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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

IAPMEI

Sr. Presidente do Conselho Diretivo do IAPMEI.
Direção da Proximidade Regional.
Sistema de Indústria Responsável.

Tantos títulos, tanta proximidade, tanta, no papel, Indústria (i)Responsável.
Tantos departamentos, tantos presidentes, tantos técnicos superiores, enfim um mar de gente, que estudou afincadamente o processo Valamb Lda, mas que, apesar da proximidade, não conseguiram descortinar que o terreno que o Dr. Luis Correia ofereceu à Valamb Lda, para ali instalar a Centroliva 2, se localiza na freguesia de Castelo Branco e não na freguesia de Alcains, como se mostra aqui no pomposo Título de Instalação.


Se o resto do processo tiver na sua análise a mesma acuidade intelectual, a mesma seriedade, estamos conversados, sobre as autoridades que temos.
Nesta troca de favores a que vou assistindo, refiro.
A câmara de cá, Castelo Branco, na pessoa do Dr. Luis Correia, oferece 65 mil euros a particulares, para se instalar um Sistema de Indústria Responsável, que em Vila Velha de Ródão, tem um “case study”, de sucesso, Centroliva.
A quercus recebeu um ninho, uma sede nova, da autarquia e esta recebeu um parecer de não oposição à instalação da Valamb, da quercus.
A mesma quercus, Samuel Infante, que em reportagem recente sobre a poluição no Tejo, da rádio Renascensa, publicada no seu site, dos jornalistas Pedro Reis e Teresa Abecassis, diz o seguinte,... (sic)...”em VVRódão a ribeira do Açafal é uma ribeira que está praticamente morta,... tem havido descargas sucessivas, um acumular de situações, algumas com vários anos, e que desde 2015 atingiram um pico, como nunca vimos. Ao navegarmos no barco, parecia que estávamos a navegar em cima de manteiga, havia uma espuma, uma gelatina com mais de quatro centímetros de espessura”, fim de citação.


Poderia transcrever mais, mas cada um tem de viver com o quercus que tem...
Com a Valamb e o prémio do Título de Instalação que dou a conhecer, os efluentes, descargas, irão por certo para a ribeira da Líria, que desagua no rio Ocreza, e que perfumará ainda mais o Tejo.
Com autarcas que, por um lado vão em excursão a Lisboa queixar-se da poluição do tejo, e que por outro autorizam os ditos Sistemas de Indústrias Responsáveis, no caso em apreço, Centroliva/Valamb, a poluir, ficamos com uma noção perfeita do que é a hipocrisia municipal.


É disto que se trata, despudor.
Remeto para todas as entidades, comunicação social incluída, estes factos para que conste, e para que a tempo, reanalisem os Títulos de Instalação, evitando que a impunidade ambiental, continue.

Manuel Peralta

Nota: Para ver o que pretendem instalar por cá, veja por favor o vídeo da Centroliva em VVRódão. Obrigado.


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