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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

O bagaço em Ferreira do Alentejo

Por aqui, ainda estamos a tempo de impedir o que aconteceu em Ferreira do Alentejo.


A reportagem de que agora ponho à disposição dos seguidores da Terra dos Cães, relata bem o que por aqui, nos pretendem oferecer.
Por favor, clique aqui, e ouça os protestos e veja as imagens.


Entretanto, parece haver um novo local para a “INSTALAÇÃO INDUSTRIAL” da fábrica do bagaço.

Oportunamente trarei novas notícias.

Manuel Peralta

sábado, 16 de agosto de 2014

Bagaço em compasso...

Questões em reflexão e para as quais, ainda não encontrei resposta.

1. Porque razão, e aparentemente sem dele necessitar, foi adquirido ainda pelo Comendador Senhor Joaquim Morão, um terreno em Alcains, que custou cerca de 170 mil euros ao município, terreno esse vendido à Valamb, agora por 4 mil euros?
Este terreno confinante com a empresa NOVADIS, instalações da ex Alprema, foi o terreno que a câmara em primeira localização, deu luz verde à Valamb para ali instalar a sua atividade que, de imediato, foi pelos Alcainenses contestada.
Observa-se entretanto que, as zonas industriais de Castelo Branco e Alcains, ainda estão muito longe de estarem ocupadas sequer a 50% da sua capacidade. Então pergunta-se, porque aqui, em Alcains?


2. Porque razão, não havendo aqui, um único lagar, decidiu por unanimidade, a Câmara de Castelo Branco, oferecer este “molho de bróculos “ a Alcains? Não seria do ponto de vista da rentabilidade do projeto, localizar a Valamb junto do maior produtor de bagaço? Poupar-se-iam custos de transportes, emissões de CO2 entre outras vantagens, e, com mais rigor aumentar o VAL e a TIR deste  infeliz e, presumo, condenado projeto?


3. Sendo um dos sócios da Valamb, ao que consta, vereador do partido Socialista na Câmara Municipal do Fundão, e tratando-se no dizer da Valamb, de um projeto que vem beneficiar imenso as populações, criando 22 postos de trabalho, num investimento que já subiu de 3 para 5,5 milhões de euros,  porque não submeteu o projeto na câmara de que, embora na oposição, faz parte?
Se o fizeram, que digam o resultado...
Ainda mais me surpreende o facto de que, tendo a Valamb a sua sede sicial no Fundão, é para mim muito estranho, que com este projeto, não tente a sociedade engrandecer primeiramente, a terra onde tem a sede!
Porquê aqui...!!!


4. Porque razão se decidiu tão depressa, com base num sumário do vereador do ambiente municipal, Senhor Engenheiro Carvalhinho, sem uma única referência ambiental? Qual a razão deste mata cavalos, num problema que o Senhor Doutor Luis Correia disse ser muito sensível...!
Insisto, junto de quem me acompanha nesta luta, para que leiam no “post” anterior, o cuidado que o executivo municipal de Salvaterra de Magos, colocou em pedido de quase idêntico constrangimento ambiental, que a empresa Valamb lhes formulou?
Agradeço que comparem, por favor, como trabalha a câmara de Castelo Branco e a câmara de Salvaterra de Magos. 
Quem pagou o terreno em Salvaterra de Magos?


5. A Valamb está no seu direito de procurar atingir os seus objetivos onde considere mais justo e oportuno, nada a referir.
Nada tenho contra isso, muito menos contra as pessoas  que não conheço, e, até lhes desejo boa sorte pessoal e empresarial.
Mas há cada vez mais “NIMBY”, not in my back yard...e, quem anda nisto, sabe do que falo.
Sabe no entanto a Valamb, que a sua atividade, gera nas comunidades onde pretendem desenvolve-la, uma forte barreira à entrada, e por tal não devem estranhar este desamor, não contra a empresa, mas contra a sua atividade.
Como este processo tem sido tratado pela câmara municipal de Castelo Branco com evidente leveza, sem estudo e reflexão, e, atendendo por um lado ao facto de nada ter exigido em termos ambientais à Valamb,e, por outro, por se pressentir que o facto estaria a ser consumado, gerou na comunidade Alcainense um sentimento de revolta, causado pela sensação de insegurança municipal.
Como a “nossa?” cãmara não nos defende, não acautela a nossa boa vida ambiental, temos de ser nós, a usar o “direito à indignação”, e civicamente lutar, esclarecendo, desmontando tramóias, indo a tudo e todos para que o executivo municipal volte a avocar este escuro processo, e decida em conformidade pesando os pontes fortes e os pontos fracos da decisão municipal.


6. A provar a leveza de que falo, está o facto, da mudança de local. Uma análise séria do primeiro local, o dos 175 mil para os 4 mil, dentro da malha urbana, pertíssimo das escolas e do mais denso conjunto habitacional de Alcains, prova à saciedade, a insustentável leveza municipal, que me perdoem...
O novo local, está, estará, igualmente condenado. Em plena A23, pertíssimo da área de serviço a quem foram criadas expectativas e proteções, e onde já pára muito pouca gente, está assim dado o primeiro passo para o respetivo funeral, que decerto aproveitarão.
Claro que irei oportunamente informar a empresa deste asunto.
Os pedidos de indemenizações não tardarão...
Junto da maior colónia de cegonhas do concelho, a Quercus vai entrar, entre duas empresas de materiais de construção em laboração, e, pasme-se, mesmo ao lado do maior produtor em Alcains do denominado, Queijo de Castelo Branco....
Melhor é impossível.


7. Estão, no entanto, ainda a tempo de reconsiderar.
Como sempre valorizei mais o que perco, do que aquilo que ganho, não quero perder esta luta.
Apenas pretendo deixar para os meus filhos e netos um terra mais limpa e saudável.
E isto “si, me muove”.

Manuel Peralta

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Basta sugestão de impacto ambiental, e a Valamb recua

Mão amiga, fez chegar ao meu conhecimento este precioso documento.
É um documento que prova como funciona uma câmara séria, em que os vereadores opinam, não são mudos, em que levantam questões como esta coisa menor, sem qualquer importância para a câmara de Castelo Branco, como um “INDISPENSÁVEL ESTUDO de IMPACTO AMBIENTAL”, salvaguardar o bem estar das populações, consulta prévia às Freguesias, considerar como uma mais valia para o pedido da Valamb, a exigência de um estudo de impacto ambiental, mesmo que tal não fosse exigido por lei, enfim tudo questões menores para os esclarecidos e apressados vereadores, com o Presidente, Doutor Luis Correia, a presidir.
Leiam por favor.









Ao que consta, a Valamb não ficou por lá... e isso é que conta. Os mesmos 3 milhões e meio, que agora já são 5, agora mais trabalhadores, enfim, toda uma bagaçada digna de quem a aprovou. No município em questão, Salvaterra de Magos, o pedido da Valamb nem era ao que consta, tão prejudicial às populações como o que, a conivência municipal, apressadamente, pretende impor a Alcains.
Vou tentar conseguir os email dos vereadores da câmara de Castelo Branco e remeter este caso que se passou na câmara de Salvaterra de Magos, para que dali tirem as devida ilações.


Continuarei a desvendar mais informação sobre o tsunami ambiental que o executivo municipal de Castelo Branco, pretende impor aos habitantes de todo o concelho, com epicentro em Alcains.
A recolha de assinaturas continua em excelente ritmo, e por tal se pode já aferir do forte apoio que a Triplo A, Associação Ambiental de Alcains está a ter com a iniciativa.
Isto apesar da nova, sem farda, polícia de Alcains...
Mais informados, e, cada dia mais conscientes, Alcainenses repudiam o mal que aqui quer fazer o executivo municipal.

Manuel Peralta


As fotos são do dito novo local. 
Um excelente pinhal de pinhos mansos, uma frente com sobreiros quadricentenários, duas empresas em laboração, Unibetão e Secil Prebetão, e pasme-se o maior produtor do queijo, dito de Castelo Branco. Como o Arquimedes, é caso para o executivo municipal, gritar, EUREKA!!!
Pior que este local, só mesmo o gabinete do executivo municipal.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Vereador do Ambiente - Engº Carvalhinho

Porque o embuste atual tem responsáveis, e estes têm nome, dou a conhecer a quem me segue no terra dos cães, quase a atingir 100 mil páginas vistas, distribuídas por 40 países, a informação do vereador, Sr. Engº Carvalhinho para o executivo municipal.
Entretanto, nas últimas duas semanas, tem subido exponencialmente o número de leitores, um pouco por todo o mundo, 40 países, que ficam a conhecer como a Câmara de Castelo Branco está a tratar os Alcainenses.
Então, aí vai.




Com a leveza própria de quem trata assunto desta complexidade de modo tão displicente, sem acautelar na informação para os seus pares, conforme a lei prevê nestes casos, de um estudo de impacto ambiental, aliás conforme resposta em meu poder e já aqui publicada do Senhor Secretário de Estado do Ambiente e da Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, assim decidiu o executivo municipal, e pasme-se, por unanimidade, trazer para Alcains este presente municipal.
Por aqui, claro, Junta, Doutora Cristina Granada e, Assembleia da Freguesia, Professor Jorge Micaelo, assinaram por baixo.
Se o executivo avançar com o projeto conforme a singeleza do documento, estamos perante uma ilegalidade que, obviamente será contestada.


A mudança de local, empurrando com a barriga o que deveria ser pensado, só prova a fragilidade deste processo e a incompetência municipal.
Se é algo de tão bom, inofensivo como diz a Doutora, que em nada afeta as populações, porque mudaram a localização?
Com esta mudança, quem acredita na seriedade do processo


Sendo Alcains o centro da região demarcada do dito “queijo de Castelo Branco”, porque instalar a Valamb, junto do maior produtor do dito?
Tenho em meu poder um parecer de um médico veterinário que informa que, em VVRódão, a Valamb lá do sítio, faz adoecer os animais, causando-lhes graves problemas respiratórios, uma vez que, pastoreados nas pastagens circundantes são afetadas por aquela poluição, diminuindo consideravelmente a produção do leite, cuja qualidade baixa, bem como até a produção das oliveiras, a quem tanto querem espremer o bagaço.
Claro que, já entreguei pessoalmente ao Zé do cabeço do carvão o referido parecer, e o médico está disponível para oportunamente, vir a uma sessão pública em Alcains, falar sobre este tema.


Mas o que me faz escrever este texto, é a informação do Senhor Engenheiro Carvalhinho, no documento supra de que existem mais de uma centena de lagares, não sei se são 199 ou 101, e no concelho também cerca de 20, e por aqui se vê o rigor da informação prestada.
Dando de barato esta questão, informo-o de que, dos registos oficiais nem 10 por cento dos lagares que refere, estão registados, legalizados, pelo que amanhã, irei diligenciar junto das entidades ambientais, para que, através do Senhor Engenheiro Carvalhinho, via Câmara Municipal de Castelo Branco, os informem onde estão localizados os lagares, a fim de se legalizarem e nos termos da lei em vigor, serem-lhes aplicadas as respetivas sanções, caso não estejam licenciados para a atividade que exercem.


Hoje de tarde fui informar os proprietários da moradia da foto supra, da vizinhança que lhes querem oferecer. Familiares, várias crianças e amigos deleitavam-se em banho de piscina, com grelhador donde exalava um perfume a saborosa carne grelhada.
Pergunto.
Se quem me lê, tivesse este oásis, construído com suor e lágrimas e viesse a sua Câmara Municipal, destruir as suas vidas, que faria?
Imagine como ficaram quando lhes dei a notícia…
Entreguei entretanto o cartaz que a Doutora Cristina Granada, nas cabeleireiras e nos cafés anda a destruir. A este tema voltarei, pois Alcains, com os atuais herdeiros da democracia, é uma terra de liberdade vigiada.
As restantes fotos são dos vizinhos da nova localização.


A nova localização conflitua com a maior comunidade de cegonhas de Alcains, pelo que vou igualmente alertar a Quercus para a situação. Ver foto supra.
Igualmente a empresa EP, Estradas de Portugal, responsável pela A 23, será devidamente informada, face à proximidade com esta “indústria de produção…”, pois presumo que não foi respeitada a área de proteção da A 23.

Manuel Peralta

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Alcains, 1 – Câmara/Valamb, 0


Para já, a equipa da Câmara da cidade cedeu. Perdeu. 
Tecnicamente mal preparada,  derrotada em casa na primeira jornada, de um campeonato que pode ser longo, recuou e fez marcha atrás na classificação.
Empurrando com a barriga, a tragédia ambiental para cima dos Alcainenses, tragédia  esta patrocinada pela empresa Valamb, com pegada ecológica de dimensão tal, que supera a incompetência municipal.
Agora, ao que consta, mudaram de local, para junto do Cabeço do Carvão. Observem o dito nóvel local, no mapa pintado a vermelho.


Porque a luta continua, e Alcains quer as Valamb lá para muito longe da nossa rua, torna-se necessário aproveitar o efeito surpresa e, desenvolver de imediato ações de revolta pessoais e coletivas, contra a instalação da Valamb.
Portanto, vai ser assim.
Amanhã, logo pela manhã, vou à queijeira do Zé do Cabeço do Carvão, o maior produtor de queijo de Alcains, dar-lhe a boa nova, entregando cópia da localização, deste presente do Dr. Luis Correia.
Afastaram-na um pouco da salsicharia do Serrano e, assim de mão em mão, a Valamb ficará vizinha da queijaria do Zé do Cabeço do Carvão.
Ao Engº responsável pela Argibloco, meu colega de curso, pessoalmente informarei que vai ter pegado à sua fábrica uma Valamb, pelo que, decerto acionará tudo o que estiver ao seu alcance, para evitar tão mal cheirosa vizinhança.
Idem para a empresa Novadis, distribuidora da Sagres, agora ainda mais afetada.
Remeterei aos Ministérios e a todas as Entidades do Ambiente, documento esclarecedor da situação, agora em 2ª fase. Pretendo colocar em alerta tudo e todos para que a tragédia ambiental seja impedida a todo o custo.
Vamos refazer os instrumentos de comunicação com os Alcainenses, mantendo-os em permanente alerta, porque este crime ambiental não pode passar impune.
Vou tentar alertar a comunicação social, nomeadamente o jornal Reconquista, para a necessidade do contraditório, em processos desta natureza.
O Domingos Bispo, especialista em estores, o António Bernardo, canteiro que esculpiu a estátua do canteiro de Alcains, o Ti João Pionto, excelente canteiro e o seu filho Paulo, que na Suissa trabalha em escultura, o meu primo João Riscado, o Zé Russo, o sogro do Zé Vitor com pastagens e vários hectares na zona, o dono do café Santo António em Alcains, o pai da Drª. Marta, diretora do lar Major Rato em Alcains, o Alcino Pio, tio de vereador e tio da tesoureira da junta da freguesia, o vizinho da Palha, que comprou as instalações ao falecido David Infante, entre muitos outros, gente simples, trabalhadora que compõem magras reformas com agricultura familiar nas suas pequenas propriedades, vão dar pulos de corça quando eu os informar, pessoalmente, da vizinhança que vão ter, e da prenda que o Doutor Luis Correia lhes pretende oferecer.


Agora a mal cheirosa unidade do bagaço já vale 5 milhões... quem dá mais?
Que venha o diabo mesmo que seja 'salgado'...
Continuarei. Continuaremos.

Manuel Peralta


Nota. A minha preocupação com este meu diário, tem para mim um efeito pedagógico, que é ir fazendo, e, passo a passo, aprendendo.
Pode ser que, mais cedo ou mais tarde, nas Sarzedas, ou nas tojeiras do Santo André, nos Escalos, quer de baixo ou nos de cima, na Lousa, nas Tinalhas, no Ninho ou no Sobral, possam querer para lá empurrar esta canalhice ambiental. 
E, então... !!!
!!!

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

OBRIGADO Zé (Testemunho de Alcainense conhecedor)

Com a serenidade e a objetividade de quem estando não muito longe, acompanha esta luta, dou à estampa um refletido e factual texto do Engº Químico, José Eurico Minhós Castilho, neto do Regedor que, em tempos idos, regeu Alcains, para que conste e, relendo-o, talvez o “leve” executivo municipal, com o Doutor Luis Correia à cabeça, secundado pelo vereador do ambiente municipal, Senhor Engº. Carvalhinho, aprendam como se gere um processo que deveria ter forte acompanhamento das populações que sendo as vítimas primeiras deste processo, nada lhes foi perguntado.


Sugiro a leitura do referido texto.

O  AMBIENTE...  A POLÍTICA... AS PESSOAS

Quando a Política surge de permeio, normalmente o diálogo fica inquinado. E não existem razões substanciais para que tal aconteça. O AMBIENTE diz respeito às Pessoas e quanto a mim é sobretudo um problema técnico. Tão importante, que qualquer Organização, e as Autarquias são Organizações, quando se desejam certificar ou manter esse estatuto, têm que o ter em conta. E o mesmo abrange variadíssimas áreas e coloca numerosas questões, tais como: o consumo de recursos naturais finitos como a água, a redução dos consumos de energia, as emissões gasosas e qualidade do ar, as partículas sólidas no mesmo, o ruído e outros parâmetros que agora não me ocorrem. Hoje sabe-se que as emissões gasosas potenciam pelo menos o efeito de estufa, senão mesmo quando o enxofre está presente, as chuvas ácidas. E esses parâmetros são quantificáveis e monitorizáveis. Qualquer estudo sério de impacto ambiental, terá que o ter à cabeça. E é isso que à distância, me parece não estar esboçado, nem sequer se pensar em fazê-lo. E os exemplos que têm vindo a lume na imprensa, nomeadamente no diário Público, reforçam a tese da sua necessidade. As decisões mesmo das maiorias são sempre discutíveis, e tanto mais quanto face ao problema em questão, as explicações pecarem por falta de fundamentação técnica.


Na década de 80, na cidade para onde vim trabalhar, discutia-se um problema Ambiental. Existia um projecto da EDP para a instalação de uma Central Térmica a Carvão, que necessitava para a sua laboração de um curso de água de grande volume nas proximidades. Refira-se que por motivos achados justos, o mesmo projecto já tinha sido recusado por Viana do Castelo,  a Figueira da Foz também o regeitara, Abrantes era a terceira opção, e se aqui fosse rejeitado, forçosamente iria parar às margens do Guadiana. A EDP oferecia um conjunto de contrapartidas muito significativo e os autarcas e os movimentos que desejavam mais esclarecimentos, foram conduzidos pela EDP a verem unidades idênticas. Sobretudo porque na altura as chuvas ácidas já eram um problema que se debatia na imprensa, e o teor de enxofre no Carvão que alimentaria a Central, a chave decisiva do processo. Assisti a dois debates sobre o tema, e se muito ficou por esclarecer, ficou pelo menos a certeza, de que existia um factor de risco, esse era monitorável e teria que ser garantido à partida: o teor de enxofre no Carvão, não podia ultrapassar uma determinada percentagem. E isto era relevante, porque o Carvão com um teor de enxofre mais elevado, seria mais barato. A EDP aceitou o compromisso, a povoação de Pego, a meia dúzia de Kms de Abrantes experimentou sobretudo durante a construção da Central um surto de desenvolvimento notável, além das contrapartidas que a EDP deixou, a CP electrificou a linha Sines – Pego, e os comboios de carvão, com os vagões devidamente fechados, começaram a funcionar. E não me recordo de problemas com o funcionamento da Central do Pego. 


Embora a uma outra escala, é verdade, foi um problema discutido, debatido com forte participação da sociedade civil. Precisamente o oposto ao caso que neste momento preocupa e com razão muitos alcainenses. As contrapartidas  já se viu que são mínimas e o impacto ambiental expectável muito elevado. Trabalhei alguns anos numa Empresa que tinha como actividade subsidiária também a secagem de bagaços e sei dos incómodos para as populações mais próximas, sobretudo na qualidade do ar… A Empresa nunca poderia certificar este processo que abandonou ao fim de alguns anos, para alívio das populações vizinhas…Aliás, seria interessante saber, se o modelo de unidade industrial que a Autarquia pretende copiar para Alcains, estará CERTIFICADA em termos ambientais! Duvido!...


Em resumo aqui fica uma reflexão em apoio daqueles que lutam pela qualidade do AMBIENTE, face a um problema que já será latente noutros locais do país e que até do ponto de vista económico, é duvidoso que os responsáveis  possam  sustentar a sua candidatura a apoios comunitários, sobretudo quando na região existe uma unidade industrial do género, que por falta de matéria prima, estará sub-aproveitada.

MC - Abrantes 2014.08.01

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Sabes Zé, hoje a sociedade está dominada pela impunidade dos que julgam que, após eleitos, são donos dos votos dos eleitores, e que podem fazer tudo o que lhes aprouver.
Esta rapaziada leve, não tem consciência de que seguem num carril que outros, antes deles, determinaram...
Quando a Câmara anterior comprou um terreno em Alcains, sem dele necessitar, por cerca de 175 mil euros, e agora vendeu por 4 mil euros, ao que constou na altura para ajudar amigos em dificuldades, colocou esta Câmara num carril do qual terão muita dificuldade, sem forte oposição, sair. Já tudo estava então decidido, pois sei onde tudo se passou!!! Publicarei mais tarde o que sei de fonte segura...
Cabe agora aos Alcainenses, proceder ao descarrilamento desta composição autárquica desgovernada.
Conto, contamos para tal, que as autoridades que têm o dever de acautelar a proteção dos cidadãos não se demitam e acabem de vez com a impunidade municipal reinante.
Assim mesmo, sem tirar uma vírgula.
A Valamb, que vá ter com o executivo municipal de Salvaterra de Magos..., que disseram NÃO, por escrito, disseram Não, Não, Não, Não, Não,... à Valamb...,...,...tema a que voltarei, pois tenho por lá um amigo, que já me enviou a ata que, oportunamente, publicarei.
Obrigado, Zé.

Manuel Peralta


Nota. A contra informação reinante, qual granada ofensiva, afirma que já não vão instalar a fábrica no local previsto e que, vão deslocá-la dentro da área do município, para outro local.
A ser verdade, e a mentira é uma arma nesta guerra, só prova a leviandade com que o executivo municipal tratou este complexo tema, obrigando-o agora a fazer marcha atrás.
Não será uma vitória... mas, retira força ao trambolhão municipal.
Se pensam que, por mais 300 metros, 3 ou 30 quilómetros nos vão fazer recuar estão mesmo muito enganados. 
Onde a Valamb se propuser instalar, Alcains em peso, estará lá.
Ceder um pouco, é capitular... como juntos aprendemos em 1969 em Coimbra, lado a lado, em texto de opinião ou em editorial, no “vermelhusco” Integral.

Bagaço de azeitona, luta noutras frentes

Porque se trata de um“embuste” autárquico, e após consultar o meu inolvidável amigo de longa data, Priberam, que me disse que se trata de mentira artificiosa, plano para enganar alguém, ardil, logro, enredo, alertei de imediato Suas Excelências os Senhores Ministro e Secretário de Estado do Ambiente Ordenamento do Território e Energia, para a eventual instalação em Alcains de uma fábrica para tratamento de bagaço de azeitona.
Com uma menos valia para a Câmara da cidade de Castelo Branco de cerca de 150 mil euros, a Câmara, presidida pelo Doutor Luis Correia, e, por unanimidade, havia cedido à empresa Valamb Lda com sede no Fundão, ao preço de um cêntimo, por metro quadrado, 4 hectares de terreno, em Alcains para que a Valamb ali instalasse a fábrica.
Mais informei que em Vila Velha de Ródão, a cerca de 30 quilómetros de Castelo Branco, já existia capacidade instalada capaz de tratar toda a bagaçada da região, e que, estava parada por falta de matéria prima.


Recebi hoje a resposta do Senhor Chefe de Gabinete do Senhor Secretário de Estado, que convido a ler.

De: Gab Apoio MAOTE 
Enviada: quarta-feira, 6 de Agosto de 2014 17:46
Para: manuel-r-peralta@sapo.pt
Assunto: Of. 2349 - Instalação em Alcains, Castelo Branco, de fábrica para tratamento de bagaço de azeitona

Exmo.(a) Senhor(a)

Em cumprimento do despacho do Senhor Chefe do Gabinete, junto se envia a documentação em anexo.

Com os melhores cumprimentos,

ANA SARAIVA
Secretariado de Apoio

Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia
Rua de “O Século”, 51
1200-433 Lisboa, PORTUGAL
TEL + 351 21 323 15 00
EMAIL apoio.maote@maote.gov.pt
www.portugal.gov.pt


Com o “ring fence”, como agora se diz, que se está construindo, alertando todas as entidades para o embuste em curso, com a meritória ação da Triplo A no envolvimento da comunidade Alcainense, agora já esclarecida e desperta para a calamidade ambiental que os espera, estão reunidas condições, e, a cada dia que passa mais reforçadas, para impedir que a fábrica se instale por aqui, seja onde for.
Desistir, seria trair, e trair está guardado apenas para os que prometeram nos papéis da campanha, palavras lindas sobre ambiente e qualidade de vida...
Oportunamente, com imaginação, serão apresentadas novas iniciativas de impacto assegurado, em Alcains, na cidade e um pouco por todo o lado.

Manuel Peralta

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Sabia Que...???

Em frase de combate, de alerta, a Triplo A, Associação Ambiental de Alcains, continua a sua caminhada em prol do esclarecimento, tendo em vista consciencializar as pessoas sobre a terrível mudança da qualidade de vida que o Doutor Luis Correia e a Doutora Cristina Granada, politicamente, pretendem impor mais diretamente aos Alcainenses, e a todos os habitantes do concelho.
Eis o cartaz, que convido a ler.


Este cartaz, está presentemente a ser distribuído num porta a porta em Alcains, entregue diretamente às pessoas na rua, em rápidas sessões de esclarecimento individual ou coletivo, afixado nas vitrinas de estabelecimentos comerciais de Alcainenses sem salário no partido, distribuído em esplanadas de cafés, e, na passada sexta feira, à porta da empresa Dielmar, a todos os trabalhadores.
Paralelamente está a decorrer com enorme êxito a recolha de assinaturas.
Assinar um papel e colocar o número do bilhete de identidade ou cartão do cidadão, responsabiliza sobremaneira quem assina, e, testemunha a seriedade com que a Triplo A, está a conduzir este processo.


A adesão à recolha de assinaturas está a ter tal aceitação que são já as pessoas que, informadas, procuram assinar nos diversos estabelecimentos onde estão as folhas para assinar. 
E são vários os estabelecimentos aderentes.
Claro que, quem anda na rua nesta atividade, ouve de tudo, desde os que claramente apoiam e se oferecem para recolher mais assinaturas, aos que assinam sem tremer, mas também infelizmente, e quem anda nisto já os conhece, os que “encanando a perna à rã “ têm sempre uma pequena desculpa, um, amanhã, assino, enfim as desculpas habituais dos que na vida sempre estiveram de bem com Deus e com o diabo e a quem o meu saudoso pai apelidava de “ gente com fato para todas as estações...”, enfim gente que esteve, está e estará sempre do lado do poder.


Começam entretanto a surgir sinais de revolta nas pessoas, nas expressões, no desespero de quem diz com razão que, se fosse bom, não vinha para Alcains..., ou porquê não levam a bagaçada para a terra dos donos da empresa, a tal Valamb do Fundão..., ou porquê é que não vamos à Câmara e..., enfim, um pouco de tudo o que é habitual no desespero de quem se sente traído pelos eleitos nos órgãos municipais e locais. 
Este, por enquanto não muito quente mês de agosto, está a transformar-se a cada dia que passa, num ambiente de revolta, e em fermentação contínua...
Continua entretanto o boca a boca e o porta a porta, distribuindo o, SABIA QUÊ:

Manuel Peralta

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Novo emblema da Câmara da cidade de Castelo Branco


A foto que acima edito, será talvez a foto mais emblemática do auge da poluição na já martirizada vila de  Condeixa, a uma dezena e meia de quilómetros da cidade de Coimbra.
Trata-se de foto recente, do primeiro trimestre deste ano, num período, para os poluidores, áureo, da sua bagaçosa atividade.
Conforme podem observar, o ar e o ambiente em redor, estavam poluidíssimos de fumos e gases espessos e oleosos, provenientes da laboração industrial da secagem dos resíduos do bagaço de azeitona.


A foto, não tem quaisquer efeitos especiais, não está retocada, pelo que, era mesmo este o aspeto miserável e irrespirável de Condeixa e arredores!
Um cirroso escarro nas gargantas, impregnado de um insuportável cheiro a rançoso azeite, que afeta idosos e novos com problemas respiratórios, que cobre tudo e todos com uma película gordurosa, tornado insuportável a vida por aqueles lados.
E isto que escrevo, é real, não há filtros que minimizem sequer os efeitos desta canalhice ambiental.


Entretanto, reafirmo que nada me inibe. 
Sou um cidadão livre, e, por conhecer o que se passa nos locais onde já existem empresas tipo Valamb, procuro ser assertivo, avisando, esclarecendo, acordando adormecidos e de boa fé, mas sempre graniticamente crítico, nomeadamente com este tipo de empresas. 
Procurarei, no entanto, ser cuidadoso, porque estas empresas são formadas por gente que, …   …. e aqui conto com a sua imaginação,  …   …  conubiados por vezes com os “boys autárquicos”, gente com salário no partido, que sabendo bem a porcaria que fazem, não olham a meios para atingirem fins.


Daqui, lanço um veemente apelo e aviso, não apenas aos potencialmente dizimados ambientalmente, Alcainenses, mas a todas as populações vizinhas, sobre o fedor e cheiros nauseabundos, da fumaça e da poluição aérea e visual que nos espera, se deixarmos sem forte oposição, instalar empresa, cujo terreno para instalação, já foi cedido, pela câmara da cidade de Castelo Branco, com uma menos valia, perda, de cerca de 150 mil euros dos cofres municipais.


Contrariamente ao que diz a Presidente da Junta da Freguesia, Doutora Cristina Granada, que está de acordo com a instalação, e, por tal atitude, será sempre recordada como a primeira mulher que atraiçoou o bom ambiente a que todos temos direito, esta pestilenta atividade não cria muitos postos de trabalho.
E, os que criar, serão só sazonais.
Os eventuais trabalhadores de escritório, se os houver, por certo ficarão na sede da empresa.
Pelo que se vai sabendo, a homóloga de Condeixa só tem 12 trabalhadores.
Ando a tentar descobrir, pois ao que por aí consta, dos 12 trabalhadores, seis, serão os sócios gerentes e os seus familiares.
Parece que por ali, o CDA lá do sítio, está tranquilo…


No âmbito das atividades da TRIPLO A, Associação Ambiental de Alcains, irei propor em próxima reunião, que se mandem fazer emblemas para serem distribuídos aos responsáveis pelo ”crime ambiental”, em marcha.
Câmara, Junta e demais entidades com responsabilidades na matéria, serão no salão nobre do engraxatório, agraciadas.

Manuel Peralta