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terça-feira, 22 de novembro de 2011

LIRIA – ARH/TEJO

A caminho de uma solução?

Para os seguidores da Líria, dou a conhecer mais um email, relativo ao tema.
Trata-se de uma abordagem integrada da situação, com propostas de soluções, avisos e alertas a todas as entidades que têm a ver com a Liria.
Expectante, vou, vamos aguardar.

Manuel Peralta


De: Manuel Peralta [mailto:manuel-r-peralta@sapo.pt]
Enviada: terça-feira, 22 de Novembro de 2011 12:30
Para: 'carlos.cupeto@arhtejo.pt'; 'geral@arhtejo.pt'
Cc: 'Antonio Santos'; 'abilio.valente@arhtejo.pt'; 'GNR_CO_DSEPNA_SOSAmbiente'; 'Partido Ecologista "Os Verdes" "Os Verdes"'; geral@sm-castelobranco.pt; 'geral@min-agricultura.pt'; 'doai@drapc.min-agricultura.pt'; 'amavel.santos@aguasdocentro.pt'; 'alcindo@drapc.min-agricultura.pt'; 'Anselmo Cunha'; camara@cm-castelobranco.pt; 'Nelson Mingacho'; 'nuno.lourenco@sm-castelobranco.pt'; 'nuno.maricat@sm-castelobranco.pt'; 'joao.carvalho@sm-castelobranco.pt'; 'lidia.barata@reconquista.pt'; 'igaot@igaot.pt'; junta.alcains@netvisao.pt
Assunto: Ribeira da Líria em Alcains.Reunião com ARH/TEJO, SEPNA ,moradores, Comunicação Social e JFreguesia.

Exmº. Senhor Professor, Carlos Cupeto.

Diretor de Recursos Hídricos do Interior.

Tenho presente a excelente jornada de trabalho realizada na passada quinta feira, dia 17 de novembro, pelas 15 horas, nas margens da ribeira da Líria, e , mais concretamente frente ao coletor de efluentes industriais do matadouro, efluentes estes que o matadouro deposita na ribeira, normal e aparentemente, sem qualquer tratamento.
O conhecimento pessoal dos intervenientes ajuda, por vezes, e muito, a ultrapassar as ausências de informação, o ficar só, enfim, um sem numero de indiferenças com as quais tenho lidado ao longo destes alertas que, com a ajuda do jornal Reconquista, venho denunciando.
Para mim ficou agora mais claro que a ARH/TEJO tem em Lisboa, na sua pessoa, em Santarém e em Castelo Branco, gente empenhada e capaz de “levar a carta a Garcia”…
Para tal, contem também comigo.


Peço que me desculpem, todos, alguma agressividade nas palavras com que escrevi alguns textos sobre o tema, mas ela deriva fundamentalmente da ansiedade do querer fazer, de ver passar tanto tempo, e tudo e todos com tanto e precioso tempo, lento, borolento, por vezes eficiente… mas não eficaz.
Vou com os moradores confinantes da ribeira manter uma vigilância ainda mais eficaz, e, alertar todas as entidades, para os episódios de poluição.
Todos a remar para o mesmo porto, com o seu rumo, vamos chegar lá.
Faltaria à verdade se não reconhecesse que a situação melhorou bastante, quer da parte das Águas do Centro, dos Serviços Municipalizados e até da Câmara Municipal, que ao fim de três anos decidiu limpar, e desta vez, muito bem, a ribeira.
Mas a situação está muito longe de estar resolvida, definitivamente.
Fruto de reflexões sobre o tema, sugiro:
1-Que as Águas do Centro, face ao projeto que me dizem estar em elaboração, transfiram a estação elevatória, abrindo vala que ligue por gravidade a estação elevatória diretamente á estação de tratamento de efluentes domésticos, localizada ao Cabeço do Carvão.
Não sendo extremamente fácil, não me parece ser de dificuldade muito acrescida. Acabariam assim definitivamente os maus cheiros, as nuvens de melgas e mosquitos, as ratazanas que fazem do espaço envolvente à estação elevatória, Zona de Lazer, e acabariam então definitivamente os transvases de efluentes não tratados para a ribeira.


2-Que os Serviços Municipalizados de Castelo Branco, considerem a frágil rede de esgotos de Alcains, de SITUAÇÃO CRÍTICA, e que para tal, gradualmente vão eliminando as fragilidades na rede que originam frequentes roturas, com os consequentes e frequentes transvases de efluentes domésticos não tratados, na ribeira.
Para serem consequentes os Serviços Municipalizados deveriam continuar a estudar tecnicamente a situação do ponto de vista dos caudais e da topografia dos coletores, fazendo obra definitiva nas amiudadas intervenções que consomem recursos escassos, mas que vão mantendo uma situação que com o futuro, só tenderá a agravar-se.
Vou manter vigilância apertada.
3-Quanto ao matadouro, a solução pode ser analisada em várias vertentes.
A primeira que o matadouro crie condições na sua estação de tratamento para que os seus efluentes não poluam a ribeira. Chega a correr sangue claro conforme ouviu dos moradores e tem em seu poder fotos alusivas e expressivas.
Num país a sério, nem era preciso fazer mais nada.
Uma outra, que a entidade que tem passado licença ao matadouro, altere junto do ministério respetivo, os parâmetros que lhe têm permitido tratar os Alcainenses abaixo de cão, em termos ambientais.
Ou então que se faça no seguimento do coletor atual, um coletor que conduzisse os efluentes do matadouro para a atual estação de tratamento no Cabeço do Carvão, para aí serem tratados.
Difícil?
Não me parece, basta estudar, planear, provisionar orçamento e, fazer.

Senhor Professor Carlos Cupeto, em janeiro do próximo ano caduca a licença do matadouro, peço-lhe portanto face ao exposto, que tome a seu cuidado esta data e promova o necessário para que, cumprindo a sua função, não transija com os interesses instalados.
Pela minha parte quero agradecer-lhe a boa reunião havida e sabe uma coisa, fiquei muito mais tranquilo, mas, não me desiluda.
Convido-o a abrir as fotos de hoje, da martirizada ribeira da Líria, que saiu recentemente dos cuidados intensivos, recebe apenas as visitas da família, mas está por agora em franca recuperação.
Por favor, ajude-me a salvá-la.
Um abraço, deste, agora seu amigo.

Manuel Peralta

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