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terça-feira, 26 de abril de 2022

A OBRA, ANOS DEPOIS

Pessoa amiga e que me segue nesta aventura que é o blogue Terra dos Cães, entregou-me o caderno da propaganda à “OBRA”, que a câmara da cidade editou. Em papel de elevada gramagem e a muitas cores, ali se prometia em textos assinados por Joaquim Morão uma zona de lazer e de excelência, a despoluição completa da ribeira da líria, entre outras palavras que, o tempo, esse repositor da verdade, aclarou.


Manuel Marujo, em texto idêntico dizia ”… até há alguns anos, sentíamos que uma grande distância nos separava, a muitos níveis,  de Castelo Branco e de outras cidades. Hoje, em todos os aspetos, estamos mais próximos desses centros e continuamos a procurar trazer à nossa vila, o desenvolvimento tão ambicionado…”(sic). Em todos os aspetos, digo eu…


Convido a fazer um esforço de leitura dos textos que enquadram as duas fotos que acima edito, textos estes retirados do dito caderno.

Ali se dizia que ”…a despoluição do principal curso de água da vila e a respetiva regularização das margens está a ocorrer em bom ritmo. Em breve, os Alcainenses  poderão passar a usufruir de uma agradável zona de lazer, mesmo plantada á sombra da ribeira da Líria…” (sic).

Passado este tempo, a promessa de novos amanhãs que cantam, está assim como esta foto de hoje, repõe a nova realidade.


Noutra parte do texto afirma-se.

…destaque ainda para a constituição de um espelho de água agitado por 3 “gisers” que, associado á criação de um pequeno auditório junto à linha de água, onde será implantada uma represa amovível, permite fazer a aproximação entre os utilizadores desta praça e a ribeira…”(sic).

A foto seguinte mostra a situação atual do auditório, hoje transformado em WC da dita zona de lazer.

Continuando!

…o projeto cujas obras estão a decorrer, prevê a criação de um parque infantil e de uma extensa área relvada, com recurso a vegetação autóctone… serão também desenhados, no pavimento, os jogos populares como a malha, as argolas e a macaca…” (sic).

O repositor da verdade que é a foto seguinte, evidência a verdade então proferida.

A aranha está incapaz de se frequentada e a promessa dos desenhos dos jogos nunca viu a luz do dia.


Noutra frase entre muitas outras do dito caderno, dizia-se!

…o projeto de arquitetura paisagística da ribeira da Líria, que contempla não só a despoluição do curso de água, mas também a criação de um parque urbano junto à antiga ETAR, na avenida 12 de novembro, com funções de recreio, lazer e educação ambiental…” (sic).

A duas fotos seguintes retrata a situação do parque urbano.



E para terminar e continuando a transcrever o dito caderno.

…os percursos pedonais de lazer e descoberta da natureza apoiados em indicadores explicativos da ecologia local, fazem desta aposta o pequeno pulmão de Alcains…” (sic).

Observem aqui nesta foto os percursos pedonais.


Naquele tempo da dupla Sócrates/Morão a frase da propaganda era “A obra vale mais que as promessas”.

O tempo, esse malvado, encarregou-se de o demonstrar.


Manuel Peralta