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domingo, 30 de janeiro de 2011

JACINTA CLARA GODINHO

A Maior Artista


Maior porquê?

Advogado da Honra, Casa de Pais, Matei o Meu Filho, O Lobo no Povoado, em dramas, Brincadeiras de Carnaval, Barnabé vai Casar, Um só Par de Botas, em comédias, Flor da Aldeia em Opereta, Senhor de Matosinhos, Recrutas e Sopeiras em duetos musicais de tudo um pouco, comediou, dramou e melhor cantou a Jacinta.


A foto retrata a família, seu Pai, Manuel Godinho que trabalhou no lagar do Sr. Gabriel Valente e distribuía pirolitos e salsicharia pelas aldeias, sua Mãe, Ricardina Clara, doméstica, seu irmão José precocemente falecido, e a Jacinta.
Viúva, fez a 4ª classe já adulta, nas Freiras, Irmãs Franciscanas de Maria, e com orgulho mostra a sua carteira profissional de Encadernadora Manual, profissão que exerceu desde os 14 anos nas Fábricas Lusitana de Alcains.


Nas Freiras, no Solar, as raparigas de então desenvolviam as suas capacidades a vários níveis, civilidade, costura, cozinha, etiqueta, dança, instrução básica elementar, canto, e claro TEATRO.
Tinham apresentado ao público, em encerramento de actividades, uma comédia denominada As Manas de Paio Pires.
Entre outras contracenaram com a Jacinta, a Carminda André e as MANAS de Alcains, gémeas, filhas do Ti Chico Preto, de nome Teresa e Otília.
Consta que, do patinho ao telhado em casas de sobrado, a comédia terá dado brado, até foi ao jornal, correu de porta em porta da barbearia do Vaquinha à do Pedal...
Ninguém dizia mal...
Mas, as gentes do teatro, as artistas, porque nem só no palco davam nas vistas, não eram socialmente bem vistas.
E imagino o Ti João Pereira, marido da Crisálida, extremosa filha do Ti Tobias que era simpático todos os dias, a paciência que terá tido para convencer a mãe da Jacinta, uma clara Ricardina em deixar sair a sua menina.
Duas vezes tiveram de por munha, carvão de lenha miúda, na braseira.
Mais, mexeram munha e caramunha, já com o Ramiro e o Cocharra à cunha...
Só com paciência de Armando, dizia o Caldeireiro de vez em quando.
Lá foi.


Na JOC, na Associação, na Casa do Povo a Jacinta contracenou com quase tudo o que era artista de papel principal.
Não se atagantava, e o ponto dormia descansado, pois como era dotada de uma memória exceptional e uma capacidade de memorizar rara, sempre que surgia impedimento de artista de última hora, lá estava a Jacinta.


Entre outros, para memória futura, este programa data de 1964 e mostra aquilo que foi a actividade cultural mais relevante em Alcains, o TEATRO.
Trabalhadores, estudantes, irmanados num mesmo propósito, valorizar Alcains e valorizarem-se...
Sempre, em todo o lado a Jacinta, bem acompanhada neste caso pela Maria do Carmo Pequenão Ferreira.
Desta vez sem ponto, nem o Belo da Silva, nem o Da Silva Belo.
O Ti Manel Pratinha corria o pano.

EM OPERETA


Na Opereta Flor da Aldeia, fazendo de Menina Antoninha, contracenando com o Rui Caldeireiro, fazendo de Menino Zuquinha...
Dizia o Rui.


O Coração do meu peito,
Está dentro do peito do seu coração...
E se a Rosinha, sentir no seu peito...
O meu peito, a bater pelo peito do meu coração?
Então o seu coração que salte,
Do seu peito,
Para o peito do meu coração.

De rir às lágrimas...

EM VARIEDADES

Acompanhada pelo Félix Rafael e pelos irmão Messias, a Jacinta cantava vários fados nomeadamente o Xaile de Minha Mãe, que interpretava de forma especial... nos coros, no rancho durante 20 anos, na Encomendação das Almas, nas Ladaínhas, enfim a Jacinta foi para mim, que me lembre, a mulher de Alcains que mais contribuiu para a elevação da cultura popular em Alcains.
No seu espólio, que gentilmente me cedeu para dele dar pública nota, mostro a seguir as capas de várias peças.


Nos teatros também se lutava por ser primeira figura, e claro, os produtores e realizadores do espectáculo, também tinham as suas preferências...
Estava muito em voga, na crista da onda, uma música denominada o Fadinho, assim.

O fadinho, mora sempre por castigo,
Num bairro antigo, num bairro antigo.
E a seu lado pra falarem à vontade,
Mora a saudade, mora a saudade.
...

Vieram as partituras para os instrumentos e o fado era para ser cantado nas variedades pela Jacinta, mas... foi dado à Deolinda Pirilau, que desafinou e teve de se parar, para se acertar o tom...


Nem imaginam o que foi nos bastidores, eu estava lá a preparar-me para cantar a balada do Soldadinho não Volta, e assisti... lindo e bonito, ali foi dito.


O Sr. Joaquim Teixeira em violino, o Ti Zé Sequeira em banjo, o Ti Vitor Pintor em saxofone, eram os músicos de serviço que acompanhavam os artistas nos fados, duetos, operetas e demais cornetas...
Quando o Sr. Joaquim Teixeira dizia, vamos DAR RESINA AO ARCO, queria dizer, vamos ao bar beber um copo, ponche quente, e até aguardente.


A Jacinta ainda hoje canta bem, e à boleia da memória dela, em tarde chuvosa, trauteámos o Meu Amor ó Noiva Querida do Damião, Óh Cartolinha Meu Amor, das Adelaides, Tens um filhinho Teresa, do Ti Domingos Cocharra, e que lindo que ele é, como se parece com o meu que eu tinha e que também morreu, ah... (chorando)... do Sebastião Rabisca, Rabisca Sebastião, do Dr. Salsaparrilha, enfim, uma vida cheia, ao serviço da cultura popular.

Comédia, dança, drama e cantiga, mas com muita pinta, só a Jacinta.

Manuel Peralta

8 comentários:

  1. E já lá vão mais de 36 anos…

    O programa do Advogado da Honra é um achado! Significa tão só o primeiro espectáculo teatral na Casa do Povo. Uma estreia, que até mereceria uma placa assinalando a data, por aquilo que aquele palco daí para a frente significou, para a manutenção do amor ao Teatro e fulcral para o desenvolvimento de projectos de outra qualidade. Em suma, foi um pontapé para a frente na Cultura em Alcains.
    Não foi fácil esse arranque. Foi necessário montar um palco, cortinas, bastidores, em suma, tudo…numa sala que não contemplava esta finalidade.
    João José Baptista, então à frente da Casa do Povo, fez a sua parte: o Palco.
    Tudo o resto e não era pouco, coube ao grupo de intérpretes, que pintaram cenários, trataram dos figurinos com uma Casa em Lisboa, e pediram emprestada a mobília para o decor, nomeadamente um maple, um adereço necessário e que naqueles tempos, poucas casas em Alcains dispunham e muito menos disponíveis para emprestá-los para o Teatro.
    Duas datas e que me recorde, cheia a rebentar pelas costuras a primeira, e uma boa casa, a segunda.
    Era o tempo em que as aulas começavam no início de Outubro, e o meu pai estava renitente em deixar-me vir de Castelo Branco, e foi necessário o Padre Álvaro passar pela forja, e convencer o “Xquim Regedor” a autorizar o filho a vir actuar na 2ª sessão já em Outubro.
    Quanto às Variedades é que me parece que houve dificuldades inesperadas.
    Creio que as hipóteses José Beirão, o “Zé Patola” e Armindo Santos, falharam.
    Salvou-nos o Fernando Serra, que declamava como poucos, acompanhado por um virtuoso da guitarra, o Costa Branco e a viola do Carlos Correia, que até aqui andara na Escola Primária, quando a sua mãe aqui leccionara.
    Porém creio que na 2ª sessão, até o Fernando Serra, terá vindo desfalcado. No entanto, foi a primeira vez que os alcainenses ouviram o Fado Falado popularizado por Villaret, e muitos terão começado a gostar de Poesia.
    Creio que na 2ª sessão, até houve um cantor de Castelo Branco, à “capella” e recordo-me de Vitor Serrasqueiro me dizer, que Alcains já merecia mais que aquilo.
    E tinha razão. Mas o calcanhar de Aquiles daquela organização era claramente a parte musical.
    Quanto às peças propriamente ditas, correram bem. Cada um caracterizou-se conforme sabia e podia. As casacas tinham vindo de Lisboa, de uma casa da especialidade, de onde veio também o guião creio, e que eu, porque tinha boa firma de letra, como diria o Ezequiel, desdobrei os papéis para os diferentes intérpretes. O Elias levou uma boa dose de pó talco no cabelo, para o envelhecer, eu que fazia de vilão, descobri um colete do meu avô e umas gravatas largas, para compor e recordo-me que o Ezequiel, o candidato à mão da filha do marquês de Nevogilde, apareceu-nos penteado de risco ao centro. O Zé David e o João Sequeira, já não recordo como surgiram, assim como as damas, porém creio que a Jacinta, a filha do marquês, ia de vestido com cauda.
    Na Comédia, não havia estas preocupações. Era tudo muito mais informal. E até a habilidade para meter “buchas” dependia do artista.
    Os programas foram elaborados na Tipografia da Lusitana, onde o Elias então trabalhava e o “Zé Tipógrafo”, fechava os olhos…
    E os preços, eram os normais para a época: 10$ (5 cênt), 7$50 (3,75 cênt) e 2$50 (1,25 cênt). Hoje seria o diabo com estes trocos…
    Como tudo mudou…
    Escuteiro seria o Elias. Os restantes, eu, o Ezequiel, o Zé David e o João Sequeira, não aderentes. Porém irmanados num projecto comum. Creio que uma placa assinalando no local esta data, não é uma ideia totalmente destituída de sentido!
    MC

    Textos e fotos de MC relativos à Guerra Colonial, em:
    Panoramio photos by jose castilho

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  2. E já lá vão mais de 46 anos...

    É este o título que deveria ter encimado o comentário anterior.
    Sou do tempo em que se cantava a tabuada e é imperdoável o lapso.
    As minhas desculpas a quem por aqui passa.
    MC

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  3. Uma indelicada emenda…

    Involuntariamente ao chamar a atenção que sobre a peça “O Advogado da Honra”, que estreou o palco da Casa do Povo, em 27 de Set. de 1964, e que sobre essa data, já tinham decorrido não 36, mas 46 anos, coloquei em cima dos intérpretes dessa saga, o peso de mais 10 anos na sua idade.
    E se no que respeita aos rapazes que na altura teríamos idades que rondariam os 16, 17, 18 anos, não existe qualquer preconceito, relativamente às senhoras, o tema da idade normalmente assume outra sensibilidade e é este o caso da Jacinta Godinho e da Maria do Carmo.
    E é no mínimo indelicado, sugerir sequer que as senhoras têm mais 10 anos, do que resultava do meu comentário inicial.
    E confesso que me lembro particularmente bem da Jacinta e do irmão, a que já algures por aqui fiz referência, pois morávamos na mesma rua.
    Quanto à Maria do Carmo, e penitencio-me por isso, já não recordo as feições.
    Tenho pena de não ter assistido a muitas das performances teatrais da Jacinta, mas acredito piamente, naquilo que o “homem do leme" descreve.
    A cultura em Alcains, o gosto pelo Teatro, que passou de geração em geração, e que após o 25/4 desabrochou em projectos com outra envergadura e consistência, foi resultado da sementeira das décadas anteriores.
    E acredito que nas décadas de 60 e 70, sobretudo, a Jacinta seria sempre um nome nos elencos que subiam ao palco da Casa do Povo.
    Quando ainda não era fácil envolver as raparigas / mulheres nestes projectos, a Jacinta se não foi a pioneira, esteve na primeira linha.
    E termino enviando-lhe, aquilo que em cima de um palco, um intérprete de qualquer arte, gosta de ouvir: Palmas! Muitas palmas para a Jacinta!
    Com amizade e saudade dos 16 anos que eu ainda
    tinha, quando na pele de vilão entrei no Avogado da Honra!
    MC

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  4. Um Só Par de Botas… um texto que foi longe

    No conjunto de elementos gráficos e fotos que compõem o texto em torno do papel de Jacinta no panorama da cultura popular em Alcains, achei interessante a capa de uma peça com este nome tão singular !...
    Terá sido representada que me lembre, talvez em 63 ainda na JOC, como a componente cómica de um espectáculo que tinha como peça de fundo, o Matei o meu Filho! Ambas as peças apenas com rapazes.
    Creio que dessa vez, era a minha estreia nestas lides, o espectáculo, foi rodeado de um enorme stress, pois havia um intérprete, que era difícil amarrar aos ensaios e estou a recordar-me especialmente do Toneca “Bicho”, que íamos procurar ao Tio Domingos à Praça, entretido a jogar matraquilhos, estando nas tintas para o par de botas, e como aprendiz de mecânico que era, na véspera do espectáculo, se sai com esta: (…) « Não sei se virei a horas; amanhã vou desempanar um carro para os lados do Orvalho, e não sei a que horas volto (…)».
    O que vale é que isto se passava de Verão, os dias eram longos, eram as férias dos estudantes de então, sabíamos lá onde ficava o Algarve, e o Toneca “Bicho” claro que chegou a horas!
    Mas lá que nos moía, moía… O único, talvez com alguma experiência nestas lides, seria o Elias que já entrara no ano anterior numa peça e que tinha maior capacidade de encaixe, para estas atitudes de “vedetas”.
    A peça tinha contudo um fio condutor que provocava algumas gargalhadas. Creio que o Sebastião Barata, terá feito o papel principal.

    Mais tarde talvez em 68, com o “homem do leme” no IIC, actual ISEC em Coimbra, estávamos metidos na organização da festa de recepção aos novos alunos, e creio que é o Ezequiel, que nos sugere, porque não encenam aqui o Um Só Par de Botas.
    A malta até é capaz de gostar!
    Escrevemos de Coimbra ao Elias e quase na volta do correio, o Elias envia-nos o desejado guião.
    Conhecíamos a peça, o “homem do leme” tinha também na sua turma, uns gozões, recordo um deles de nome Batalha, não foram necessários grandes castings, apenas uma adaptação no texto, de modo a trocar um papel masculino por um feminino, para dar lugar a uma Aurora, parece-me que o Ezequiel ainda deu uma ajuda nos ensaios, e num palco ainda com mais carências que o da Casa do Povo, já que aqui a zona recuada do palco funcionava naquele dia como Bar e aí vamos nós.
    Creio que eu e o “homem do leme” fizemos os papéis principais, os outros improvisados actores também entraram no espírito da peça, e foi um sucesso.
    É por isso que eu digo que Um Só Par de Botas, foi um guião que teve uma carreira que foi longe,… de Alcains… a Coimbra!
    MC

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  5. Rui “Caldeireiro” – um Cantinflas com sucesso…

    Um dos elementos gráficos deste tópico, mostra o Rui, noutro papel, de igual modo em cena de humor, contracenando com a Jacinta!

    Porém mesmo não dominando o “mexicano”, o Rui “Caldeireiro”, teve a sua consagração na década de 70, como o melhor imitador de Cantinflas que Alcains conheceu!

    Com um chapéu que já conhecera melhores dias, um raquítico bigode, uma camisola interior branca, de preferência já “surrada” e uma garrafa vazia, presa a um cordel suspenso de uma vara, o Rui provocava gargalhadas. Tipo palhaço ingénuo e pobre…

    Eram uma espécie de “stand-up comedy”, os seus monólogos!

    Aqui fica o registo que lhe era devido!

    MC

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  6. Um fenómeno teatral chamado Casa de Pais

    Creio que entre finais da década de 60 até aos anos 80, esta terá sido a peça mais representada pelos amadores alcainenses.
    A razão para tal apetência por esta peça, tinha raízes nas Noites de Teatro na RTP, ainda a preto e branco, onde foi exibida, creio mais que uma vez.
    Por casualidade o autor Francisco Ventura, não era de muito longe. Nasceu no Gavião, Alto Alentejo em 16.02.94 e faleceu em 26.08.1994.
    Bem conversado, o autor, pela quantidade de vezes que a peça aqui foi levada à cena, bem poderia ter sido convidado a vir conhecer os amadores frenéticos e ferrenhos da sua obra.
    Que reunia todos os condimentos para agradar.

    Lê-se na NET, que o autor (…) «com 23 anos foi trabalhar para Lisboa,como empregado comercial, tendo conseguido tirar o Curso no Ateneu Comercial de Lisboa.Enquanto trabalhava colaborava periodicamente na imprensa da época. Depois de uma incursão pela Poesia, dedicou-se ao Teatro, com textos que conjugam algo dos autos vicentinos com a inspiração rústica, eivada de uma intenção pedagógica moralizante (…)».

    Casa de Pais foi editada e 1963.

    E escassa meia dúzia de anos após publicação, seduzia os amadores de muitas regiões do país e Alcains, não era a excepção.
    Não muito vulgar seriam as inúmeras repetições em anos quase sucessivos, aqui levadas a cabo!

    Não serão muitos os alcainenses com mais de 50 anos, que terão escapado a uma dose de Casa de Pais.

    E sempre com muitas lágrimas à mistura ao longo dos 3 actos,que só uma delirante comédia conseguia atenuar.

    E foi assim a “febre” de Casa de Pais em Alcains! Um verdadeiro alfobre de amadores teatrais…

    MC

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  7. A Opereta Flor de Aldeia… emblemática na cultura popular

    É mais uma obra emblemática para os amadores alcainenses. Mas não só. Abundam na NET, referências a esta opereta, que um pouco por todo o país, fazia parte do currículo de muitos grupos teatrais amadores.
    Tenho ideia que terei assistido uma vez a esta opereta. Que exigia já uma certa organização, porque as partes musicais não permitiam improvisos, e era necessária uma coordenação que não seria fácil.
    Não sei se a versão que vi representar teria exactamente este trama e as mesmas personagens que retirei da NET, e que caracterizava o teatro que retratava um país rural, parado no tempo, distraído, à espera do que se viu…

    (…) « O enredo descreve a história de Rosinha, a moça mais bonita e cobiçada lá da aldeia . Dois pretendentes degladiam-se na disputa do seu amor; um é rico, mas…muito pateta; o outro é pobre, valdevinos, mas …tem uma paixão sincera por Rosinha. Qual irá Rosinha escolher? A Antónia uma amiga verdadeira dará uma ajuda. O Tomé, o Regedor, o francês Cangireau e algumas camponesas juntam-se à história, que ao som das músicas mais inesperadas, cantam e dançam (…)».

    Interrogo-me se A Flor de Aldeia, que vi representar com agrado na Casa do Povo, teria mesmo estas personagens; é que já não consigo recordar.

    Fica a memória… sobretudo para aqueles que alguma vez a interpretaram e já não estão entre nós.

    MC

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  8. Continuando a esmiuçar o tópico…

    A foto em que a Jacinta surge a cantar acompanhada à viola, parece-me de perfil, que este é o Manuel Pereira.
    O pormenor mais interessante desta foto quando se tenta ampliar a mesma, é em primeiro plano, o detalhe do cadeirão de boa madeira, com o emblema da Vila de Alcains.
    É obra de marceneiro de qualidade!
    Quanto à afinação de vozes e cordas, os artistas eram seguros!
    E o pessoal gostava!
    E no ano a seguir havia mais…

    MC

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