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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Rafeiro de lata

Ali tão perto da sede da autarquia claro, Junta da Freguesia de Alcains, da terra deles, que tão maltratada anda...
São pormenores é claro, mas pelas pequenas coisas se podem apreciar as grandes.
Ali, em pleno largo da praça, junto à fonte, frente à ex-taberna do saudoso ti Domingos ergue-se o padrão comemorativo da elevação de Alcains a vila.
Foi em 12 de Novembro de 1971 que se assinou o decreto de elevação a vila e a festa meteu discursos vários com os saudosos Sanches Roque e Cunha Belo emocionados até às lágrimas...
Pudera, bastante lutaram e conseguiram.


Mas rafeiro de lata porquê...
Se lerem com atenção verificarão a falta das letras e traço.
Pode ser que este "pormaior" falta de atenção seja de facto um pormenor a corrigir.

Manuel Peralta

1 comentário:

  1. Pequeno detalhe…

    Por vezes quanto mais perto mais distante. Creio ser este o caso da ausência de alguns
    caracteres no símbolo da elevação a Vila, quase em frente à Sede da Autarquia.

    Não assisti aos festejos, estava em África na altura, no norte de Angola, mas chegaram-me os ecos do entusiasmo que rodeou a elevação de Alcains a Vila, e acredito piamente que Sanches Roque e Cunha Belo tivessem lágrimas nos olhos…

    Porque para eles, longe de ser uma Meta, a passagem a Vila, seria apenas a meta volante, para um objectivo maior, a elevação a Concelho, na qual eles acreditavam ser possível.

    No entanto, tendo sempre a noção de que este objectivo, teria sido mais fácil alcançá-lo antes de 25/4, e disse-o pessoalmente a Sanches Roque, parece que Alcains dispunha na altura no lugar certo quem poderia dar um empurrão, no post. 25/4 , o mesmo sempre me mereceu algumas reservas.
    O que não me impediu, de participar numa sessão de esclarecimento na Lardosa,
    arengando ácerca das vantagens da sua integração num possível concelho com sede em Alcains.

    Mas pragmaticamente, posso dizê-lo,
    interiormente eu mesmo não acreditava na
    sua voluntária adesão. As pequenas rivalidades entre as pequenas terras, eram o obstáculo maior para que este passo fosse dado, mesmo que na altura, Alcains assumisse um papel face a Castelo Branco, que hoje aparentemente se diluíu.

    Ainda se falou pelo menos em desconcentração de serviços, mas creio que mesmo essa ideia, foi uma pequena miragem.

    Aliás recordo Cunha Belo, um profundo estudioso da questão dos impostos, que dizia que o poder, deveria aproximar-se dos cidadãos, facilitando a sua adesão voluntária ao cumprimento das suas obrigações fiscais.

    E esta mensagem na altura foi entendida e recordo-me das Finanças virem às Empresas de Alcains, ajudando os trabalhadores destas a preencherem as suas declarações de IRS.

    Portanto, termino como iniciei. Dignifique-se o símbolo daquilo que foi possível atingir e quando algumas vozes, em nome da eficácia administrativa, começam a falar nas vantagens da redução de concelhos, pragmaticamente, aceitemos que a ideia de um concelho com sede em Alcains, foi um sonho que não tinha, mais
    tarde não teve e hoje definitivamente não tem, pernas para andar!
    Foi um sonho impossível, como tantos na vida de uma comunidade. Foi pena! MC

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