Como é sabido, o peixe é vendido pelos pescadores nas lotas, em leilões «invertidos», ou seja, com os preços a serem rapidamente anunciados por ordem decrescente, isto é, do maior preço para o menor, até que o comprador interessado o arremate, o compre, com o tradicional «chiu!».
Isto implica que o melhor peixe, logo o mais caro, é o que na lota, é vendido primeiro, ficando para o fim o de menor qualidade.
Em tempos anteriores ao transporte automóvel, as peixeiras menos escrupulosas compravam esse peixe mais barato no fim da lota, por um preço baixo, e, porque perdiam tempo esperando pelo fim da lota, corriam literalmente até à vila ou cidade, tentando chegar ao mesmo tempo que as que tinham comprado peixe melhor e mais caro na lota (e tentando vendê-lo, evidentemente, ao mesmo preço que o de melhor qualidade).
Nem sempre os fregueses se deixavam enganar, e percebiam que aquele carapau era «carapau de corrida», comprado barato no fim da lota e transportado a correr até à vila. Hoje ainda, o que se arma em carapau de corrida julga-se mais esperto que os outros, mas raramente os consegue enganar.
Não querendo armar-me em “carapau de corrida”, espero que este texto tenha contribuído para esclarecer a origem desta expressão.
Manuel Peralta
Meu caro e preclaro amigo:
ResponderEliminarJulguei que o tal "Carapau de Corrida" era o nosso amigo Relvas que já não consegue falar em lado nenhum nem andar na rua sem ser enxovalhado. Desconfio que nem no Conselho de Ministros, nem mesmo na própria casa ele já consegue dizer alguma coisa, embora vergonha seja coisa que não abunda lá por aquela cabecinha.
Relvas é na verdade um bom exemplo de carapau de corrida. Arma-se e toleram que se arme em esperto. Porta-se como se fosse superior. Pretencioso. Bem "encadernado", cabelo bem penteado. Falta-lhe talvez um toque de gel ou mesmo brilhantina. E um bigode à Zézé Camarinha, completaria o retrato, daquilo que para mim é o esteriótipo de carapau de corrida...
ResponderEliminarE o mais importante, muito pouco confiável!
Zé MC