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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Levavam uma gamela


De samarra de eucalipto,

Fez avô quatro gamelas.
Para Diogo e Tomás,
Voarem por conta delas.


Um tocado a fogo,
Outro a queimar a gás.
Ora passava o Diogo,
Ora passava o Tomás.


Eu vou à frente,
Clamava o Tomás...
Repenicava o Diogo,
Vai lá para trás....


Um a sair de bisca,
Outro a treinar para ás.
Assim voavam primos,
Quer Diogo quer Tomás.


No fim da pista,
Saiu faísca.
Embrulhou-se fogo com gás...
Catrapaz...


Abraçado,
Diz o Diogo ao Tomás.
É preciso muito cuidado
Quando se quer ser ás.

Avô a trabalhar a lenha...

Manuel Peralta

1 comentário:

  1. Adorei. Fiquei emocionada quando li o poema dedicado ao meu filho e ao meu sobrinho que tão bem os retrata . Eles mais tarde vão ler e o avô vai explicar o que é uma gamela porque a mãe e tia também tem de pedir essa explicação. São recordações destas que quero que os meus filhos tenham do avô. Obrigada.
    Filipa

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