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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

EXAME DA 4ª CLASSE DE 1968


PROVA ESCRITA:

Parece-me oportuno, face ao “post” anterior, em que recordei a minha professora  e um dia de aulas da minha escola em 1960, ano em que fiz a 4ª classe, publicar para a posteridade o que era  a prova escrita daquele tempo.
Dois ou três meses antes começavam os ensaios. Uma folha de papel almaço de 25 linhas, dobra do lado esquerdo com cerca de um terço da folha, caneta de pau aprumada, mata borrão, e nervos, muitos nervos na sala e no salão...


A direção escolar pediu a guarda das provas ao senhor General Frutuoso Pires Mateus, o alcainense que, na vida castrense, mais se distinguiu, e que, em mão, as entregou ao “homem do leme”, como dizem os meus amigos, tentando “acavacar-me”, e que guardei para agora publicar.
Não houve roubo de pontos, e todos os alunos ficaram a conhecer a prova quando a mesma foi colocada sob a sua secretária.


A prova conta de aritmética, geometria e desenho e uma ou outra pergunta de história.
Para completar o exame tinha de se fazer o ditado, a redação e em Castelo Branco, fazer a prova oral.
Convido todos os leitores do blog, a abrir o envelope com as provas, e a tentarem fazê-las.
Verão que pode ser divertido !!!...???.
Os que passarem irão em grupo  a casa de cada aluno, dar a volta, comer bolos sortidos, tremoços, bolachas maria, e beber um saboroso refresco de limão, tirado com copo de resmalte, da talha da água.
Vamos cantar.

 Já chegou o nosso dia,
O dia da prova oral.
Viva a nossa professora,
Que é a melhor de Portugal.

Viva! Viva! Viva!

Manuel Peralta



Para fazer o exame, clique nas imagens em baixo, por favor.

Agora uma peraltisse... caso tenha, esposa, marido, filho, filha, neto ou neta, sobrinho ou primo, com a 4ª classe, tente que resolva a prova, vá por mim, verá que é divertido.
Ou então, faça você mesmo, como no “black & decker"...

1 comentário:

  1. São vagas as minhas memórias relativamente ao exame da 4ª classe. São mais nítidas as do exame de admissão à Escola Técnica, não sei bem porquê. Talvez porque a sua preparação era mais intensa, e começava em horário "pós-laboral" que terminava pelas 15 horas, e nos obrigava a deslocar para a Feiteira, onde salvo erro a Profª Emília, esposa do prof. Rodrigues, reunia o grupo misto de rapazes e raparigas,a quem ela dava aulas, e que em conjunto preparava para o exame de admissão.

    Também recordo alguns dias de aulas em Castelo Branco, na Rua João Velho, onde o Prof. Rodrigues tinha residência, para tirar dúvidas e acelerar a preparação.Tipo estágio para a alta competição, que era o exame de admissão.

    Preparação a sério. Ninguém imaginaria que muitos anos mais tarde, viriam a existir Novas Oportunidades, e acelerações tipo Relvas.

    Nunca fui aluno da DªAmália nem do Prof. Rufino, e a ideia que retenho, era a de que seriam Profs exigentes e disciplinadores. Fui no entanto colega, até de carteira, do seu filho mais velho, creio que de nome Luís Manuel, se não estou em erro. É que já passaram muitos anos...

    Relativamente ao exame da 4ª classe, as minhas
    memórias retêm creio que uma passagem pela Escola da Mina, seria talvez a oral, não sei.

    Nítida é porém a memória do exame de admissão na Escola Industrial, hoje e já há muitos anos Museu Tavares Proença.

    Das peripécias com o exame da 4º classe em 68, cujos enunciados teriam ficado como fiel depositário, à guarda do nosso amigo General Pires Mateus, na altura talvez Capitão de Engª, é que me surpreende. Nessa altura estávamos ambos já em Coimbra e vindo a casa só nas férias, pouco saberíamos do que por aqui se passava. Tenho ideia porém que nas várias centenas de e-mails que por aqui se acumulam, já terei visto este enunciado.

    Longe de mim duvidar da idoneidade do ilustre alcainense a quem foi cometida essa tarefa e que a terá desempenhado com total isenção. Aliás no mesmo dia em que visionei o post sobre o tema, e como sei que o nosso General Pires Mateus, esteve ligado aos aeródromos, tive um triste pressentimento que infelizmente se confirmou.

    Nas imediações do aeródromo de Braga, morria um Coronel na reforma, da arma de Infantaria, mas com muitas horas de voo, de nome Jaime Rodolfo Abreu Cardoso, condecorado com a Torre e Espada, de Valor, Lealdade e Mérito, grau de Oficial. Não era do quadro, mas chegou a frequentar a Escola do Exército e seria mais ou menos do tempo do nosso General. Um homem extremamente simpático e sereno, que ainda talvez como Capitão, viajou no mesmo Vera Cruz que levava o Batalhão ao qual eu pertencia e que ouvia e esclarecia afavelmente os Alferes que o procuravam. Um militar Comando, que nunca mais esqueci, e cujas proezas à frente dos mesmos, li na vasta Bibliografia que tenho sobre a Guerra Colonial.

    E é só. Um respeitoso abraço ao ilustre alcainense General Pires Mateus e uma valente pancada nas tuas costas...

    MC - 2012.09.01

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