Ansioso, meio “assovacado” procurou-me o José Domingos Esteves, vulgo Zé Requeita, comerciante de móveis da cadeia AQUINOS, para o ajudar a solucionar o caso de um vespeiro que tinha em propriedade para os lados de Vale de Prazeres, Alpedrinha.
Com ele, fui ver...
Sem fato de apicultor e com o à vontade próprio de quem subestima a ansiedade dos outros, lá fomos pela Lardosa, Zebras, Orca em fim de tarde, observar tal acontecimento.
De pasmar...
Nunca tal tinha visto…
Vespões com 3 a 4 centímetros de comprimento, de elevado porte alar, em colónia gigante com cerca de 700 a 1000 indivíduos, pendurada em aduela de portão de ferro no interior de arrecadação/garagem.
Pareciam porta aviões a aterrar e a levantar do lindo vespeiro, tal era o silvo das asas mesmo a cerca de dois a três metros de altura.
Não subi, observei de baixo e compreendi então a ânsia do Zé.
Com razão.
Na semana seguinte, já então munido de calça forte, com bom cantcho, luvas, máscara de apicultor e de bomba insecticida lá fomos resolver de vez a questão.
Pelo fim da tarde, já escuro, quando o pasto das vespas termina, foi possível em cima de escada dizimar com receio as vespas e vespões, que caíam inanimadas em rodopios assustadores... o Zé que o diga!
Com as mãos, retirei o vespeiro muito lindo, de cores que só o belo assustador cria, mais leve que neve, prenhe de alvéolos com larvas em eclosão.
Apurei mais tarde que se tratava de Vespas de CRARNOT, espécie proveniente da Ásia, e que estão a dizimar as colmeias de mel.
Chegam a matar 150 a 200 abelhas de mel, por dia.
Três picadas matam um adulto, sete picadas matam um cavalo.
Anualmente, fabricam uma nova rainha que põe os ovos e assegura a renovação da espécie.
Enquanto as abelhas de mel ferram com ferrão injectando veneno que passa pouco depois, estas vespas, ao ferrar, o veneno espalha-se pelo corpo e o inchaço se não tratado a tempo, pode conduzir à morte.
Sugiro que, se virem vespeiro idêntico, mantenham a distância para não terem problemas.
Não se deixem iludir pela beleza do vespeiro, tentador.
Piores que bestas, são estas vespas, tentadoras, mas predadoras.
Assim aprendi com Zé Requeita, sem apanhar maleita.
Manuel Peralta
Com ele, fui ver...
Sem fato de apicultor e com o à vontade próprio de quem subestima a ansiedade dos outros, lá fomos pela Lardosa, Zebras, Orca em fim de tarde, observar tal acontecimento.
De pasmar...
Nunca tal tinha visto…
Vespões com 3 a 4 centímetros de comprimento, de elevado porte alar, em colónia gigante com cerca de 700 a 1000 indivíduos, pendurada em aduela de portão de ferro no interior de arrecadação/garagem.
Pareciam porta aviões a aterrar e a levantar do lindo vespeiro, tal era o silvo das asas mesmo a cerca de dois a três metros de altura.
Não subi, observei de baixo e compreendi então a ânsia do Zé.
Com razão.
Na semana seguinte, já então munido de calça forte, com bom cantcho, luvas, máscara de apicultor e de bomba insecticida lá fomos resolver de vez a questão.
Pelo fim da tarde, já escuro, quando o pasto das vespas termina, foi possível em cima de escada dizimar com receio as vespas e vespões, que caíam inanimadas em rodopios assustadores... o Zé que o diga!
Com as mãos, retirei o vespeiro muito lindo, de cores que só o belo assustador cria, mais leve que neve, prenhe de alvéolos com larvas em eclosão.
Apurei mais tarde que se tratava de Vespas de CRARNOT, espécie proveniente da Ásia, e que estão a dizimar as colmeias de mel.
Chegam a matar 150 a 200 abelhas de mel, por dia.
Três picadas matam um adulto, sete picadas matam um cavalo.
Anualmente, fabricam uma nova rainha que põe os ovos e assegura a renovação da espécie.
Enquanto as abelhas de mel ferram com ferrão injectando veneno que passa pouco depois, estas vespas, ao ferrar, o veneno espalha-se pelo corpo e o inchaço se não tratado a tempo, pode conduzir à morte.
Sugiro que, se virem vespeiro idêntico, mantenham a distância para não terem problemas.
Não se deixem iludir pela beleza do vespeiro, tentador.
Piores que bestas, são estas vespas, tentadoras, mas predadoras.
Assim aprendi com Zé Requeita, sem apanhar maleita.
Manuel Peralta
Fardado de apicultor, mas exterminador…
ResponderEliminarO post em que o homem do leme, descreve a sua incursão ao território das vespas assassinas, é muito elucidativo acerca do perigo em tocar nestes insectos.
Sobretudo quando os mesmos revelam uma predisposição pouco amigável. Na Net, surgem alguns sites que identificam o carácter perigoso, mesmo mortífero, que por vezes assumem.
E em África, durante a Guerra Colonial, as vespas metiam mais respeito que as gibóias. Porque a estas, logo que detectadas,uma rajada de G -3, acabava-lhes com a vida.
Com as vespas não era assim. Trancrevo do livro As Brumas do Mato, da autoria de um beirão do Sabugal, o Alf Milº Capelão Leal Fernandes, quando em comissão no norte de Angola, que a pág 95, refere o receio que as vespas inspiravam; « Junto de um tronco, um grande vulto disforme, a parecer um saco abandonado donde saíam e entravam abelhas numa azáfama de vida e de festa. Era um tosco e estranho cortiço, nascido da terra e da natureza. Numa ânsia de curiosidade e de descoberta, alguém ia tentar desvendá-lo, quando atrás, uma voz berrou: não toque, que é perigoso. E logo um pau recuou. Efectivamente poderia ter imprevisíveis consequências. Violado o seu mundo, acossadas pelo bicho homem, as abelhas poderiam irromper furiosas e lançar-se sobre os rostos, pescoços e mãos, cravando os seus ferrões».
Isto é: um GC fortemente armado, não estaria preparado para defrontar as abelhas e o mais prudente, era passar de fininho!
Perante um grupo de vespas furiosas, sem protecção apropriada, risco que o homem do leme não correu, estariam verdadeiramente indefesos.
Portanto, termino como iniciei: incursão no reino das vespas, só equipado de exterminador!
MC
Textos e fotos de MC:
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Galeria Noqui