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domingo, 5 de maio de 2024

O PROTOCOLO DE LIMPEZA DA LÍRIA NA IMPRENSA

 Claro que foi, é notícia.


Para que fique registado e, para memória futura, dou à estampa, recorte do jornal RECONQUISTA, sobre o acontecimento.

Outros órgãos de comunicação social locais e regionais o fizeram, nomeadamente o jornal A GAZETA.

Também nas rádios locais, o evento foi notícia e, entre os Alcainenses, muitos me dirigiram palavras e email de agradecimento.

Ontem, 29 de abril, com a Srª. Engª. Sónia Mexia e a equipa dos SMASCB que vai realizar a obra, foi efetuada vistoria aos locais e tomadas as iniciativas que desde o matadouro Oviger até à Estação Elevatória dos efluentes domésticos, irão finalmente, resolvendo a questão, permitir que a água da Líria corra em todo o seu percurso limpa e liberta de poluição.


Darei notícia quando se iniciarem e finalizarem as obras.


Manuel Peralta

sexta-feira, 3 de maio de 2024

PUBLICO AS LISTAS DE CANDIDATOS, QUE CONCORRERAM ÀS PRIMEIRAS ELEIÇÕES DEMOCRÁTICAS, NAS AUTARQUIAS

 Servir Alcains



Por Alcains Concelho



APU - ALIANÇA POVO UNIDO



Passados todos estes anos, é bom recordar, lendo, onde estavam estes candidatos, no 25 de Abril.

Surpresas?


Manuel Peralta

quarta-feira, 1 de maio de 2024

“EU É QUE SOU O PRESIDENTE DA JUNTA“

Manuel da Paixão Riscado Peralta, foi o 1º Presidente da JUNTA da FREGUESIA de ALCAINS a ser eleito em democracia, nos finais de 1979, data das primeiras eleições autárquicas numa lista independente subscrita por cerca de 200 cidadãos eleitores da freguesia de Alcains.

Apresentaram-se a sufrágio três listas, a minha sob o lema  Servir Alcains, uma outra, Por Alcains Concelho, do Sr. Helder Rafael da Dielmar e, a terceira do PCP/APU, encabeçada pelo Sr. João Santos, (Visga, Calceteiro).

Quando se deu o 25 de abril de 1974, estava na Guiné-Bissau, na guerra colonial e só regressei em setembro de 1974. Era o Alferes de Transmissões de Infantaria do meu batalhão, nº. 4516/73.

Sobre essa data, refiro o que me contaram, nomeadamente uma fonte limpa que é o Engº. José Eurico Minhós Castilho, eleito na minha lista para Presidente da Assembleia da Freguesia, que, estava por cá e viveu e assistiu a tudo.

Sendo assim, quando aconteceu o 25 de abril, o Sr. Ramiro Rafael era vereador pela ANP, Ação Nacional Popular, na câmara de CBranco, primeiro vereador de Alcains.


O Sr Ramiro e, na altura o Governador Civil, Dr. Ascensão Azevedo, tiveram uma influência fundamental na elevação de Alcains, então Aldeia,  a Vila. Esta alteração de categoria da nossa terra ocorreu no dia 12 de novembro de 1971.

Claro que nessa data, nesses tempos, havia uma categoria de Alcainenses, denominados BAIRRISTAS, que eram pessoas que se interessavam pela melhoria da situação da nossa terra e, claro, dos Alcainenses que, em muito colaboraram e ajudaram a que tal objetivo se conseguisse, nomeadamente, Sanches Roque, Cunha Belo, José Dias, João Santos, Porfírio Isidro, Luis Lopes, (Tobias), Frutuoso Mateus, David Infante e muitos, muitos outros.

Já na Junta da freguesia e na qualidade de Presidente, propuz à Assembleia de Freguesia que se pusesse o nome de Av. 12 de novembro de 1971, à atual avenida que começa na rotunda do Seminário, até à estrada nacional 18. A avenida já estava aberta, mas em terra batida e ainda sem qualquer infraestrutura.

A Junta da Freguesia que vinha de antes do 25 de abril, era constituída pelo Srs. José Dias, João Santos e João Pereira.

Com o falecimento entretanto ocorrido do Sr. José dos Reis Dias, presidente, sucedeu João dos Santos e entrou o José Lopes da Silva.

Quando ocorre o 25 de abril, e como aconteceu em muitas cidades e vilas por todo o País, em Castelo Branco a câmara caiu, era presidente ANP, o Engº Manuel da Silva Castelo Branco que foi meu professor.

Sucedeu-lhe, sem eleições, nomeada uma Comissão Administrativa presidida pelo Dr. Armindo Ramos muito ligado ao PS, com quem lidei de muito perto.

As forças ditas democráticas com preponderância do MDP/CDE, Movimento Democrático Português/Comissão Democrática Eleitoral, tentaram e conseguiram em muitas outras situações mudar os existentes órgãos autárquicos. 

O MDP/CDE, era um partido proto comunista, da oposição ao anterior regime e, o mais organizado na altura. O Mestre Sousa de Alcains que fazia parte desse partido, juntamente com outros alcainenses e albicastrenses prepararam uma sessão para destituir a Junta da freguesia, ainda com José Dias vivo, e a “coisa“, para as forças ditas da democracia, não terão corrido nada bem.


A junta que vinha de antes do 25 de abril, manteve-se assim até às primeiras eleições autárquicas, ocorridas em 1979. A partir de aí e até hoje, todas as autarquias passaram em vez de nomeadas, a ser eleitas pelos cidadãos eleitores.

Nessa data, 1979, tinha 30 anos, era o autarca Presidente, mais novo no Concelho de Castelo Branco e presumo que até no País. Os autarcas eleitos para presidente, eram aquilo a que se chamava os “ homens bons das terras “. Quase todos de fato, gravata,  colete, corrente para o relógio e invariavelmente de chapéu. Mulheres, ainda nem pensar…

A grande maioria, tinha muita dificuldade em perceber os inúmeros documentos que lhes eram enviados, para discussão nas Assembleias Municipais. Não havia mesas e os chapéus eram colocados debaixo da cadeira em que se sentavam.

Em 1979 a lista que venceu as eleições para a Câmara Municipal, foi a AD, Aliança Democrática, sendo eleito Presidente o Dr. César Vilafranca.

Já na altura e, por razões profissionais, trabalhava nos ex CTT no largo da Sé em Castelo Branco, abandonei a presidência da Junta da Freguesia, fazendo apenas um mandato, e, nas eleições seguintes sucedeu na autarquia o Sr. João Santos.


Já na democracia, tinha ido da presidência da junta da freguesia de Cebolais de Cima para Governador Civil, o Sr. Alberto Romãozinho, que na data era militante do PSD, por nomeação governamental. Tornámo-nos amigos e fui por ele muito pressionado para integrar a lista do Sr. João Santos à Assembleia de Freguesia. Aceitei. O Sr. João Santos continuou.

Voltarei

Manuel Peralta

segunda-feira, 29 de abril de 2024

FAVAS

Deixou-me  em herança indivisa o meu Querido PAI, herança de, sementes, que cultivo, FAVAS.

Rural que tenho imenso gosto em ser, dou a conhecer este "afavacado" texto.

Em Novembro, pelos Santos, semeei, em fevereiro e março tratei e em Abril, colhi.

As Favas são como os Portugueses, suportam tudo, gelo, neve, seca, inundações e, por fim dão frutos deliciosos, favas.


De uma faveira, colhi 4 favas cada com mais de 40 centímetros, com uma média de 6 a 8 grãos por fava.

Das mais tenras fiz esparregado, delicioso, que costumo comer com entremeada de toucinho frito ou grelhado e, por cima, um ou dois ovos estrelados, de pica no chão, do meu galinheiro.

Das de grão, como a figura mostra, fiz um pitéu caseiro que consta do seguinte.

Receita de minha solteira Tia, Ana Minhós, que invetivava a minha Mãe, quando eu pequeno, para eu ser padre, mulher de terços e rosários, e a quem eu dizia, que " as Minhózes rezam Pai Nossos como quem come tremoços".



Com um bom ramo de hortelã, cozo as favas de grão em separado.

Em tacho familiar, frito em azeite uma morcela moura, entremeada de toucinho, e entrecosto cortado fino. Retiro para travessa de "resmalte", para repousar.

No mesmo tacho e, para abocanhar todos os perfumes da fritura, estrujo uma boa cebola, alho, louro e pimentão para dar cor.

Como têm cozeduras diferentes, junto primeiro o entrecosto, depois a entremeada e por fim a morcela moura, para cozerem em água das favas já cozidas.

Por fim junto as favas e, o resultado é este.


Foi à vida mais de meia garrafa de um primo direito do "Saint Emilion", seguido de um café intenso, um de nata, pastel e, de mata borrão um cognac, VSOP, que o meu filho de Toulouse me trouxe, Leopold Gourmel.

Como diz a canção, "esta vida de marinheiro está a dar cabo de mim", replico eu, " esta vida de rural toma conta de mim".

Pedro Peralta

quarta-feira, 24 de abril de 2024

A LÍRIA A UM PASSO DA DESPOLUIÇÃO

Foi no dia 22 de abril de 2024, pelas 17h30min, que se realizou junto à estação elevatória dos esgotos de Alcains, a cerimónia de ASSINATURA DO PROTOCOLO, relativo aos trabalhos de drenagem dos efluentes industriais do matadouro da OVIGER, par a Estação Elevatória dos Esgotos domésticos de Alcains, estação elevatória esta propriedade das ÁGUAS de LISBOA e VALE do TEJO, participada do GRUPO ÁGUAS de PORTUGAL.


Estiveram presentes as seguintes autoridades:

  • Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco
  • Presidente do Conselho de Administração da empresa FORTUNA, detentora do matadouro OVIGER
  • Diretora Geral dos Serviços Municipalizados de Castelo Branco
  • Presidente da Junta da Freguesia de Alcains
  • Manuel da Paixão Riscado Peralta
  • Vários órgãos de comunicação social


Usaram da palavra antes da assinatura do protocolo.

  1. Presidente da Câmara, que referiu a satisfação pela resolução deste problema ambiental que iria melhorar a qualidade de vida dos proprietários confinantes com a ribeira e, disfrutar em pleno da água limpa que por ali correrá.
  2. Presidente do Conselho de Administração da Fortuna, que referiu a aposta que a empresa tem com o ambiente, a qualidade de vida das populações onde a empresa opera, referindo entretanto que, quando comprou a Oviger, só posteriormente se apercebeu da situação ambiental, que entretanto tentam resolver, investindo em novos equipamentos da sua estação ETAR Industrial.
  3. A diretora dos SMASCBranco, entidade que vai executar a obra, referiu que vão ser investidos cerca de 50 mil euros, em obra partilhada pelos SMASCBranco e a Fortuna, indicou o local onde será instalado o coletor de ligação à Estação Elevatória e, o mais importante , que as obras se iniciarão em Maio e estarão concluídas em Junho de 2024.
  4. A Presidente da Junta referiu a satisfação pela execução desta obra que irá melhorar a qualidade ambiental da vida da ribeira e com isso, Alcains fica mais limpo.
  5. Por fim, Manuel Peralta agradeceu às entidades envolvidas o fim de uma poluição com mais de 50 anos, agradeceu ao Senhor Presidente da Câmara que não é um Presidente BAGACEIRO, ao contrário dos antecedentes no cargo, e pediu desculpa por um ou outro email mais contundente no alerta para a situação que, agora, parece que vai ficar resolvida. Referiu ainda que esta é, em seu entender, a melhor forma de celebrar o 25 de abril, fazendo obra que os portugueses reconheçam.


Procedeu-se em seguida à assinatura do protocolo, pela Câmara Municipal, Fortuna e SMASCBranco.



Estiveram presentes vários Alcainenses que fizeram várias perguntas e de seguida os jornalistas  entrevistaram as entidades envolvidas.