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quarta-feira, 6 de julho de 2011

JACULATÓRIAS

Orações Antigas

Volto ao tema, desta vez para dar a conhecer uma oração ensinada oralmente à minha mãe, por volta de 1935.
Quem a ensinou foi uma tia, Ana Minhós, toda a vida solteira, excelente cozinheira e doceira, nomeadamente na casa que a autarquia destruiu e que pertencia à Dona Josefina Marrocos Taborda Ramos, por detrás da Igreja Matriz de Alcains.


Quando eu era criança, por volta de 1955 a 1965, todos os domingos ia à missa, mas antes, tinha igualmente de passar por casa da minha tia Ana Minhós, na rua dos Mortórios, para me ver e dar a bênção.
Esta minha tia que recordo com muita saudade, era como disse uma doceira excepcional, mas rezava, rezava que cansava.
Mais tarde e num momento criativo, como ela se chamava Ana Minhós, comentava eu…


Os Minhózes rezam Pai Nossos como quem come tremoços…expressão que generalizei à Minhózada e que entopem quando confrontadas com esta Peraltisse…


Confissão da Virgem Maria

A Virgem se foi confessar,
na manhã de um Domingo.
Não por a Virgem ter pecados,
nem por os haver cometido.
Foi só para dar exemplo,
ao Seu Bendito e Amado Filho.


A Senhora quando se ajoelhou,
todo o campo iluminou.
O padre que tal viu,
por momentos duvidou.


Peço-te ao padre de missa,
está feita a minha confissão.
Peço-te por amor de Deus,
que me deites a absolvição.


Levanta-te Pomba Branca,
meu Espelho Cristalino.
Tu és o Clarão do Sol,
a Mãe do Verbo Divino.


Recolha oral de Maria de Lurdes da Paixão.

Manuel Peralta

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