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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Neves nas Quelhas de Luis Correia, Lda. - A firma!!!

Continuarei a denunciar por tudo quanto é serviço e instituição, o que a “firma” pretende fazer em Alcains, no Cabeço do Carvão.
Desta vez, e fazendo de ornitólogo, apurei o que diz a lei, no que concerne à proteção das aves selvagens.
Para tal dou a conhecer mais este email que remeti às entidades que “têm a ver” com o processo da bagaçada municipal.

Manuel Peralta


De: Manuel Peralta
Enviada: sexta-feira, 30 de Janeiro de 2015 00:34
Para: 'Igamaot@Igamaot.gov.pt'; 'presidente@ccdrc.pt'; 'quercus@quercus.pt'
Cc: 'residuos@quercus.pt'; 'rosa.parola@ccdrc.pt'; 'InIR DPL'; 'luisbarroso@portugalmail.com'; 'geral@apambiente.pt'; 'gabinete.ministro@maote.gov.pt'; 'geral@ccdrc.pt'; 'Gab Apoio MAOTE'; 'InIR DPL'; 'Associação'; 'cidadao@ccdrc.pt'; 'quercus@quercus.pt'
Assunto: Instalação do bagaço Municipal em Alcains, no Cabeço do Carvão. Pedido da Valamb em apreciação na CCDRC.

Senhor Inspetor Geral.
Senhor Presidente da CCDRC.
Senhor Presidente Nacional da Quercus.

Agradeço que, neste processo de destruição ambiental que a Valamb pretende perpetrar em Alcains, seja tomada em consideração a seguinte situação.
Como é conhecido, o parecer da Quercus que acompanha este processo, é omisso, repito, é omisso, quanto à localização do maior parque de cegonhas do Concelho de Castelo Branco, conforme as fotos que aqui publico.
Este parque de cegonhas é contíguo ao terreno onde a Valamb pretende instalar a sua atividade de poluição.
Porque existe legislação específica, que abaixo documento sobre a proteção às aves selvagens, leis essas que protegem as aves e os seus ninhos, não ficaria bem com a minha consciência se não os alertasse para a situação.
Não tenho formação em direito, mas foi o que consegui arranjar depois de muita pesquisa feita por este “agricultor de letras” e, com a prestimosa ajuda do Dr. Sérgio Passos, homem que tem "trabalhos abagaçados de Hércules", em Condeixa, Coimbra.
Peço que me desculpem se algo não estiver correto.
Nesta  Avaliação de Impacte Ambiental para Alcains, presumo que a Câmara Municipal de Castelo Branco e a Valamb, agem em violação da Lei pondo em causa espécie protegida.


MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, DO MAR, DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
Decreto-Lei n.o 151-B/2013 de 31 de outubro

CAPÍTULO I - Disposições gerais

Artigo 1
Objeto e âmbito de aplicação

1 - O presente decreto-lei estabelece o regime juriídico da avaliação de impacte ambiental (AIA) dos projetos públicos e privados suscetíveis de produzirem efeitos significativos no ambiente... 
3 - Estão sujeitos a AIA, nos termos do presente decreto-lei:
ii) Se localizem, parcial ou totalmente, em área sensível e sejam considerados, por decisão da autoridade de AIA, como suscetíveis de provocar impacto significativo no ambiente em função da sua localização, dimensão ou natureza, de acordo com os critérios estabelecidos no anexo III ao presente decreto-lei, do qual faz parte integrante.

Artigo 2
Conceitos

Para efeitos da aplicação do presente decreto-lei, entende-se por:
a) «Áreas sensíveis»,
i) Áreas protegidas, classificadas ao abrigo do Decreto-Lei n. 142/2008, de 24 de julho;
ii) Sítios da Rede Natura 2000, zonas especiais de conservação e zonas de proteção especial, classificadas nos termos do Decreto-Lei n.o 140/99, de 24 de abril, no âmbito das Diretivas n.os 79/409/CEE, do Conselho, de 2 de abril de 1979, relativa à conservação das aves selvagens, e 92/43/CEE, do Conselho, de 21 de maio de 1992, relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e da flora selvagens; 


MINISTÉRIO DO AMBIENTE - Decreto-Lei n. 140/99 de 24 de Abril

Artigo 2
Âmbito de aplicação

1 — As disposições do presente diploma aplicam-se:
a) A todas as espécies de aves que ocorrem naturalmente no estado selvagem no território nacional, incluindo os seus ovos e ninhos;
b) A todos os tipos de habitats naturais constantes do anexo B-I ao presente diploma e que dele faz parte integrante;
c) Às espécies constantes dos anexos B-II, B-IV e B-V ao presente diploma e que dele fazem parte integrante. 

Artigo 6
Zonas de protecção especial

As áreas contendo os territórios mais apropriados, em número e em extensão, para a protecção das espécies de aves mencionadas no anexo A-I, bem como das espécies de aves migratórias não referidas neste anexo e cuja ocorrência no território nacional seja regular, serão classificadas como zonas de proteção especial, mediante decreto regulamentar.


ANEXO A-I - Espécies de aves de interesse comunitário cuja conservação requer a designação de zonas de proteção especial:

Ciconia nigra — cegonha-preta.
Ciconia ciconia — cegonha-branca

Agradeço que apreciem este meu ponto de vista, no processo em apreciação.

Melhores cumprimentos

Manuel Peralta


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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Bagaço Municipal – 2º assalto

Desde há algum tempo que venho alertando tudo e todos, para a tentativa de destruir a qualidade do ar que respiramos, que o Dr. Luis Correia e os seus amigos da Valamb, pretendem consumar em Alcains.
Dos inúmeros email que vou enviando, recebi agora um documento, que abaixo edito, proveniente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, que convido a ler.


Portanto, esta gente, não desiste da sua pecaminosa pretensão, de destruir a qualidade de vida ambiental que herdámos de nosso avós e nossos pais, e que, agora em segunda tentativa, pretendem destruir.
Entretanto munido de “parecer da quercus”, o Dr. Luis Correia pretende iludir com as mentiras do parecer, que até os curadores do ambiente estão de acordo com este tsunami ambiental.
Tenho em meu poder o parecer, que de imediato contestei junto das autoridades envolvidas no licenciamento, para as mentiras que ali são vertidas.
Nomeadamente, omite, repito, omite, que se torna necessário arrancar 7 hectares de pinhos mansos, que a bagaçada confina com o maior parque de cegonhas concelhio, com os pastos do maior produtor de queijo de Alcains, Zé do Cabeço do Carvão, que as vivendas por ali existentes não estão à distancia que a quercus, mentindo, refere, mas estão muito mais perto, que a escola secundária e a casas da vila, quinta da pedreira, a menos de 500 metros, enfim tudo feito a preceito…
Entretanto, no Reconquista… convido os meus seguidores a ler e ver o novo ninho municipal da quercus…


Comentários para que?
Adiante, cada um que tire as suas conclusões.
Porque só me resta denunciar com os factos que vou conhecendo a situação remeti para o Inspetor Geral e para a Comissão de Coordenação, o email que convido a ler.


De: Manuel Peralta
Enviada: domingo, 25 de Janeiro de 2015 15:07
Para: 'Igamaot@Igamaot.gov.pt'; 'presidente@ccdrc.pt'
Cc: 'geral@igai.pt'; 'cidadao@ccdrc.pt'; 'quercus@quercus.pt'; 'residuos@quercus.pt'; 'Associação'; 'info@adp.pt'; 'InIR DPL'
Assunto: FW: Instalação em Alcains de Centro de Valorização de Bagaço de Azeitona. Segundo alerta, agora com a Quercus.

Senhor Inspetor-Geral do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia.
Senhor Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.

Manuel da Paixão Riscado Peralta, residente em Alcains, na Av. 12 de Novembro, lote 8, vem participar novos elementos sobre o tema, Bagaço Municipal em Alcains.

1 - A foto em anexo supra, mostra um recorte do jornal Reconquista, que convido a ler e a meditar.
2 - As fotos seguintes, fazem parte de um parecer da Quercus com 15 páginas, parecer esse em meu poder, apócrifo, que contem uma imensa falsificação, uma despudorada mentira, sobre o terreno onde o Dr. Luis Correia e os seus amigos da Valamb, pretendem instalar a sua bagaçada municipal, com a qual pretendem destruir o ambiente em Alcains, onde não há um único lagar.
3 - No local existe o maior pinhal de pinhos mansos concelhio que será necessário cortar, bastantes sobreiros adultos, o maior parque de cegonhas concelhio, os pastos do maior produtor de queijo de Alcains, chamado Zé do Cabeço do Carvão, vivendas a 300 metros do local, uma escola secundária com 300 alunos a menos de 500 metros em linha reta. Tudo isto é deliberadamente omitido no parecer da Quercus.
4 - Deliberadamente colocaram o cartaz que obriga a dar conhecimento da obra, dec. Lei nº 555/99 de 16 de dezembro, a cerca de 100 metros afastado da vedação do terreno, em local não visível, escondido na mata de pinhos mansos.
5 - O terreno corre paralelamente à estrada nacional 18, sendo contíguo com as empresas Unibetão e Secil Pré Betão, numa mata de pinhos mansos dos quais cerca de 7 hectares irão ser abatidos e a 150 metros da área de serviço da A 23 de CBranco.
6 - Contra este atentado ambiental decorreu em Alcains um abaixo assinado que recolheu cerca de mil assinaturas contra esta aventura municipal que oportunamente a Triplo A, Associação Ambiental de Alcains, lhes remeterá.


Conhecem decerto os protestos contra os “tsunami ambientais” já em serviço, no Luso, Mealhada, em Condeixa, Coimbra, e na aldeia de Fortes, em Ferreira do Alentejo.
O que o Dr. Luis Correia e os seus amigos da Valamb pretendem, é fazer o mesmo em Alcains, onde não há um único lagar e havendo na zona industrial de Castelo Branco, terrenos disponíveis, urbanizados, com infraestruturas, por que não leva o bagaço para a sua sede de Concelho?
Porque gastar em Alcains mais de 50 mil euros, arrancar pinhal e sobreiros, quando tem centenas de hectares infraestruturados disponíveis em Castelo Branco?
Por outro lado, em Vila Velha de Ródão, existe uma unidade que por falta de matéria prima, está parada, porque não ajudar a viabilizar o que já existe?
Senhor  Inspetor Geral e Senhor Presidente.
Não tenho dinheiro para defender em tribunal esta questão, luto contra gente que apenas nos quer destruir a qualidade de vida que herdámos dos nossos, avós, dos nossos pais…
Exerço apenas o meu dever cívico, de cidadão que paga impostos, confiante  nas instituições.
Estou disponível para os esclarecimentos que entenderem necessitar.
Bem Hajam.
Aguardo.

Manuel Peralta

Tudo isto acontece pela mão da pessoa que assina este documento, que devem ler.

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quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Álvaro Padre Escuteiro Engenheiro


Álvaro Pereira de Jesus, era o seu nome de batismo, mas, como o nome indica, foi e era “de Jesus”.
Também era e foi de muitos outros, paroquianos, amigos, forneiras, escuteiros e escuteiras e, vejam lá, de muitos lobitos e promissoras aquelás.
Padre inconformado, viajante, caminheiro andante, que traçou o seu caminho de apostolado com Jesus de braço dado e, com a igreja, não de, mas, ao lado…
As mulheres do tempo da minha mãe, que coziam pão, assavam coleiras de batatas com sal, e latas de sardinha com colorau e farinha no forno da “ti Cuca”, tinham por ali o irreverente, ainda em seminarista, à perna. Nada sonsinho e muito menos caladinho, não lhe auguravam grande caminho, era um andino.


Naqueles tempos, isto é, nas décadas de quarenta a sessenta, em termos gerais, iam para o seminário alunos de quarta classe bem feita, espertos, normalmente filhos de casas cheias de gente, sem lareira mas com pilheira e palameira, alguns dormindo na camarinha, mas que a pobreza não permitia continuar a estudar.
Outros, tinham já religiosa tradição familiar e, muitos outros normalmente com tias solteiras, que por haver trabalho em casa não foram freiras, espiritualmente esposas  do Coração de Jesus, de larga fita vermelha de seda ao peito com pendente medalha de alumínio,  assediavam sobrinhos de terço em riste, para as virtudes da fé e da vida de Cristo.


Sei do que falo, pois tive uma tia, solteira, Ana Minhós, que rezava pai nossos como quem come tremoços...
Entretanto o meu amigo Álvaro foi Padre. E eu, com ele, fui Escuteiro. E com ele, muitos outros  e muitas outras, foram escuteiros e escuteiras. E com ele, crescemos...
É com o Padre Álvaro que o escutismo sai da sacristia, onde estava quentinho, abafadinho como gato em soalheiro, enrolado  na puída batina do saudoso Padre António Afonso Ribeiro. Primeiro na JOC, depois na casa onde hoje está a praça e mais tarde no Solar de Ulisses Pardal.
Com ele, o escutismo de Baden Powel foi de acampamento, de campo, de mata, de sol e chuva, de fogo de conselho, de teatro, de flores da fragância, de tchuna longa…há de ser aqui, de pistas, de janeiras, de farrapeiro, de encomendação de almas, de missa, de farda, de insígnia, de procissão, de alvo pão que alimentou peitos, com farinha doada aos pobres pelos states...


Errante, foi com ele que aprendi o que era o inter-rail, para onde partia de mochila para a Suissa, levando consigo outros amigos, que queriam alterar a pacatez então vivida, olhar para o lado, ajudar os outros construindo por aqui e ali, partilhando costumes, cultura tradições, replicando por cá sem meios, saborosa ironia, o que por lá de bom se fazia.
Padre de rua, de gente, de pessoas de carne e osso, de gente de margem, no limiar da vida, ao lado e não dentro do tabernáculo como sucede em Fátima, no Cenáculo.
Asceta, padre de pão, queijo e vinho à refeição. Sublimador, queria com mais emoção que razão, juntar na casa de Cristo, indiferentes, agnósticos e para a religião tristes, com os cursos de dominiques...
Travanca, Santa Apolónia, Tanque das Freiras, Teixoso, locais de acampamento onde a juventude de então, sob a boa disposição permanente do Padre Álvaro, competiam, confraternizavam entre melros, e cães, patrulhas de “àbaxias” que gozavam todos os dias.
O Zé Caldeira, (Joaquim Máximo em versão ecológica) de transporte do escutismo, o Jorge Eanes, (guita) o Mário do chafariz velho, o João Minhós, o chefe Granada, o seu irmão, caminheiro Elias, a Ercília entre outros, por lá, comungam neste momento a chegada prematura do chefe da patrulha saudade, o padre Álvaro.
Nós por cá, hoje na cerimónia fúnebre na igreja matriz de Alcains, na presença do senhor Bispo da diocese, assisti a um brilhante testemunho de responsável de um grupo de casais que partilharam com o padre Álvaro cerca de 30 anos de lhana amizade.


Numeroso cortejo com música e cânticos dos rapazes da sua obra no Cenáculo, acompanhou o féretro, até a cemitério. Antes de o corpo descer à terra o seu amigo de longa data, Doutor João Lopes de Oliveira, proferiu um testemunho que emocionou tudo e todos. Homem da Universidade das Letras, de voz sentida, na terra deles batida, falou do amigo Álvaro e das suas lutas, desde a limpeza da então aldeia, ao abastecimento de água, do urbanismo, da sua ação, da alegria, do humor que só um verdadeiro Profeta que trabalhou toda a vida, convicto de que, para quem tem fome o pão é mais prioritário que um livro, pregando, praticando, profetizando deste modo a chegada do Papa Francisco, também ELE militante da ação da igreja da periferia, dos pobres coitados, deserdados…
Filho de pedreiro e parteira, concluiu o curso de engenheiro civil, cujos colegas de muito longe se deslocaram para a despedida do amigo dos tempos de estudante. E que histórias têm dele!!!
Quando um amigo se passa para a outra margem, no barco da amizade só com viagem de ida, vai sempre um pouco de nós. Ele o padre Álvaro que aos 15 anos me estimulou a escrever para os jornais, deixou por cá numerosos amigos, fossem escuteiros ou anti escuteiros.
Partiu. A sua família dolorosamente vê partir precocemente o seu irmão mais velho, o amigo, o homem que tudo fazia para ajudar quem dele se acercava, mas pedindo muito a todos para ajudar os outros.


Na minha memória sem arestas a que chamo saudade, relembro um padre Álvaro que não tendo muito, precisava de pouco, o homem que cavou terra úbere que deu frutos, o homem a quem nunca vi levantar a mão, falar mais alto pensando que tinha razão, tolerante, amigo e grande amigo da vida e da paz entre os homens. Foi isto que lhe disse ao telefone vésperas de ano novo, já no hospital. Era o que tinha mais à mão e sei que para ele chegou. E merecia. “Tchuna longa”, amigo Álvaro.

Manuel  Peralta

Nota: Pela segunda semana consecutiva pedi ao Reconquista, que é propriedade da Fábrica da Igreja Paroquial de S. Miguel da Sé, a publicação deste texto sobre o Padre Álvaro.
Até à edição saída hoje, (22.jan.2015) nada.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

IN MEMORIAM

Maria Clara Belo Rafael
1929 - 2015


Parte hoje para junto de ti Senhor, um dos corações mais bondosos que conheci na vida. A minha Tia que hoje acolhes no teu regaço, foi um símbolo de união em toda a nossa familia. A ironia da vida tem destas coisas, sem nunca ter subido ao altar para iniciar a sua própria família, foi a peça fulcral e um porto seguro para todos nós, ‘Rafaeis’, Mateus, Peraltas…

Desde cedo abdicou dela própria em prol dos outros. A partida prematura do seu Pai (o meu Bisavô) traçou-lhe o destino e o caminho do seu percurso pela terra. Cuidou da sua Mãe na velhice com o mesmo amor com que ela a cuidou em criança. Quando a hora da Avozinha chegou, ergueu a cabeça e olhou novamente para o lado, para mim e para a minha irmã. Miúdos de fraldas e de escola com a mochila às costas, partilhou a sua cama com a minha irmã noites sem fim, que acredito que desde essa altura nunca dormiu tão aconchegada.

Esteve presente em todos os momentos da nossa vida, nos bons e nos maus, mas sempre com o mesmo sorriso e palavras meigas.
Na minha memória ficará para sempre o fresco do corredor de cimento da tua casa nas tardes quentes de verão e o teu lugar no sofá à luz do candeeiro, de agulha e dedal na mão, bordando memórias que estão agora espalhadas nas casas de todos os teus sobrinhos.

Foste irmã, tia, tia avó, tia bisavó. As gerações da nossa família guardar-te-ão na memória. Foi na janela da tua casa que a Ana da Mila confundiu um burro com um cão e que o João te começou a chamar de ‘tia Calila’. Nessa mesma casa reunias todos à mesma mesa de volta do cabrito recheado e do bacalhau à Brás. Festejávamos os Santos, um a um e em família.

Na contabilidade da vida o teu saldo é claramente positivo. Não ficaste a dever nada a ninguém e todos nós te devemos muito do que temos e do que somos hoje.
Mesmo sem diploma nem doutoramento, proporcionaste a todos nós o acesso a muito do que temos hoje. Contigo viajei de avião pela primeira vez para terras de Inglaterra e Escócia, e aprendi a fazer o melhor arroz que alguma vez provei na vida.

Partes hoje com a mesma serenidade com que abraçaste a vida, pautando as tua ações pela ajuda aos teus familiares e amigos. O Céu para onde agora vais nunca mais será o mesmo. O pó estará sempre limpo, haverão toalhas bordadas em todas as mesas e o aroma doce da tua cozinha será sentido ao longe. Juntas-te a outros que já partiram. Levas contigo a nossa saudade dos meus avós Adriano e José, da tia Belinha e da prima Isabel, do tio Joaquim, do tio Moisés e do professor Renato. Entrega-lhes por favor o nosso sorriso e as nossas lembranças. 

Hoje reunimo-nos à tua volta pela última vez, celebrando a tua vida e para que, em meu nome e de todos os teus sobrinhos te deixemos o nosso eterno obrigado. Pelos teus ensinamentos, pelos terços que rezaste por nós, pela tua dedicação e pelo teu carinho eterno.

Nós por cá ficamos para dar "muitas graças a Deus e poucas graças com Deus".

Até sempre tia Calila.

Pedro M. P. Peralta
10.Janeiro.2015

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Agora para a Inspeção Geral da Administração Interna

Porque aqui prometi que quer a Valamb Quer o Dr. Luis Correia, me iriam ter “à perna”, acabei de remeter email à Inspeção Geral da Administração Interna, participando a 2ª tentativa de destruir o ambiente em Alcains.
Sugiro a leitura do email


De: Manuel Peralta 
Enviada: terça-feira, 13 de Janeiro de 2015 22:56
Para: 'geral@igai.pt'
Assunto: Instalação em Alcains de Centro de Valorização de Bagaço de Azeitona.

Exmª. Senhora Inspetora-Geral da Administração Interna.
Juíza Desembargadora Drª. Maria Blasco Martins Augusto

Manuel da Paixão Riscado Peralta, residente em Alcains, na Av. 12 de Novembro, lote 8, vem participar a Vossa Excelência o seguinte.
1 - A Câmara Municipal de Castelo Branco, na pessoa do Dr. Luis Correia, e a empresa Valamb. Lda com sede social no Fundão, pretendem instalar em Alcains, no local denominado de Cabeço do Carvão, um Centro de Valorização de Bagaço de Azeitona.
2 - Para tal, a Câmara adquiriu já o terreno na envolvente ao cabeço do carvão, terreno esse que pretende “oferecer” à empresa Valamb, para que ali, juntos, possam consumar um atentado a raiar, crime ambiental.
3 - A Câmara de Castelo Branco nos índices de transparência municipal, anda muito cá por baixo, e neste processo tem tentado por todos os meios, ocultar, esconder, meter debaixo do tapete, este processo que, face aos impactos ambientais previstos, deveria ser ainda mais que claro, transparente.
4 - Para que possa seguir os trâmites que a lei, dec. Lei nº 555/99 de 16 de dezembro prevê, instalaram o cartaz que consta da foto 041, que acima edito.   


5 - Só que o referido cartaz está cerca de 100 metros afastado da vedação do terreno, em local não visível, escondido na mata de pinhos mansos, de tal modo, que só avisado, por vizinho do terreno, pude tirar a foto que refiro. Presumo que existe uma grave infração à lei, pelo que sugiro que mande averiguar a situação, e puna os responsáveis, obrigando-os a cumprir a lei, com as respetivas coimas que decerto a lei preverá.
6 - O terreno corre paralelamente à estrada nacional 18, sendo contíguo com as empresas Unibetão e Secil Pré Betão, numa mata de pinhos mansos dos quais cerca de 7 hectares irão ser abatidos. Este mal cheiroso centro do bagaço conflitua com a maior colónia de cegonhas do concelho, e prejudicará irremediavelmente o maior produtor de queijo, dito de Castelo Branco, mas fabricado nos pastos de Alcains.


7 - Esta é a segunda tentativa de destruição ambiental que o Dr. Luis Correia e os seus amigos da Valamb pretendem consumar em Alcains. A primeira foi chumbada pelo Instituto da Infraestruturas Rodoviárias, pois esta dupla, queria construir então uma Unidade Industrial que agora, eufemisticamente, passaram para Centro de Valorização, no centro da auto estrada A23. Claro, que como no In Ifr não há amigos…
8 - Contra este atentado ambiental decorreu em Alcains um abaixo assinado que recolheu cerca de mil assinaturas contra esta aventura municipal.


Resumindo.
Agradeço, Senhora Inspetora Geral, que faça cumprir o que refiro no ponto 5 desta participação.
Agradeço que, caso me queira ajudar, que quanto às questões ambientais, promova o necessário junta das entidades com responsabilidade nestas matérias que façam cumprir quer à Câmara quer à Valamb, o que a lei determina.
A título de esclarecimento, refiro que a Valamb tentou na câmara de Salvaterra de Magos perturbar por lá o ambiente, mas o executivo exigiu-lhe um estudo de impacto ambiental.
Despedidos de lá, votaram para junto dos amigos…
Estou disponível para os esclarecimentos que entender necessitar.
Bem Haja.
Aguardo.

Manuel Peralta


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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Bagaçada Municipal, 2º assalto

Acabaram as festas, Natal, Ano Novo e Reis, para quem as teve!
Começa entretanto a luta.

O Dr. Luis Correia, a Drª. Cristina Granada e os seus amigos da Valamb, não descansam, apesar das cerca mil assinaturas dos Alcaineneses contra a bagaçada municipal.
Vão ter, claro, o Terra dos Cães à perna. Sempre.
Dou conhecimento deste trabalho de casa, dando assim início a mais um ano de trabalho contra a bagaçada autárquica.
Manuel Peralta


De: Manuel Peralta
Enviada: quarta-feira, 7 de Janeiro de 2015 23:13
Para: 'InIR DPL'
Assunto: 2ª tentativa, agora com nome mais suave de CONSTRUÇÃO DE CENTRO DE VALORIZAÇÃO DE BAGAÇO.

Senhores

Ao abrirem a foto 40 poderão observar, agora em segundo assalto, o assunto que acima refiro.
Após uma primeira tentativa falhada do Dr. Luis Correia e dos seus amigos da empresa Valamb de instalar uma UNIDADE INDUSTRIAL de tratamento de bagaço de azeitona em Alcains, onde não existe qualquer lagar, pretensão chumbada pelo In IR DPL, tentam agora, em segundas requentadas núpcias, entre a A23 e a EN 18 no lugar denominado Cabeço do Carvão, continuar com a mesma malandrice ambiental…
Para tal e como prova das suas, deles, despudoradas intenções ambientais, remeto a foto 40 que morador  na zona, me fez chegar.
Portanto contra a vontade de mil assinaturas recolhidas em Alcains contra esta bagaçada municipal, o Dr. Luis Correia, os seus amigos da Valamb, bem como outros por omissão, pretendem levar esta teimosia até ao fim.


Nós por cá, só nos resta alertar as entidades e lutar contra esta malfadada intenção.
O terreno, cerca de 60 mil euros,  já foi adquirido pelo Dr. Luis Correia e creio que a preço de saldo será oferecido aos seus amigos da Valamb, para que ali e contra a vontade da generalidade dos Alcainenses, onde não existe um único lagar, seja cometido mais um crime ambiental. 
Pode ser que, no entanto, as entidades licenciadoras se assumam e impeçam este tsunami ambiental com que nos pretendem dizimar, ambientalmente falando, claro…
Curioso é um documento em papel timbrado da QUERCUS, apesar de APÓCRIFO, que o Dr. Luis Correia exibe como autorização ambiental.
Oportunamente, fá-lo-ei chegar à QUERCUS nacional para averiguar de quem usa e abusa do nome QUERCUS, com mentiras claras entre o que o apócrifo descreve e a realidade que as fotos 31 e 42 mostram.


O maior parque de cegonhas do concelho e a maior mata de pinhos mansos com mais de 10 anos de idade que vão ser abatidos nos 6 hectares da instalação.
Ao InIR DPL e às muita entidades com responsabilidade nesta matéria em BCC, solicito que exerçam a fiscalização que esta temeridade ambiental, merece.
Apresento os meus melhores cumprimentos.
Oportunamente darei conhecimento de mais detalhes da situação.

Manuel Peralta

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