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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Carlos Manuel Gregório Barata

Carlos “Bazuca“/ Carlos “Bomba”


Em Alcains, na terra deles, na nossa,  quem não tem um apelido é um “desinfeliz“...
O Carlos Manuel Gregório Barata, que neste verão reencontrei, tem dois e, por tal facto é um Alcainense sobejamente conhecido.
Conhecido não só pelos apelidos, mas principalmente pela sua atividade em prol da nossa terra, ciclista e futebolista.
Filho de Martinho Barata Rosa e de Piedade Escudeiro, casal que teve 6 filhos, 5 homens e uma mulher, todos os filhos vivos, residiram durante a sua criação ao fundo da barreira da Pedreira, ali próximo do “açougue”, vizinho das alminhas, na então denominada rua João de Deus.


Uma dúzia de ovos, duas galinhas poedeiras, uma régua e uns vasos com flores, foram as “atenções“ havidas, para concluir a 4ª classe da instrução primária.
Rapaz que foi, e concluída a escola, cedo entrou então na aprendizagem da vida, nas obras, boas obras...
Tinha “deitado corpo“ cedo e então já com bom cabedal, começa a trabalhar como servente sem nunca estar doente, e, por ali andou, muitas vezes bem, algumas, poucas, mal, e neste vai vem chega a profissional.
Mas não se passava da cepa torta...
Decide então aos 35 anos, emigrar com a família para a Suiça, e por lá está, e ao que consta, irá continuar.
Neste entretanto, e a cada dia, após os trabalhos nas obras, o Carlos procurava a seu modo, gastar o resto das energias noutras atividades, nomeadamente no ciclismo, 2 a 3 anos, e, no futebol, até ir cumprir o serviço militar.
Relembra que, no ciclismo, nunca correu com o Fiel da Lardosa, mas amante da modalidade, acompanhou de muito perto as lutas, as rivalidades ciclistas entre o Pirilau e o Fiel.


Os jornais de então, isto em 1973, davam nota dos êxitos do Carlos Barata, nomeadamente na 2ª Volta à Cova da Beira em bicicleta, que o Carlos venceu.
No contra relógio final desta etapa, gastou apenas 39 min e 30 seg para percorrer os 24 km do percurso a uma média de 36,4 km/h.
A prova realizou-se em 3 anos e a cada ano, eram disputadas várias etapas.
Em 1971 ganhou 2 etapas e ficou em 3º na classificação geral, e os prémios que recebeu foram um frigorífico por ter ganho a 1ª etapa e 1500 escudos por ter ganho a segunda etapa.
Em 1972 fica em segundo, numa prova com 4 etapas, das quais ganhou duas.
A foto seguinte mostra o Carlos a cortar a meta na Av. da Liberdade no Fundão, prova que ganhou na etapa do contra relógio de que acima dei nota.


Em Alcains, estas vitórias fora do largo de Santo António, não tiveram a repercussão que tiveram na Cova da Beira. A prova não passava por cá, e, naqueles tempos, as leituras dos jornais eram parcas, as rádios locais ainda não “poluíam” o ambiente, os transportes eram mais que exíguos, enfim o Carlos por lá andava, correndo, sofrendo, levando o seu nome e o da sua terra, para lá da serra da Gardunha.
Por cá nas habituais provas em Alcains, em 1971 ficou em 5º lugar numa prova em que ganhou o Carrapicho da Ponte de Sor, sendo o melhor de Alcains, em 1972 ficou em 1º na festa de Santo António e, em 1973, ganhou o contra relógio de Santa Apolónia, com um percurso de 6 voltas entre Alcains e a padroeira dos médicos dentistas.
Em S. Miguel d`Acha, em 1973, ganhou a prova do ciclismo que ali ocorreu nas festas da aldeia, prova a que assistiu a sua namorada, hoje sua esposa, uma Alcainense. 
Diz o Pirilau que o Carlos, por ter lá a namorada a assistir, lhe terá pedido para o deixar ganhar a prova, pedido que o Carlos diz não ter existido...
O Carlos ganhou e casou. É um facto.


Esta foto diz respeito à 3ª volta à Cova da Beira, tirada na av. da Liberdade no Fundão, data de 1972, prova em que o Carlos ficou em segundo na geral, tendo ganho 2 etapas, da esquerda para a direita o Carlos é o 5º na foto e o seu irmão, José Rosa é o 8º.
Em Lisboa na nona prova de iniciação, o Carlos correu por uma equipa do Fundão, ficou em 25º, numa prova com 180 participantes.
Conciliando trabalho e ciclismo, ainda arranja tempo para a prática do futebol.
A guerra colonial por um lado e a decrepitude do Estado Novo por outro, aos poucos, foram matando lentamente estas atividades. A FNAT, Federação Nacional para a antiga Alegria dos Trabalhadores onde o GDA, Grupo Desportivo de Alcains, atingiu posição de relevo, com atletas como o Polainas, Balaia, David, Esteves, Rola, Zé Adónis, Patão, Nalguinhas entre outros, acabou.


Renasce o futebol em Alcains, nascendo o INTER, e o Carlos lá estava, de serviço, fazendo os seus quartos de sentinela, discreto, quer a principal quer a suplente, mas sempre presente, de serviço e ao serviço da equipa de Alcains.
Esta é por assim dizer a primeira foto e a primeira equipa que, nascendo na transição da ditadura para a democracia, viria a dar origem ao CDA, Clube Desportivo de Alcains de hoje.
O INTER nasce no clube da praça, no CRA, Clube Recreativo de, até então de muito poucos, de Alcains.
Deliberadamente não indico os nomes desses atletas, desses Alcainenses que a muito custo, reergueram uma atividade de que Alcains se orgulha, o seu futebol.
Vale a pena deter-se na foto e procurar descobrir quem são.
Por outro lado, o Balhinhas, o Batatinha e o Góis entre outros já jogavam nos juvenis do Desportivo de Castelo Branco, quando em Alcains se forma o INTER.
Este, INTER, teve vida breve, e começa então no CRA, o Clube que daria origem ao CDA de hoje.


Documento único, esta foto, diz respeito à equipa do INTER que em 1972, disputou o campeonato distrital da Associação de Futebol de Castelo Branco, sob a égide do CRA, clube da praça.
Presente, sempre, o Carlos.
Convido os leitores a reconhecer os atletas.
No futebol, no INTER, o Carlos, devido à sua forte compleição atlética, começou a jogar no meio campo e por ali ficou e jogou, diz ele, ganhando a equipa quase sempre.
Já no CDA, fez-se o primeiro jogo para o distrital nos Cebolais, e, ali, alinhou a guarda redes, e, por este posto ficou.
Quase sempre a suplente, com o Manuel Pacheco, ficou.
A direção de então foi buscar a Castelo Branco um guarda redes de nome Alves, que alinharia a titular.
O Carlos não desistiu, ficou.
Já na 3ª divisão, jogando sempre a suplente, viu chegar profissionais para defender as redes, nomeadamente o Cardoso entre outros.
E o Carlos, desportivamente, ficou.
O Carlos tem muitas histórias para contar, trabalhou com muitos dirigentes, Alfredo Pacheco, Carlos Minhós, Alírio entre outros.
Aprendeu na pele que... santos da casa não fazem milagres ..., tapava os buracos dos outros, ele que substituía os guarda redes profissionais, que de manha simulavam lesões que os levavam à substituição, quando já tinham deixado entrar 3 ou 4 golos...
E o Carlos, desportivamente, alinhava no trabalho de equipa, procurando salvar do naufrágio a equipa da qual fazia parte.
O Carlos confessa que se sentiu sempre muito mais acarinhado no ciclismo que no futebol, isto porque no ciclismo dependia apenas de si, enquanto que no futebol, os interesses já então instalados, ditavam quem jogava a principal ou a suplente.
Bastava para tanto, quando casava, não comprar as mobílias no lugar certo. 
Ponto.


Quando em sua casa acompanhado de sua esposa, Maria José Gregório Farias me recebeu, recordo o modo tranquilo como recorda o seu passado, em paz com a vida, afetuoso, e sem recalcamentos.
O Carlos que recordou comigo estas parcas notas que compilo para a posteridade, este tempo nobre com que norteou a sua vida, ao serviço da nossa terra, sem nada lhe pedir ou cobrar, diz bem da fibra do exemplo de Alcaineneses simples, que deram tudo à sua terra sem nada lhes pedir.
É por estes exemplos que justifico o lema do terra dos cães... um blogue fiel e amigo do homem...
Obrigado Carlos Manuel Gregório Barata.

Manuel Peralta

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Valamb, Lda

Para que conste

Perguntam-me por vezes se, a Câmara Municipal, já autorizou o projeto da Valamb Lda., empresa que se propõe “embagaçar” Alcains.
A resposta aí está.


Para que conste e para memória futura dou nota desta ata da câmara municipal.


Manuel Peralta

domingo, 18 de outubro de 2015

A Centroliva, o Figo da Índia e o Dr. Luis Correia

Em Vila Velha de Ródão, uma dupla de peso, denominada Celulose e Centroliva, empresas catedráticas em poluição, vêm martirizando ambientalmente os “vilavelhorodenses” com os seus inebriantes perfumes que, por vezes, até passam por Castelo Branco e chegam a Alcains.
Denunciando de forma macia, amigável e tolerante esta intolerável situação, outros o terão feito, presumo, na mártir Vila Velha, mas só agora, o atual Presidente de Câmara, com a voz grossa de quem tem razão, publicamente disse isto.


“O desenvolvimento tem de ser feito com empresas mas, não pode hipotecar a qualidade de vida dos cidadãos”, mais, “É bom que a empresa Centroliva perceba que este foi o dia D nas questões relacionadas com as suas práticas ambientais e que, nenhuma das entidades está disponível para continuar a pactuar com incumprimentos”.
Melhor eu não diria, e, em Alcains, na terra deles, diz-se, quem fala assim não é gago...
Em resultado de uma visita de várias entidades à Centroliva, este falido país está repleto de entidades, entre as quais a CCDRC e a APA, Autoridades designadas por Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e Agência Portuguesa do Ambiente, visitaram a máquina de poluir e agora elaborarão relatório do qual nada que interesse aos vilavelhorodenses, será público.
Vai ser como até aqui, a máquina de poluir assume o pecado, promete perante as entidades que não vai voltar a pecar, ser-lhe-à aplicada ligeira penitência, mas, afirmo, vai continuar a poluir, digo, pecar, não por pensamentos, mas sim por palavras, actos e omissões. 
Reafirmo.


Isto porque na sua génese, existe o pecado original, isto é, em nenhum lugar do mundo, Alcains e arredores com Caféde incluído, onde estas máquinas de destruição ambiental foram autorizadas a laborar pelas ditas Entidades, refiro, Ferreira do Alentejo, Condeixa a Nova, Luso, Cachão entre outras, cheira mal por todo o lado, e isto de maus cheiros, ainda que por vezes se encolham com filtros cada vez mais finos, é escusado, é impossível no nariz eliminar um mau cheiro, mais digo ainda, quanto mais se apertam mais refinados ficam os cheiros, mais perturbam as nossa fossas nasais. 
Entretanto as mesmas Entidades que agora vieram fiscalizar a Centroliva são as mesmas que autorizaram recentemente a instalação em Alcains onde não há um único lagar, de nova máquina de poluir denominada Valamb Lda. com aval do Dr. Luis Correia.
Este processo metido nos carris no tempo do Comendador Morão, cerca de 200 mil dos nossos euros por terreno “oferecido” à Valamb, houve uma primeira tentativa de destruir o ambiente em Alcains que não se consumou porque, por um lado, cerca de 900 Alcainenses livres assinaram ser contra esta tentativa, por outro, o esclarecimento e a ação da Triplo A, Associação Ambiental de Alcains, conjugado com a nega do INIR, Instituto Nacional das Infraestruturas Rodoviárias, não permitiram que este crime ambiental se consumasse.
Triplo A, 1, Dr.Luis Correia, então, já, zero.


A Valamb Lda. tem sede no Fundão e porque razão vem poluir Alcains e o concelho? Será o Presidente da Câmara do Fundão tonto? Será que não quer aproveitar os benefícios desta atividade? Será por a Câmara ser de cor diferente da de Castelo Branco? Quem são os sócios da Valamb? Se conseguirem resposta a estas questões talvez percebam o que é um “enrolamento imbricado”.
Desagradado com a derrota, o Dr. Luis Correia promove nos mesmos carris, desta vez com 65 mil dos nossos euros “oferecidos” à Valamb, arrancando no maior pulmão concelhio, 6,5 hectares de frondosos pinhos mansos, destruindo os pastos do maior produtor de queijo dito de Castelo Branco, ali, onde o ambiente tropeça e o cabeço do carvão começa.
Igualmente grave, a mesma dita Entidade, Comissão de Coordenação do dito “Desenvolvimento Regional” do Centro, que fiscaliza um poluidor em Vila Velha é a mesma Entidade que recentemente autorizou a Valamb a poluir em Alcains.
E é com esta ligeireza que as entidades por nós pagas, aprovam, e por aí pululam, em alegre constância na dita dança da alternância.
De rir até às lágrimas, é o investimento de 4 milhões de euros da Valamb que o Dr. Luis Correia não anuncia, em parangona de jornal com foto não acidental, prefere mais o “Figo da Índia” esse filho de cato disléxico que ombreia no deserto do México.


Consta até que, no centro de inovação, afincadamente se estuda a possibilidade de, a partir da méla da esteva, e em lata, se venha a produzir laca.
Expectante me interrogo com a situação em que,  caso não haja capitais próprios por parte dos sócios da Valamb, será que haverá instituição bancária que financie com garantias prudentes, uma atividade fortemente contestada por todo o lado, de sazonalidade que torna a laboração inviável, e que a obriga a elevados investimentos que ajudam temporalmente a falir?
Que a banca financie nova instalação, aumentando uma capacidade já instalada em Vila Velha, não completamente utilizada, e que tem os problemas que a comunicação social atenta nos vai dando a conhecer?
Ou irá continuar o “ amigalhanço “ do costume que todos pagamos para safar uns poucos?


O senhor Júlio Carda, habitante de Vila Velha, sabe do que falo, a ele que a Centroliva transformou a ribeira do Açafal num autêntico pêgo negro e onde nunca mais teve o regalo de pescar um bordalo, ribeira esta que corria limpa, clara, como as palavras do atual Presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão.
Será que o Dr. Luis Correia quer fazer o mesmo à ribeira da Líria?
Quem me segue no meu blogue terra dos cães, sabe que para memória futura, ali se desenvolve uma luta, que a ser vencida tornará Alcains, e o concelho de Castelo Branco ainda menos atrativo.
Quando num dos locais mais aprazíveis de Castelo Branco, a Quinta da Dança, o seu espaço e ambiente geral for invadido pelos cheiros desta atividade, que os ventos dominantes para ali soprarão, nada mais será como hoje é. Fico-me por aqui.


Sei que é necessário muita força, conjugada com muita humildade para sair dos carris onde está metido.
O Senhor Presidente da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, que não conheço, deu de forma clara o seu grito de Ipiranga, e com isto libertou-se e pode ser tratado por Presidente de Câmara.
Pode ser que, com a sua lucidez faça a agulha nos carris em Vila Velha, e consiga descarrilhar a locomotiva da destruição ambiental que em Castelo Branco se aprovou.


Esperançoso olho para o seu ambiente e aguardo que a sua luta em Vila Velha, eivada do bom ar que a sua atitude saudavelmente respira, chegue a Alcains, mas que interpele os adormecidos albicastrenses, pensando que isto é um problema ambiental que afeta apenas Alcains.
Espero que eu não chegue a ter razão, pois seria um sinal de que, como em tempos disse à comunicação social o Dr. Luis Correia, “há gente que gosta de meter medo às pessoas”...
No entanto, caso o projeto que autorizou à Valamb, autorizou, no sentido de política municipal de ambiente, chegar a ver a luz do dia, quero ver quem vai aturar os martirizados cidadãos, as donas de casa que não conseguirão secar a roupa ao ar livre, os promotores do turismo, o ramo imobiliário enfim toda a vida de um concelho a quem destruiu o melhor ativo de desenvolvimento, o ambiente.
Voltarei.

Manuel Peralta

Nota: Remeti este texto para publicação para os jornais, Reconquista, Gazeta do Interior, Povo da Beira e Jornal do Fundão. Dei igualmente conhecimento às câmaras de VVRódão e Fundão, bem como à CCDRCentro e à APA, Agência Portuguesa do Ambiente.

sábado, 10 de outubro de 2015

Tributo ao Senhor Vigário

Padre António Afonso Ribeiro


Em 1 de Julho de 1990, a comunidade religiosa de Alcains, decidiu e bem, prestar homenagem ao seu pastor de muitos anos e de muitas gerações, o Senhor Vigário, o saudoso Padre, António Afonso Ribeiro.
Em dia muito bem passado, no recinto de Santa Apolónia, sob o patrocínio da Menina Alice, desfilaram pelo palco vários grupos previamente ensaiados, que em lhana alegria testemunharam em vida ao homenageado, o seu apreço e o seu agradecimento, pela sua pastoral na nossa terra.


Escuteiro que fui, e amigo do Senhor Vigário, não deixei de cooperar na festa.
Só que tanto tempo passou e já não me lembrava do que então disse.
O meu amigo Tó Preto, presenteou-me entretanto com este documento que convido a ver e ouvir.

Pelo tamanho partilho convosco no YouTube. Para ver e ouvir, por favor, carregue aqui
Vale a pena. 
Tenho outros testemunhos que oportunamente publicarei.


Manuel Peralta

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

AUXILIAR DA MEMÓRIA BAGAÇAL

Ainda não é do conhecimento público, mas, o Dr. Luis Correia informou em reunião recente da Câmara que o projeto dos seus amigos da Valamb Lda. já foi aprovado.
O Dr. Luis Correia apoiou este projeto.
O projeto, instalação de uma “UNIDADE DE DESTRUIÇÃO AMBIENTO/BAGAÇAL” no Cabeço do Carvão em Alcains, teve aprovação da autarca de Alcains e do Dr. Luis Correia, autarca que preside a Castelo Branco.
O que vai acontecer em Alcains é o que a foto seguinte mostra.


Quando o assunto da “BAGAÇADA MUNICIPAL” foi abordado na Assembleia Municipal as votações dos partidos foram as seguintes.

A Favor da bagaçada, o PS, Partido Socialista.
A Favor da bagaçada, todos os presidentes de junta do Concelho.
Contra a bagaçada, o  BE, Bloco de Esquerda e o CDS, Centro Democrático e Social.
Abstiveram-se o PSD, Partido Social Democrata e o PCP, Partido Comunista Português, dignos de Pilatos.

Alcains, onde não há um único lagar, vai ficar assim, ver foto.


Avivando a memória com este “AUXILIAR DE DECISÃO“ , dou conhecimento deste triste facto que irá destruir irremediavelmente o ambiente em Alcains.

Manuel Peralta

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Pirilau

Pirilau
David Pirilau
David Caetano Félix


Ganhou o Pirilau...
Mas qual?
O Raul ou o David?
O da bicicleta, o David, um artista, o corredor, o ciclista.
Era assim, sempre quando o David corria na sua bicicleta, nas festas de verão, um pouco por todas as localidades das redondezas. Esguio, de perna curta, de gordura enxuta, franzino, este ciclista menino...
Filho de “sardinheiros”, ele o pai, António Félix e a mãe Maria Emília Caetano, tiveram seis filhos, quatro rapazes e duas raparigas.
Já agora e, a propósito de sardinheiras, sempre me causou “imbeleique” porque é que em Alcains não havia peixeiras? 
A Ti Carquita, a Ti Arraiana, a Ti Pirilau entre outras, eram apelidadas de sardinheiras enquanto noutras localidades eram apelidadas de peixeiras.
Reconheço agora que, nas caixas da sardinha, efetivamente só aparecia sardinha, algum, pouco, carapau e parcos chicharros, daí que o nome da sua profissão estivesse ligado ao produto “core”, que vendiam. Sardinhas. Logo, sardinheiras.
Adiante.


O David, agora na “ retraite “ e a viver em França e que no barbeiro reencontrei no verão passado, foi dos últimos ciclistas populares a levar o nome de Alcains às redondezas.
Fez a quarta classe, trabalhou nas obras, pedreiro, e com o dinheiro que ia ganhando e poupando, comprou uma bicicleta.
Mas que bicicleta?
O seu irmão, Pirilau Raul, um verdadeiro artista, aventureiro, e que, quando as comédias vinham à praça, e, sempre que o palhaço pedia à assistência um voluntário, o Pirilau Raul, saltava de imediato para debaixo do petromax, instalado no trapézio.
Tudo isto perante o embevecido ar da Ti Piedade Esgueira e do Mané Pi, seus vizinhos, com anual assinatura de camarote de primeira vista.
De tanto saltar, certa vez, saltou um muro e foi às laranjas. Apanhado, tinha de pagar multa, e, sem dinheiro e por cem escudos teve de ao irmão David, vender a bicicleta, e, assim, nasce um ciclista.
E começou o David, a treinar, a correr, sem fim pedalar, sem qualquer apoio, mas com uma enorme vontade de vencer...
Alcains, Lardosa, Escalos, quer de cima quer de baixo, S. Miguel D´Acha, Medelim entre outras localidades, por ali correu, disputou, pedalou com outros camaradas provas de ciclismo que traziam para a estrada e para as ruas, os apoiantes e os muito entusiastas de então.
Sem qualquer apoio...


Conta que nas corridas em que participou se não era primeiro era segundo, o seu grande rival era o saudoso FIEL da Lardosa, recentemente falecido.
Numa festa na Lardosa e no sprint final, iam ambos colados, o Fiel caiu, o David passa por cima dele, e de bicicleta pela mão, corta a meta em primeiro lugar.
A correr em casa a comissão das festas, quis dar o prémio ao filho da terra, Fiel, mas a GNR de Alcains, obrigou a comissão a dar o prémio ao David.
Em 1968, em Lisboa, numa prova que catapultou Alcains para o ciclismo, pois foi objeto de notícia nos jornais nacionais de então, prova essa organizada por um conjunto de Alcainenses, João Batista, Vitor Serrasqueiro, Minhós Castilho, Félix Rafael entre outros, o David ficou em 4º lugar, isto porque saltou um pedal da sua bicicleta, e apenas com uma perna fez o sprint final.
Desta prova há um post no terra dos cães denominado “ciclismo em Alcains” um dos post mais visualizados, onde se detalha esta aventura que esteve na base de termos em Alcains finais da Volta a Portugal.
Mas a vida por cá estava mal...


A salto, emigra para a França. Trabalho nas obras. Sem passaporte...
Não querendo ser refratário, regressa a Portugal, para a tropa. 
Desde Oxerre até Alcains, vem então de bicicleta. Nove dias em cima dela, a duas rodas, por montes e vales.
Radio telegrafista na Guiné Bissau, 22 meses de comissão, regressa à então metrópole com o 25 de abril.
Parte então para França, onde reside, tem agora 65 anos, casou, 4 filhos, todos, família, lá.
Os prémios não passavam então de umas taças, medalhas, uma ou outra garrafa de Lágrimas de Cristo e, dinheiro, sempre pouco.
Conta que o FIEL era melhor rolador, mas ao sprint o David passava-lhe a perna.
Numa prova em Medelim, correu entre outros com o “Basuca”, o Carlos Rosa. Como este tinha lá a namorada, combinaram, e o David deixou-o ganhar. Acabou por casar lá.
Mas a coroa de glória dele é uma marca  jamais batida.
Contra relógio Alcains, Escalos de Cima, alto da Lousa, Lardosa e final em Alcains em 41 minutos e 33 segundos, média de 39 quilómetros por hora, imbatível até hoje. Disse.


O David merece não ser esquecido, deu alegrias a muita gente, despertou imenso entusiamo, ajudou a reconhecer Alcains como uma terra de muitos e bons ciclistas.
Ainda hoje, humilde, discreto, simples,... a nossa terra, na generalidade, foi feita assim.
Obrigado, Pirilau, David.

Manuel Peralta

domingo, 5 de julho de 2015

Bagaçada municipal. Resumo da visita de Luis Fazenda (BE)

Cumpriu-se o que se havia prometido.
1. O deputado do BE, Luis Fazenda, foi recebido em Castelo Branco pelo promotor da bagaçada municipal. 
2. Sob o patrocínio da Triplo A, Associação Ambiental de Alcains, realizou-se a sessão anunciada.

Do resultado da reunião em Castelo Branco com o promotor já referido, o Reconquista deu nota pública das declarações de Luis Fazenda.
Convido a ler a referida local que abaixo edito.


Pelas 21 horas, realizou-se a sessão na Junta da Freguesia, junta que deu o “ SIM “ à instalação da bagaçada.
A mesa da sessão foi assim constituída, ver foto.


Da esquerda para a direita.
Paulo Leitão da Triplo A - Manuel Peralta da Triplo A/terra dos cães - Luis Fazenda do BE - Luis Barroso, deputado municipal do BE.

Com bastante público interessado no debate, Luis Fazenda foi dando nota da sua preocupação em acautelar o “princípio da precaução “, de modo a que, antes da avalambada bagaçada ser consumada, sejam dadas garantias no âmbito do projeto, de que os interesses das pessoas são devidamente acautelados, nomeadamente o direito a ter um bom ar para respirar, direito a não verem as suas propriedades e ambiente envolvente conspurcado pela bagaçada, como acontece nas localidades onde estas atividades estão em laboração.
Qual pilatos, o autarca, tem referido que apenas deu o terreno e que, tudo o resto, é da responsabilidade de quem autoriza…
Pergunto?
Se a sua, dele, bagaçada se consumar e se os maus cheiros invadirem o concelho e a adormecida cidade de Castelo Branco, a quem imputar responsabilidades?
Quem deu o local para o crime se consumar, não será conivente com o mesmo avalambado crime?
O “autarcadelá” terá dito que a hipotética avalambada instalação nada tem a ver com a de Ferreira do Alentejo.
A “autarcadecá” mandou uma delegação a Ferreira do Alentejo para conhecerem o que se prevê instalar por cá…
Em que ficamos...?


Manuel Peralta fez um exaustivo ponto de situação sobre todas as diligências efetuadas, as instituições contatadas, as respostas havidas.
Seguiu-se um período de perguntas e respostas a que a mesa foi respondendo, sendo notória por parte de todos, a grande preocupação, com esta inusitada decisão dos autarcas do poder atual.
Encerrou a sessão Luis Fazenda que prometeu tudo fazer, agora com redobrado interesse pelo exato conhecimento da situação, insistir junto do ministério respetivo, para que os interesses das populações sejam devidamente acautelados… digo eu, que os reais interesses do Alcaineneses não soçobrem perante os amigos do costume.
Resta-nos agora, sempre atentos, manter vigilância apertada sobre os bagaceiros.

Manuel Peralta


Nota. Vários amigo(a)s que me seguem, têm insistido comigo para voltar a escrever, sobre as “outras coisas “ de Alcains, e que, vá intervalando com o bagaço.
Têm, terão razão.
Mas, prometi a mim mesmo lutar, responder, dar fogo no “IN”, ir a tudo e a todos, divulgar, escrever, denunciar, insistir, nunca desistir, dizer, falar, ralhar, não dormir, ouvir, para que a coberto da noite os bagaceiros não viessem conspurcar a minha terra sem resistência… “eles defendem-se como cães”, tenho ouvido dizer quando outros nos tentaram invadir e terá a partir daí nascido Alcains…
Fiz com prazer o meu quarto de sentinela, e continuo aboletado na caserna e de piquete.
O alferes de prevenção que não se acobarde, não durma em serviço e, se necessário, que toque a piquete.
Lá estarei.
Voltarei.

Manuel Peralta

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Sessão sobre a bagaçada municipal - Convite

Amanhã, 26 de junho pelas 21 horas na J. Freguesia de Alcains, vai decorrer uma sessão sobre a bagaçada municipal.
Dou nota do cartaz que está a ser distribuído em Alcains, convidando todos os interessados no tema, a estarem presentes.


Solicito a todos os que me seguem no terra dos cães, o favor de avisar amigos, conhecidos e familiares para estarem presentes na sessão.
Todos não somos demais para lutar contra a bagaçada municipal.
A sessão é aberta a todas as forças políticas e tem o patrocínio da Triplo A, Associação Ambiental de Alcains.

Muito obrigado.

Manuel Peralta

segunda-feira, 22 de junho de 2015

BE, ajuda Alcains

O Bloco de Esquerda (BE), partido político com representação parlamentar na Assembleia da República, decidiu desde muito cedo colocar-se do lado da verdade, isto é, ao lado dos Alcainenses na defesa da sua qualidade de vida e de um bom ambiente, contra os bagaceiros que pretendem destruir o ar que respiramos.
Na Assembleia Municipal da cidade de Castelo Branco, o deputado municipal Luis Barroso foi o primeiro a levantar a questão, elaborando uma moção em que, ponto por ponto, denunciava as mentiras da “quercusdecá“ e sugeria ao “bagaceiro mor do reino“, que suspendesse este tenebroso projeto, que mandasse elaborar um estudo de impacto ambiental, fazer um referendo local, entre outras questões que em devido tempo, já dei nota.
Neste tortuoso “ensaio sobre a cegueira municipal“, o bagaceiro mor, mandou chumbar a moção, e, quais cegos que vendo o castelo todo branco, de mãos dadas para mutuamente se ampararem, caíram com estrondo na fossa do ambiente municipal.
Mas o BE não desistiu.
No parlamento, o deputado Luis Fazenda, fez o requerimento que aqui dou a conhecer.


Por cá, o Reconquista, deu sobre o assunto, a normal nota breve, que a seguir publico.


Nas localidades onde os bagaceiros exercem esta atividade, as queixas dos habitantes são as habituais... “dia  a dia com cheiro insuportável, problemas respiratórios, irritações nos olhos, casas, viaturas, e ambiente geral coberto por resíduo oleoso, cinzas, e, até a roupa não se pode secar ao ar livre pois fica a cheirar mal“...  “os fumos, impregnados de substâncias gordurosas e carregados de partículas em suspensão, são espalhados pelo vento, quer quando sai das condutas quer quando 
carregado em camiões, poluindo o ambiente e pondo em causa a saúde pública“... “os habitantes protestam e ninguém faz nada“... “o bagaço da azeitona depois de tratado, apresenta uma cor castanha que larga um pó da mesma cor, que o vento dispersa juntamente com os fumos que continuamente saem das chaminés“... “uma neblina cinza e escura permanecerá na atmosfera que envolve Alcains, destruindo todo o ambiente, pastos, árvores, afugentando pessoas e animais”...
Ficção?
Veremos!
Concelho, cidade, freguesias, lugares, adormecidos pela cegueira municipal, acordarão... mas será então, tarde. A foto seguinte é uma imagem com a qual poderemos vir a conviver.


Manuel Peralta

domingo, 21 de junho de 2015

Resposta da IGAMAOT

Tambem dei a conhecer e reclamei para a IGAMAOT, Inspeção geral da Agricultura, Mar, Ambiente e do Ordenamento do Território sobre a bagaçada municipal.
Reclamei e denunciei a situação mais do que uma vez.
Acabaram por responder referindo que voltaram a efetuar novas diligência junto da CCDRCentro, entidade que tem o processo para decisão, e que oportunamente me informariam.
Aguardo portanto.
Eis a resposta.


From: Inspecção Geral da Agricultura, Mar, Ambiente e do Ordenamento do Territorio [mailto:igamaot@igamaot.gov.pt] 
Sent: sexta-feira, 29 de Maio de 2015 16:40
To: manuel-r-peralta@sapo.pt
Subject: S/4715/2015

Junto se anexa documento referente ao assunto em epígrafe


Filomena Mestre
Assistente Técnico
Direção de Serviços de Administração e Recursos – Secção de Pessoal, Expediente e Arquivo

Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT)
Rua de “O Século”, nº51   1200-433 LISBOA


Pode parecer excessiva a publicação de toda esta documentação. No entanto, e como se trata de um caso que pode irremediavelmente conspurcar de vez o ambiente em 

Alcains, ficam registados para memória futura os atos das diversas entidades. Este é o sentido desta publicação.
Continuarei.

Manuel Peralta

sábado, 20 de junho de 2015

Bagaço, cobre de óleo a povoação de Fortes

A “autacadecá“, Granada de seu nome, e o bagaceiro “autarcadelá“, Luis Correia, dizem para quem tem a paciência de os ouvir que a bagaçada com que nos querem presentear, não cheira mal, que não existem impactos ambientais que prejudiquem as populações e que só “peraltasdemáfé“ tentam confundir os seus munícipes a quem eles querem tanto bem.
Avestruzes de amizades avalambadas, desconhecem e tentam com a desfaçatez própria de pouca vergonha na cara, fazer crer que aqui a sua avalambada amizade com os bagaceiros do Fundão, até é benéfica para os Alcaineneses...
Tadinhos...


Recentemente o jornal Público, deu à estampa uma reportagem sobre o bagaceiro alentejano na localidade de Fortes, concelho de Ferreira do Alentejo.
Na dúvida de que o Presidente da CCDRCentro, não tivesse conhecimento dessa reportagem, e para descargo da minha consciência, decidi remeter a referida notícia do Público, para que não subsistam dúvidas sobre o que nos espera em Alcains, se a CCDRC, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro decidir destruir em conjunto com os avalambados bagaceiros e os autarcas de cá e lá, o ambiente em Alcains.
Sugiro a leitura da referida notícia.

Manuel Peralta






Email que remeti ao Presidente da CCDRCentro.


Sent: sexta-feira, 19 de Junho de 2015 13:55
To: 'geral@ccdrc.pt'; 'presidente@ccdrc.pt'
Cc: 'Triplo A Associação Ambiental de Alcains'
Subject: Bagaçada municipal em Alcains

Sr. Presidente da CCDRCentro.

Decerto conhecerá os malefícios que as atividades bagaceiras provocam nas populações ondes estas atividades se desenvolvem.
Recentemente o jornal Público deu nota da calamidade ambiental a que os cidadão da localidade de Fortes, Ferreira do Alentejo , estão sujeitos.
Por um descargo de consciência não deixo de publicamente de lhe dar a conhecer, o que por ali se passa...
Será que o Sr. Presidente vai autorizar semelhante crime aos valambistas e ao autarcadecá?
Poderá dormir descansado, de consciência tranquila, se autorizar semelhante crime ambiental em Alcains, onde não há um único lagar?
O valambistadelá, refere que tem a melhor tecnologia ibérica, e mesmo assim, quem se lixa são os desgraçados habitantes de Fortes, que sofrem na pele autorizações de processos inseridos em projetos de verdade muito duvidosa.
Será o Sr. Presidente o coveiro do ambiente em Alcains?
Agradeço e sugiro a leitura dos  documentos em attach.
Apresento os meus melhores cumprimentos.

Manuel Peralta


Para maior conhecimento desta poluente atividade, por favor, clique aqui.
If you desire to know this environement crime, please watch this video.

Resposta da APA - Agência Portuguesa do Ambiente

Umas mais esclarecedoras, outras mais burocráticas, um pouco por todo o lado, as instituições pagas com os nossos impostos, lá vão respondendo.
Com este caso da bagaçada municipal, acabo por aprender um pouco mais sobre o labirinto que é a nossa burocracia… gente e mais gente, instituições e mais intituições que, sobrepondo-se por vezes umas às outras, tornam a vida do cidadão num inferno tormentoso.
Apesar de tudo, desistir, nunca.
Dou a conhecer a resposta da APA, Agência Portuguesa do Ambiente que me informa que a bagaçada municipal é com outra instituição. Reparem, Agência Portuguesa do Ambiente, quem diria!!!

Manuel Peralta


From: IPPC
Sent: quarta-feira, 22 de Abril de 2015 17:47
To: manuel-r-peralta@sapo.pt
Subject: Re: Instalação em Alcains, CBranco, de fábrica poluidora da natureza de transformação de bagaço de azeitona.

Exmo. Senhor, 

Relativamente à exposição por si apresentada, relativa à implementação de uma unidade industrial na zona de Alcains, destinada ao tratamento de bagaço de azeitona, cumpre a esta Agência informar que, de acordo com os dados anteriormente comunicados (através dos seus e-mails enviados a várias entidades em 22/08/2014 e a 25/01/2015), verifica-se que a instalação supra mencionada é um estabelecimento industrial do tipo 2, abrangido pelo Diploma SIR (Decreto-Lei n.º 169/2012, de 1 de agosto - Sistema da Indústria Responsável), cujo licenciamento é da responsabilidade da Direção Regional de Economia. 

Informa-se ainda que, não existe nesta Agência qualquer outra informação sobre o estabelecimento em causa.

Com os melhores cumprimentos, 

Divisão de Emissões Industriais
Departamento de Gestão do Licenciamento Ambiental

Rua da Murgueira, 9/9A - Zambujal
Ap.7585|2611-865 Amadora | Portugal
ippc@apambiente.pt


Manuel Peralta


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