de 2011 12:36
Para: drapc@drapc.min-agricultura.pt
Cc: info@drapc.min-agricultura.pt; igaot@igaot.pt; 'Partido Ecologista "Os Verdes" "Os Verdes"'; joao.carvalho@sm-castelobranco.pt; geral@sm-castelobranco.pt; geral@ersar.pt; geral@arhtejo.pt; doai@drapc.min-agricultura.pt; drapc@drapc.min-agricultura.pt; GNR_CO_DSEPNA_SOSAmbiente; amavel.santos@aguasdocentro.pt; alcindo@drapc.min-agricultura.pt; camara@cm-castelobranco.pt; v.saraiva@aguasdocentro.pt; nuno.lourenco@sm-castelobranco.pt; nuno.maricat@sm-castelobranco.pt; quercus@quercus.pt
Assunto: Ribeira da Liria

Líria, ontem, Domingo, pelas 14 horas, esgoto da Oviger

Agora tudo fica ainda mais claro...
Com o tardio, mas bom trabalho, efectuado não pela Câmara de Castelo Branco, mas sim, pela Câmara Municipal do Concelho de Castelo Branco, relativo à limpeza da zona de lazer, na parte do leito da ribeira da Líria, é agora possível ver, cheirar, observar uma situação que deveria envergonhar quem é responsável pela “ coisa “ pública em Portugal.
Tenho imensa pena que as fotos ainda não tenham cheiro...
Pretendo com este email, dar nota, e alertar todas as pessoas e entidades que deste email fazem parte, para tomarem consciência do atropelo cometido, agora até ao domingo, reparem, na ribeira da líria.
Sugiro mais uma vez, que não sejam renovadas licenças, sem que as entidades que poluem a ribeira, façam o necessário nas suas instalações de depuração/tratamento, para que evitem os crimes ambientais que diariamente cometem.
A tempo, tenho avisado tudo e todos, para a gravidade da situação, pelo que não consentirei que me venham a responsabilizar por eventuais dificuldades futuras.
Gosto de escrever claro, leia quem ler...
Por favor, abram as fotos, muito mais claras que palavras.

Manuel Peralta


Líria versus Quercus


Associação Ambientalista

Eng. Francisco Ferreira (Quercus)

Há hora do pequeno almoço, vejo-o todos os dias na RTP, fazendo pedagogia sobre o ambiente pugnando por uma nova consciência ambiental dos cidadãos.
Continue.
Solicito ao mesmo tempo que me ajude, ou melhor que ajude os Alcainenses, intervindo junto das entidades respectivas, nomeadamente os Serviços Municipalizados da Câmara de Castelo Branco, as Águas do Centro participada das Águas de Portugal e o matadouro industrial Oviger, a que não poluam livremente a ribeira da Líria que atravessa Alcains.
Vou remeter mais uns email sobre o tema, nomeadamente para conhecer as entidades envolvidas.
Agradeço a sua ajuda, da Quercus.
Sugiro que consulte o blog terra dos cães, e aí conhecerá com mais detalhe a situação.
Melhores cumprimentos.
Manuel Peralta

As fotos, recentes são elucidativas.

Manuel Peralta


De: Manuel Peralta [mailto:manuel-r-peralta@sapo.pt]
Enviada: terça-feira, 4 de Outubro de 2011 15:13
Para: sepna@gnr.pt
Cc: 'info@draplvt.min-agricultura.pt'; 'igaot@igaot.pt'; 'alcindo@drapc.min-agricultura.pt'; 'drapc@drapc.min-agricultura.pt'; 'doai@drapc.min-agricultura.pt'; dga@dga.min.amb-pt; 'geral@min-agricultura.pt'; geral@sm-castelobranco.pt; 'geral@ersar.pt'; 'geral@arhtejo.pt'; 'nuno.lourenco@sm-castelobranco.pt'; 'nuno.maricat@sm-castelobranco.pt'; 'nirpc@drapc.min-agricultura.pt'; v.saraiva@aguasdocentro.pt; 'Claudia Leote'; 'amavel.santos@aguasdocentro.pt'; 'joao.carvalho@sm-castelobranco.pt'; camara@cm-castelobranco.pt; junta.alcains@netvisao.pt; julio.cruz@reconquista.pt; 'Nelson Mingacho'; 'Partido Ecologista "Os Verdes" "Os Verdes"'; joao.p.ben@gmail.com; 'celeste.capelo@gmail.com'; cmbpereira@netvisao.pt
Assunto: Denúncia pública de poluição.

Senhor Director Geral do SEPNA

1 - Mais uma vez venho denunciar o crime ambiental perpetrado esta manhã na martirizada Ribeira da Líria, que as fotos 18, 19 e 20 documentam.
Da responsabilidade dos Serviços Municipalizados de Castelo Branco, há uma fuga do colector dos efluentes domésticos não tratados e estes correm a céu aberto, na parte descoberta da Ribeira da Líria, em plena zona dita de Lazer, onde forma deitados à rua 350.000,00 euros dos contribuintes.


2 - As fotos 16 e 17 dizem respeito ao poluidor mor da ribeira da Líria, denominado matadouro industrial OVIGER, onde, segundo os proprietários confinantes com a ribeira, esta manhã correu sangue claro no leito da referida ribeira.
As fotos, tiradas hoje pela manhã, mostram em plenitude como é possível que os serviços do ministério respectivo, tenham aceite a renovação da licença para poluir a ribeira, baseados em recolhas feitas pelo poluidor, presumo que sem qualquer controlo das entidades, tantas, que consomem os impostos dos contribuintes sem qualquer respeito.
Entidades inúteis? Pergunto.


3 - Pela comunicação social soube hoje que o Engº Pedro Serra se demitiu do cargo de Presidente das Águas de Portugal.
Foi esse senhor que avalizou com o Engº Sócrates, na data ministro do ambiente, e uma plêiade de autarcas no séquito, a maioria mudos, o desperdício dos dinheiros públicos num projecto cujos resultados estão à vista, na Ribeira da Líria, em plena Zona dita de Lazer.
Na altura o signatário com mais dois Alcainenses, de máscara na boca e nariz contra os maus cheiros, foram apelidados de palhaços por autarcas menores, moluscos políticos, abafados na gelatina dos seus interesses, quando se preparavam para fazer perguntas para esclarecer o projecto…os democratas partiram de imediato com o respectivo aparato de seguranças.
Eles partiram…deixaram esta herança aos Alcainenses.


Senhor Director Geral peço-lhe que não desista e que, me, ou nos ajude, a punir os responsáveis por esta calamidade.
O SEPNA/GNR que obrigou e bem os particulares a limparem os terrenos dos seus lotes, e em tempo recorde os particulares cumpriram e não puseram em causa a autoridade do SEPNA, perguntam hoje porque é que os autarcas desobedecem ao SEPNA e não cumprem a lei?
Pelos serviços que tem prestado não posso crer que o SEPNA tende a ser fraco com os fortes e forte com os fracos.
Por favor não me desiludam!!!!

Aguardo do Senhor Director Geral que a eficiência até aqui demonstrada seja nesta segunda fase transformada em eficácia.

Melhores cumprimentos

Manuel da Paixão Riscado Peralta

domingo, 23 de outubro de 2011

Ponte Salazar / Ponte 25 de Abril

Por, em meu entender, se tratar de um documento técnico de inquestionável valor, por repor no conhecimento público informação técnica de elevada qualidade, e porque na voracidade dos tempos correntes tudo se “deleta”, se apaga, decidi colocar no terra dos cães, para memória futura, o documento que se segue.


Manuel Peralta

- Antecedentes Históricos -
O atravessamento contínuo do rio Tejo na área urbana da capital, uma aspiração quase secular, foi traduzido em termos técnicos, e pela primeira vez, pelo Eng.º Miguel Pais que propôs em 1876, em desenho, uma ponte entre o Grilo e o Montijo.
Esta proposta contemplava uma solução mista para o tráfego rodoviário e ferroviário, de tabuleiro duplo e com setenta e seis tramos, dos quais setenta e quatro tinham 60 m de vão e os dois extremos, 48 m.
Apesar do grande apoio que colheu nos meios técnicos, na opinião pública e em departamentos oficiais, este projecto não teve seguimento, tendo surgido ao longo dos anos outras ideias para a ligação da capital à margem Sul.


Em 1888 o Eng.º Lye, de nacionalidade norte-americana, propõe a construção de uma ponte entre Almada e a zona do Tesouro Velho (actual Chiado) com uma estação ferroviária próxima do Largo das Duas Igrejas.
Posteriormente, em 1889, os engenheiros franceses Bartissol e Seyrig propõem uma ligação mista entre a Rocha do Conde de Óbidos e Almada, através de uma ponte com 2500 m de comprimento, que seria assente numa série de arcos com vãos diferentes.
Em 1890 surge nova proposta subscrita por uma empresa metalomecânica de Nuremberga que pretendia construir uma ponte entre o Beato e o Montijo, sugerindo uma localização muito próxima à que tinha sido proposta pelo Eng.º Miguel Pais.


Já no século XX, em 1913, foi proposto ao Governo, por uma firma portuguesa, fazer a ligação entre a Rocha do Conde de Óbidos e Almada.
Porém, em 1919, a empresa H. Burnay & C.ª, considerava que a travessia do Tejo deveria ser feita através de um túnel e não de uma ponte. Este túnel teria 4500 m de extensão e ligaria a capital a Almada entre Santa Apolónia e Cacilhas.
Dois anos mais tarde é feita nova sugestão para outra ponte mista, pelo Eng.º Alfonso Pena Boeuf, espanhol, a implantar entre a Rocha do Conde de Óbidos e Almada, com um comprimento total de 3347 m. Curiosamente, esta proposta previa apenas um tabuleiro com via férrea dupla e quatro vias para circulação rodoviária. Em 1926, estando ainda de pé esta proposta, a empresa do Arq.º José Cortez - Cortez & Bruhns, apresentou, em esboço, a sugestão duma grande ponte suspensa de três vãos a lançar entre a parte alta da Rua do Patrocínio e as proximidades de Almada.
O Eng.º António Belo, em 1929, solicitou a concessão de uma linha férrea a construir entre o Beato e o Montijo, que incluía a respectiva ponte para a travessia. Esta proposta mereceu, por parte do Ministro Duarte Pacheco, a atenção devida, tendo-se aberto para o efeito um concurso público em 1934, que não teve resultados concretos, visto que nenhuma das propostas correspondeu ao que o caderno de encargos estipulava sobre o regime de concessão.


Quatro anos mais tarde, retomada por um dos concorrentes - United States Steel Products - esta proposta também não obteve acordo, apesar da simplificação e redução de custo apresentadas.
Em 1942 foi nomeada uma comissão para o estudo das comunicações entre a zona oriental de Lisboa e o Sul do país, como consequência de diligências promovidas pelas Câmaras Municipais do Barreiro, Alcochete, Moita e Seixal para a melhoria das comunicações entre as sedes dos respectivos concelhos e Cacilhas. Porém, com a decisão da construção da Ponte de Vila Franca de Xira, foram suspensos os trabalhos desta comissão.
O Eng.º Pena Boeuf, em 1951, sugeriu uma nova travessia entre Almada e o Alto de Santa Catarina em Lisboa, propondo uma ponte suspensa.

- O Empreendimento -
Finalmente, para o estudo e resolução do problema das ligações rodoviária e ferroviária entre Lisboa e a margem Sul do Tejo, foi nomeada, por Portaria dos Ministérios das Obras Públicas e das Comunicações de Junho de 1953, uma nova comissão que concluiu pela viabilidade técnica e financeira da travessia através de uma ponte ou de um túnel. O Governo optou pela construção de uma ponte e pelo Decreto-Lei n.º 42 238, autorizou o Ministério das Obras Públicas a abrir concurso para a sua construção.


Em Dezembro de 1960, foi criado, na dependência do Ministro das Obras Públicas, para a condução deste empreendimento, o Gabinete da Ponte sobre o Tejo, dirigido pelo Eng.º José Estevam Abranches Couceiro do Canto Moniz, na altura director dos Serviços de Conservação da Junta Autónoma de Estradas.
Em Março de 1960 abriu-se concurso internacional para a execução da obra, tendo esta sido adjudicada à United States Steel Export Company em Maio de 1962. Compreendia a construção da ponte sobre o rio, a realização de um complexo rodoviário que incluía 15 km de auto-estrada, trinta e duas estruturas de betão armado e pré-esforçado, o Viaduto Norte sobre Alcântara (com 945,11 m de extensão e catorze vãos, cujo tabuleiro de betão pré-esforçado é apoiado em pilares gémeos de betão armado, ligados por uma travessa horizontal a 10 m do topo, destinada a suportar o tabuleiro ferroviário), um túnel sob a Praça da Portagem (com cerca de 600 m de comprimento e destinado a receber a plataforma ferroviária do eixo de ligação da rede a Norte com a rede a Sul do rio Tejo), a sinalização e iluminação de toda a obra.


Iniciada em Novembro de 1962 a ponte é constituída por uma estrutura metálica, suspensa, com cerca de 2300 m de comprimento entre ancoragens, dos quais 1013 m vencem o vão central.
As duas torres principais de aço carbono, atingem uma altura de 190,5 m acima do nível da água e estão situadas a cerca de meio quilómetro de cada margem. A construção das suas fundações, sobretudo as da torre Sul, constituiu um dos aspectos mais interessantes da obra. Implantada em pleno rio, a fundação em betão armado, realizada empregando o método do caixão aberto, assenta na rocha basáltica a 82,5 m abaixo do nível da preia-mar de águas vivas.


As torres são jorradas transversal e longitudinalmente e cada uma tem duas pernas ou montantes principais, contraventadas entre si por cinco peças em X e duas travessas horizontais, uma no topo da torre e a outra abaixo do nível da viga de rigidez.
No topo de cada torre foram fixadas duas grandes selas de aço fundido, que dão apoio aos dois cabos principais de suspensão, constituídos por fios de aço paralelos, organizados em 37 feixes com 304 fios cada um, cintados e apertados de modo a formar, em todo o percurso suspenso, um cabo com 58,6 cm de diâmetro. A viga de rigidez e o tabuleiro são suspensos desses grandes cabos que amarram a dois maciços de betão, localizados nas margens.


A grande viga de rigidez, com 21 m de largura e 10,65 m de altura, contínua em toda a sua extensão, é constituída por elementos soldados que foram depois fixados com parafusos de alta resistência. Sobre ela assenta o tabuleiro, constituído por um conjunto de longarinas e carlingas de aço sobre as quais assentam painéis formados por uma grelha do mesmo material.
A Ponte 25 de Abril, como passou a ser conhecida desde 1974 foi, no tempo da sua construção, a maior da Europa, considerando a distância entre ancoragens e a maior fora dos Estados Unidos da América.


Projectada para ser uma ponte mista - rodoviária e ferroviária - foi logo planeada no projecto a construção em duas fases, pelo que os seus elementos estruturais fundamentais (fundações, torres e pilares) previam já as sobrecargas ferroviárias de uma via dupla.
A ponte abriu ao tráfego rodoviário com duas vias em cada sentido, divididas por um separador central metálico. Devido ao grande aumento do tráfego médio diário, em Junho de 1990 foi aberta uma quinta via, reversível, obtida à custa da remoção do separador central e sem qualquer alargamento físico. Esta decisão e o aumento de capacidade resultante, obrigou à reformulação da Praça da Portagem e à inversão do sentido de cobrança da portagem, obra lançada em 1992.


O grande desenvolvimento urbano e regional da margem Sul e o consequente aumento de tráfego, provocaram a saturação da capacidade de transporte da ponte, tornando evidente a necessidade de ampliar o tabuleiro rodoviário para a capacidade máxima de seis vias e proceder aos estudos de lançamento da fase ferroviária.
Em 1990 iniciaram-se as diligências para a elaboração do projecto que foi adjudicado à firma Steinman Boynton Gronquist & Bridsal e ficou concluído em 1994. Os estudos foram conduzidos pelo Gabinete de Gestão das Obras de Instalação do Caminho de Ferro na Ponte sobre o Tejo em Lisboa, GECAF, sob a orientação do Eng.º Mário Pinto Alves Fernandes, ex-Presidente da JAE e um dos técnicos do extinto Gabinete da Ponte sobre o Tejo. Posteriormente, em Abril de 1997, este Gabinete foi integrado na REFER-EP (Rede Ferroviária Nacional).


Após concurso internacional aberto em 1995, as obras de reforço, alargamento do tabuleiro e inclusão da via férrea na ponte e seus acessos, iniciaram-se nesse mesmo ano. No esquema ferroviário adoptado, foi incluido o túnel construído durante a fase inicial sob a Praça da Portagem.


As obras efectuadas por forma a permitir a circulação diária de cerca de 250 comboios, incluiram os trabalhos seguintes:

• reforço estrutural da ponte, com a construção de dois cabos de suspensão secundários e respectivas ancoragens nas duas margens;
• reforço da viga de rigidez;
• construção do tabuleiro ferroviário para via dupla no interior da viga de rigidez, incluindo as respectivas catenárias e toda a aparelhagem de sinalização e controlo;
• alargamento do tabuleiro rodoviário para seis vias, com separador central;
• beneficiação geral da estrutura existente, incluindo decapagem e pintura total;
• renovação da instalação eléctrica, de sinalização e decorativa;
• construção do tabuleiro ferroviário sob o tabuleiro rodoviário do Viaduto de Alcântara;
• beneficiação geral do tabuleiro rodoviário do Viaduto de Alcântara, com supressão de algumas juntas e substituição de outras.


Foi a primeira vez que se levou a efeito um reforço neste tipo de estrutura tendo em vista a sobrecarga motivada pelo modo de exploração ferroviário. O peso dos comboios considerado foi duas vezes e meia superior ao que foi tido em consideração aquando da elaboração do projecto em 1960/1961.
A manutenção e a exploração desta ponte foram feitas, até Janeiro de 1973, pelo Gabinete da Ponte sobre o Tejo e entre esta data e 31 de Dezembro de 1995 pela Junta Autónoma de Estradas. A partir de 1 de Janeiro de 1996 a exploração e a manutenção corrente passaram, de acordo com o Decreto-Lei n.º 168/94 de 15 de Junho, a ser feitas pela Lusoponte, SA., (através da Gestiponte) concessionária da nova travessia entre Lisboa e Alcochete - Ponte Vasco da Gama - inaugurada em Março de 1998.

- Documentário «A Ponte Salazar sobre o rio Tejo em Lisboa - 1966» -
De José Leitão de Barros Documentário «A Ponte Salazar sobre o rio Tejo», do Gabinete da Ponte sobre o Tejo

Comprimento do vão principal - 1.012,88m
Distância entre amarrações - 2.227,64m
Altura livre acima do nível da água - 70,00m
Altura das torres principais acima do nível da água - 190,50m
Diâmetro dos cabos principais - 58,60cm
Número de fios de aço por cada cabo principal - 11.248
Diâmetro de cada fio de aço, cabo principal - 4,877mm
Comprimento total de fio de aço nos cabos principais - 54.196km
Diâmetro dos cabos secundários - 35,44cm
Número de fios de aço por cada cabo secundário - 4.104
Diâmetro de cada fio de aço, cabo secundário - 4.98mmm
Comprimento total de fio de aço nos cabos secundários - 20.000km
Profundidade do pilar principal sul abaixo do nível da água - 80m
Profundidade do pilar principal norte abaixo do nível da água - 35m

Viaduto do acesso Norte, construído com betão pré-esforçado
Comprimento total - 945,11m
Número de vãos - 14
Vão maior - 76m

Acessos rodoviários Norte e Sul
Comprimento total aproximado - 30Km
Número de estruturas de betão armado e pré-esforçado - 32
Vão maior - 76m

Quantidades aproximadas
Aço trabalhado e montado - 72.600t
Betão necessário para a construção - 263.000m3
Remoção de terras e rochas - 6.500.000m3

Empresas que trabalharam directamente na obra (das quais 11 portuguesas) - 14
Máximo de trabalhadores que diariamente estiveram na obra - 3.000
Número de homens-dia empregados na execução da obra - 2.185.000
Custo da ponte e acessos rodoviários - 2.145.000 contos

Localização AE 2 Sul, km 5, lanço Lisboa / Almada Concelho - Lisboa / Almada

Publicações:
A Ponte Salazar / Ministério das Obras Públicas, Gabinete da Ponte sobre o Tejo. - [Lisboa] : GPST, 1966 (reimp. 1992).
Le pont Salazar / Ministério das Obras Públicas, Gabinete da Ponte sobre o Tejo. - [Lisboa] : GPST, [1966?] (reimp. 1992).
The Salazar bridge / Gabinete da Ponte sobre o Tejo, Ministério das Obras Públicas. - [Lisboa] : GPST, 1966 (reimp. 1992).

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A Câmara de Castelo Branco e as cortinas dos seus SMAS

Em trabalho conjunto, recente, dos jornalistas Lídia Barata e Nelson Mingacho do Reconquista, relativo à “Poluição na ribeira da Líria em Alcains“, a Administradora dos SMAS da Câmara de Castelo Branco, doutora Maria José Batista, informou os jornalistas de que o derrame dos esgotos domésticos, não tratados da responsabilidade dos SMAS, e que poluiram a infeliz e martirizada ribeira, se ficaram a dever ao facto de o colector ter sido “ entupido com fraldas, toalhas e outros resíduos que deveriam ter outro destino“, devido à “notória falta de consciência cívica e ambiental dos cidadãos“.
Li, reli, tresli e não acreditei...
Como é possível que uma administradora paga com as minhas taxas de disponibilidade, de saneamento fixo, de resíduos sólidos, entre outras, se permita tal topete, e esfregue na cara dos Alcainenses a notória falta de consciência cívica e ambiental dos cidadãos?
Sim, a doutora Maria José Batista com o pomposo nome de administradora dos SMAS da Câmara de Castelo Branco, deveria ser a última das entidades a falar de consciência ambiental, uma vez que, enquanto administradora dos SMAS, é a principal e directamente responsável pelos esgotos domésticos, que sob sua responsabilidade poluem incessantamente a ribeira da Líria.
Ou a senhora doutora não se reconhece na cortina que a foto reproduz? Cortina essa colocada por trabalhadores sob sua gestão, e que se confessam envergonhados com as soluções técnicas que a descapitalizada inteligência existente, implementa?
Sabe senhora administradora, o que aconteceu em Alcains não foi um entupimento do colector, e, porque, mesmo sobre os esgotos da mentira a verdade vem ao de cima, o que aconteceu foi apenas isto.
Um mal equipado trabalhador dos SMAS que Vossa Excelência dirige, entrou pela ribeira dentro e frente à praça de Alcains, descobriu que um pote de esgotos entrou em rotura, e todos os esgotos a partir dali correram para a ribeira da Líria.
Assim o diz quem viu. Andei por lá, não aproveitei o feriado para fazer ponte, e, como tal, quando vi passar a auto bomba fui de bicicleta dar um passeio atrás dela.
Falta de consciência cívica e ambiental dita por quem tanto polui Alcains, e que, como solução para minorar os maus cheiros sentidos um pouco por toda a vila, manda por uma cortina?
Sugiro-lhe que quando aconteça situação idêntica que venha ao local, que continue a acreditar no que lhe dizem, mas, meta a mão na massa, como São Tomé, ver para crer...
Os trabalhadores com muitos anos de tarimba sabem quem sabe da poda... por vezes até se riem entre eles dos chefes verdes, macios, porreiros, digo-o por experiência própria, e só no terreno aprendemos as debilidades das equipas que vão fazendo o que é possível com meios muito escassos.


Os SMAS da Câmara de Castelo Branco, de que munícipes da cidade e fregueses das aldeias vão pagando água das mais caras do país, merecem que os seus direitos sejam acautelados.
A um bom ambiente, a uma boa limpeza, e a não beberem água que lhes entra em casa por canos de lusalite, que as entidades de saúde intimaram a substituir.
Uma parte substancial da rede de águas de Alcains, na rede mais antiga da vila, continua nestes canos. Tem-se feito alguma coisa neste domínio, mas é ainda confrangedoramente muito pouco.
As dezenas de milhões de euros recebidos pela venda da rede de água e esgotos às Águas do Centro, deveriam em meu entender resolver primeiramente este problema, pois foi com as taxas e as águas pagas a peso de oiro que tal património se construiu.
Não podem os fregueses estar a consumir àgua que circula em canos que as autoridades sanitárias, têm muita dúvidas quanto aos efeitos causados à saúde.
Voltando às cortinas, sei que, quando as notícias são deste teor se procura internamente averiguar, quem foi, quem disse, onde, quando...
Cortinas, cortinas, empurrar o problema com a barriga para a frente... é o que os SMAS da Câmara de Castelo Branco têm feito ao longo dos anos aos fregueses de Alcains, enquanto se anuncia nova ETAR para os munícipes da cidade.
Hoje percebo melhor a razão do mutismo existente... o futebolista, cativo do acordo da troika deixou de marcar golos e os restantes é melhor continuarem caladinhos, pois com declarações como as que, na qualidade de administradora dos SMAS prestou, só complicam a vida de quem ainda faz...
Com enorme satisfação, assisti hoje, sexta feira dia 14 de Outubro, à descarga de uma máquina que presumo irá proceder à desejada e necessária limpeza da ribeira da Líria.
Vou seguir o exemplo dominante, estar calado, para não atrapalhar.

Manuel Peralta

Texto publicado no Reconquista de 20 de Outubro de 2011

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Os SMAS da Câmara de CB, e a Consciência Ambiental

De: Manuel Peralta [mailto:manuel-r-peralta@sapo.pt]
Enviada: terça-feira, 18 de Outubro de 2011 11:15
Para: geral@sm-castelobranco.pt; camara@cm-castelobranco.pt
Cc: sepna@gnr.pt; 'geral@min-agricultura.pt'; 'geral@arhtejo.pt'; 'geral@ersar.pt'; 'igaot@igaot.pt'; 'info@draplvt.min-agricultura.pt'; 'Partido Ecologista "Os Verdes" "Os Verdes"'; 'drapc@drapc.min-agricultura.pt'; 'doai@drapc.min-agricultura.pt'; 'cristina.pereira@ersar.pt'; v.saraiva@aguasdocentro.pt; 'nuno.lourenco@sm-castelobranco.pt'; 'nuno.maricat@sm-castelobranco.pt'; 'joao.carvalho@sm-castelobranco.pt'; 'amavel.santos@aguasdocentro.pt'; rogerio.b.martins@gmail.com; 'lidia.barata@reconquista.pt'; julio.cruz@reconquista.pt; 'Frutuoso Mateus'; 'Anselmo Cunha'; camara@cm-castelobranco.pt
Assunto: A consciência ambiental dos SMAS da Câmara de Castelo Branco

Agora tudo fica mais claro...digo eu mais escuro.
Iniciaram-se ontem os trabalhos de limpeza da desgraçada ribeira da Líria, que corre a céu aberto na ambientalmente dita, Zona de Lazer de Alcains.
Estou a pensar colocar pela feira de Todos os Santos, dia 1 de Novembro, um cartaz do tipo... Tenha ainda mais prazer... Visite a zona de lazer.
As fotos, para quem tem dúvidas, ajudam a esclarecer como é possível tanta negligência ambiental que, diariamente polui a ribeira neste troço, da exclusiva responsabilidade dos SMAS da Câmara de Castelo Branco.
O Sr. Daniel Ribeiro Março, proprietário da empresa que procede à limpeza, pode descrever as inúmeras ratazanas, os milhões de melgas, a expressão é dele, que ontem deixaram de conviver com os esgotos não tratados que poluem a ribeira.
Não tratados, se tiver dúvidas e puder, venha ver agora o leito da martirizada ribeira.
Haverá na Câmara de Castelo Branco um vereador do ambiente?
Peço às entidades a quem dou conhecimento muito mais que eficiência, eficácia, precisa-se.

Muito bom dia para todos.

No blog terra dos cães, vou colocar mais fotos elucidativas sobre o tema.

Manuel Peralta

Esgoto corre após romper barragem

Esgoto dentro da ribeira e que provoca maus cheiros

O que resta do repuxo de esgotos na Zona de Lazer.

Mais esgotos domésticos não tratados.

Consciência ambiental

Máquina com mais de dois metros de altura, entre tabuas, e não tábuas, assim são conhecidos estes arbustos, que em muita quantidade infestam a ribeira.
Estas tabuas fazem autêntica barragem ás águas, e acerca de quatro anos, quando choveu exageradamente a ribeira por falta de limpeza destas tabuas transbordou e causou elevados prejuízos aos proprietários confinantes com a ribeira.

Esgotos, poluição em plena ZONA de LAZER

...o Sr. Daniel Ribeiro Março, da firma Daniel Ribeiro Março e Filhos Lda, da Isna, o homem que melhor conhece a ribeira, pois tem sido a sua firma que, por enquanto, tem procedido à limpeza da ribeira da Líria, na zona de Lazer.
Ele tem soluções para o problema, pois trata-se de homem com experiência de vida, e que acompanha no local os trabalhos, mete a mão na massa como se diz, acredita no que lhe dizem, mas, pelo sim e também pelo não, quer ver, como São Tomé, para crer...

...luta contra tabuas

...fazendo limpeza, retirando esgoto.

...sem palavras.