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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Mais uma nega à VALAMB, Lda

Em 4 de setembro deste ano, denunciei, e este é o termo exato, denunciei, assim mesmo sem tirar nem por, ao Senhor Presidente da empresa Estradas de Portugal, o atentado ambiental que o doutor Luis Correia e os seus amigos da Valamb lda, pretendem executar no concelho de Castelo Branco, com epicentro em Alcains, com a instalação de uma unidade industrial de tratamento de barganha, baganha, ou bagaço de azeitona.
Desta vez e porque a Valamb pretendia instalar ao lado da A 23 a sua máquina de poluição, tal não foi autorizado.
Quer na EP, e ao que parece no InIR DPL, não há por lá amigalhaços, nestas empresas não há que satisfazer amizades partidárias, não estão por ali “apilatados”, e claro, cumprindo a lei, levaram nota zero, no projeto de poluição municipal no qual o doutor Luis Correia, amigo da fileira do azeite, é cabeça de cartaz…
É que os amigos garantem-lhe que não há poluição, e claro, como lhe convém, acredita!!!
Presumo que a insistirem no novo, velho local no cabeço do carvão, se agora levaram com os pés, no futuro levarão com as mãos…
Com o que está a acontecer no Luso, com o olhar cada vez mais desperto das instituições que têm por obrigação não deixar que os assassinos do ambiente passem impunes com os seus poluidores projetos, com as exigências que ambientalmente a lei prevê, pode ser que a Valamb seja obrigada a desistir, por ser obrigada a cumprir a lei.
Como rapaz de fé que sou, aguardo que tal aconteça.
Sugiro a leitura da carta do InIR DPL, que abaixo edito.

Manuel Peralta.



De: InIR DPL
Enviada: terça-feira, 14 de Outubro de 2014 14:25
Para: manuel-r-peralta@sapo.pt
Assunto: Instalação de uma fábrica de bagaço de azeitona, próximo da A23

O presente correio eletrónico foi registado com a referência S/2014/9267, de 14 de outubro

A EP-Estradas de Portugal encaminhou para este Instituto o correio eletrónico enviado por V. Exa àquela entidade, a 2 de setembro, relativo à instalação de uma fábrica de bagaço de azeitona próximo da A23 , devido a esta autoestrada não integrar o objeto da concessão atribuída à EP.
Como nota prévia  e porque são mencionadas eventuais consequências  em estradas, destacamos que este Instituto apenas se pronúncia no âmbito das suas atribuições, as quais não abrangem a rede rodoviária municipal. 


Relativamente à A23, damos conhecimento que a Valamb - Valorização Ambiental, Lda solicitou autorização para ocupar parte da correspondente faixa de servidão non aedificandi, o que mereceu parecer desfavorável, conforme ofício que anexamos.
Quanto às preocupações  de índole ambiental, como sejam, entre outras, as decorrentes dos alegados maus cheiros e poluição, sugerimos, pelo facto de no âmbito do Decreto -Lei n.º 236/2012 de 31 de outubro (aprova a orgânica do IMT)  não dispormos de  atribuições nos temas abordados, que as mesmas sejam manifestadas à(s) entidade(s) com competência na matéria. 

Com os melhores cumprimentos,
Direção de Planeamento
Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I.P.
Av. das Forças Armadas, 40 1649-022 Lisboa


Manuel Peralta

1 comentário:

  1. Se o muito que M.Peralta tem escrito sobre este tema fosse encadernado em livro, poderia a abrir, ter um slogan quiçá rebuscado dos tempos do PREC, "a luta continua"...O resto subentende-se. Parece-me no entanto uma luta a prazo e vou justificar porquê.Daqui a um ano o PS poderá eventualmente ser poder, e alguma simpatia que esta causa colhe a nível mais alto junto de responsáveis políticos - embora as questões do Ambiente devessem ser um tema suprapartidário - sabemos que não é assim...E outros entusiastas da "fileira do Azeite" poderão então estar instalados em lugares de decisão, e "assobiarem para o ar e quem vier atrás que feche a porta"! Muitos dos problemas deste país têm soluções atamancadas e daí as consequências a médio e longo prazo! A Triplo A tem pela frente um problema que terminará na barra dos Tribunais...Oxalá me engane e o bom senso prevaleça!
    Daqui a um ano veremos a evolução política do tema, que quer ou não queiramos, divide uma população, onde por ironia, nas primeiras eleições democráticas pós 25 Abril, o poder até foi disputado entre duas listas com candidatos independentes...A história de Alcains, perdurará e ficará muito para além da vida física dos protagonistas desta luta...E esta será a realidade que fica...

    Zé MC

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