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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Novo emblema da Câmara da cidade de Castelo Branco


A foto que acima edito, será talvez a foto mais emblemática do auge da poluição na já martirizada vila de  Condeixa, a uma dezena e meia de quilómetros da cidade de Coimbra.
Trata-se de foto recente, do primeiro trimestre deste ano, num período, para os poluidores, áureo, da sua bagaçosa atividade.
Conforme podem observar, o ar e o ambiente em redor, estavam poluidíssimos de fumos e gases espessos e oleosos, provenientes da laboração industrial da secagem dos resíduos do bagaço de azeitona.


A foto, não tem quaisquer efeitos especiais, não está retocada, pelo que, era mesmo este o aspeto miserável e irrespirável de Condeixa e arredores!
Um cirroso escarro nas gargantas, impregnado de um insuportável cheiro a rançoso azeite, que afeta idosos e novos com problemas respiratórios, que cobre tudo e todos com uma película gordurosa, tornado insuportável a vida por aqueles lados.
E isto que escrevo, é real, não há filtros que minimizem sequer os efeitos desta canalhice ambiental.


Entretanto, reafirmo que nada me inibe. 
Sou um cidadão livre, e, por conhecer o que se passa nos locais onde já existem empresas tipo Valamb, procuro ser assertivo, avisando, esclarecendo, acordando adormecidos e de boa fé, mas sempre graniticamente crítico, nomeadamente com este tipo de empresas. 
Procurarei, no entanto, ser cuidadoso, porque estas empresas são formadas por gente que, …   …. e aqui conto com a sua imaginação,  …   …  conubiados por vezes com os “boys autárquicos”, gente com salário no partido, que sabendo bem a porcaria que fazem, não olham a meios para atingirem fins.


Daqui, lanço um veemente apelo e aviso, não apenas aos potencialmente dizimados ambientalmente, Alcainenses, mas a todas as populações vizinhas, sobre o fedor e cheiros nauseabundos, da fumaça e da poluição aérea e visual que nos espera, se deixarmos sem forte oposição, instalar empresa, cujo terreno para instalação, já foi cedido, pela câmara da cidade de Castelo Branco, com uma menos valia, perda, de cerca de 150 mil euros dos cofres municipais.


Contrariamente ao que diz a Presidente da Junta da Freguesia, Doutora Cristina Granada, que está de acordo com a instalação, e, por tal atitude, será sempre recordada como a primeira mulher que atraiçoou o bom ambiente a que todos temos direito, esta pestilenta atividade não cria muitos postos de trabalho.
E, os que criar, serão só sazonais.
Os eventuais trabalhadores de escritório, se os houver, por certo ficarão na sede da empresa.
Pelo que se vai sabendo, a homóloga de Condeixa só tem 12 trabalhadores.
Ando a tentar descobrir, pois ao que por aí consta, dos 12 trabalhadores, seis, serão os sócios gerentes e os seus familiares.
Parece que por ali, o CDA lá do sítio, está tranquilo…


No âmbito das atividades da TRIPLO A, Associação Ambiental de Alcains, irei propor em próxima reunião, que se mandem fazer emblemas para serem distribuídos aos responsáveis pelo ”crime ambiental”, em marcha.
Câmara, Junta e demais entidades com responsabilidades na matéria, serão no salão nobre do engraxatório, agraciadas.

Manuel Peralta

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