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domingo, 25 de julho de 2010

Blog Aberto - Curiosidades Históricas

BB e BA, juntas.

Confesso que fiquei perplexo quando vi o postal ilustrado; nunca tinha imaginado a B. B. com Castelo Branco e a Guarda, (o professor Pires Rufino não nos ensinou isso) ainda pensei que os espanhóis se tivessem enganado, mas não é o caso.

Tenho a certeza que os nossos conterrâneos e outros, irão ter grande prazer em desvendar o enigna.


Assim se referia um amigo ao presente documento histórico, escrito em espanhol, em que a provincia da Beira Baixa inclui os distritos de Castelo Branco e Guarda.

O saudoso professor Francisco Pires Rufino, falecido àcerca de 4 ou cinco anos e sepultado em Alcains, e a sua esposa Maria Amália Morão Carrega Rufino, minha professora, acamada e bastante debilitada actualmente em lar perto de Santarém, sempre nos ensinaram que a Guarda era a capital da Província da Beira Alta e Castelo Branco a capital da província da Beira Baixa.

Tal erro em chamada ao quadro e com o mapa pela frente, daria direito naquele tempo a um mínimo de 6 em cada mão... em cada mão por uma questão de equilíbrio.


Nem o professor Rodrigues, a professora Manuela, muito menos a professora Irene tal consentiriam.

O professor Matos e a professora Lóquinhas, nem pensar...

Manuel Peralta

Nota: Já me dei conta que temos que começar a guardar alguns documentos em papel, porque com a evolução do tudo electrónico, eles têm os dias contados e, para os nossos bisnetos serão documentos históricos.

2 comentários:

  1. BA e BB juntas…
    Ou a ignorância de nuestros hermanos!
    A menos que esta fusão tenha sido objecto de alguma revisão administrativa, termo que hoje está na moda, em tempos que já lá vão!
    E ao longo dos séculos parece que houve algumas, que criaram e aboliram concelhos, consoante as clientelas políticas – como a história tende a repetir-se - e que alguma dessas revisões tenha parido este mapa!
    E o contorno com as palavras em português da época, Alentejo, Estremadura, Beira Baixa, Beira Alta, Trás-os-Montes, quer afinal dizer o quê!?
    Pelo menos Beira Baixa e Beira Alta, deveriam constar no interior do Mapa.
    E os restantes – Alentejo, Ribatejo onde está!?, Beira Litoral idem aspas, Trás-os- Montes, mais ou menos.
    Este mapa tal como se nos apresenta, é pena que não esteja datado. Eu pelo menos não vi. E isso talvez ajudasse a desvendar esta fusão BB - BA.
    Assim é mais um mistério que por aqui fica.
    Quem sabe se não foi um mapa deste teor e igual precisão, que terá inspirado a Saramago a sua Jangada, com maiores dimensões claro, a ir desgovernada mar fora !..
    Ainda hoje, mesmo com a globalização, há muita gente no planeta, que já ouviu falar com toda a certeza, de Eusébio, ou Figo, e de Amália, mas que não faz uma pequena ideia onde fica este rectângulo.
    E outras tantas vezes, avança mesmo para o conceito hibérico, onde nos funde com nuestros hermanos!...
    Vamos lá tentar saber a data do mapa e depois falamos. Que para confusão hoje já chega!

    MC

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  2. Ainda a fusão BA – BB....
    Afinal Beira Baixa, nem aparece no contorno! Estaria implícito, que era o espaço físico delimitado! E a Covilhão, um “pueblo” sem grande importância!
    Outra teoria que me ocorre é a seguinte: não é o espaço delimitado, aquilo que hoje se chama de Beira Interior!
    Se assim foi, o autor do mapa, teve como que uma visão do que viria a cumprir-se a muito longo prazo. Quem sabe se ainda não lhe viremos a chamar, “padre” da Regionalização.
    A ser verdade, demonstra uma capacidade de vidência, superior a Nostradamus que viveu de 1503 a 1566 em França, médico da Renascença e que ficou famoso pela sua capacidade de vidência, e pelo seu livro As Profecias.
    Ou mesmo ao portuguesíssimo António Gonçalves de Bandarra, o famoso sapateiro de Trancoso que viveu entre 1500 e 1556, e que se dedicava também à divulgação em verso, de profecias messiânicas!
    E não é messiânico, este tema da Regionalização! Aliás na sua produção diversificada, ocupa-se também de factos precisos e concretos para o país, e por isso teve a Inquisição às costas, não sendo porém essas trovas as de maior importância.
    Um exemplo: a VI
    Faço trovas mui inteiras,
    Versos muito bem medidos
    Que hão-de vir a ser cumpridos
    Lá nas eras derradeiras.
    Em conclusão: o autor do mapa, tal como Pessoa ou mesmo o Padre António Vieira, terá estudado a fundo Nostradamus e Bandarra, e desenhou a sua visão de um Portugal regionalizado! Um visionário é o que este nuestro hermano foi. "Vá de retro”!
    MC

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