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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

...ainda o Senhor BISPO, Dom Aurélio Granada Escudeiro

O semanário “Reconquista”, amavelmente, publicou na sua edição de 7 de setembro o texto anterior.


E, como o espaço dos jornais é caro, quando para os jornais escrevo, tenho alguns cuidados de que me não afasto, nomeadamente, não me alongar muito, escrever de modo a que, todos os que me leem me entendam, e, sempre que possível, acrescentar valor ao conhecimento de todos, como agora se diz, “partilhar” o que se conhece.
O Senhor Bispo, ofereceu-me um opúsculo de 18 páginas que retrata  a sua vida enquanto Bispo na diocese de Angra do Heroísmo, dirigido ao Clero, aos Religiosos e a todos os demais Fiéis da Diocese de Angra.


Escrito após a sua resignação, o documento resume de forma clara a sua atividade de 22 anos a difundir a mensagem de Cristo no arquipélago dos Açores.
As estruturas que conseguiu levantar e por em marcha, as angústias provocadas pela destruição que o sismo em todo o arquipélago provocou, e a consequente reconstrução, os problemas que encontrou, a desertificação insular, a solidariedade entre as ilhas, a droga, o desemprego, a emigração, a juventude, a família, as novas heresias, as virtudes a desenvolver, enfim um balanço de 22 anos em dedicação exclusiva ao serviço dos Seus fiéis e da Sua Igreja.
Escrito pelo seu punho, entregou-me três folhas manuscritas dos factos mais relevantes da sua vida.


Pormenor não irrelevante, austero que presumo ter sido, para poupar papel, escreveu as três folhas no verso das folhas de rosto das revistas que recebia, endereçadas à Casa do Espírito Santo, sua morada em Alcains.

Porque há cada vez menos registos em papel, e muito menos escritos por um Bispo, para memória futura, digitalizei os documentos que agora dou a conhecer.


No entanto, se por vontade de Deus, um dia, alguma entidade decidir nos muitos espaços de cultura existentes, dar a conhecer a atividade do Senhor Bispo, doarei para tal fim estes documentos.
Pode parecer irrelevante, mas é uma vida, e a vida é um bem exclusivo desde que se nasce.
Único.
Nunca mais haverá um Aurélio Granada Escudeiro, BISPO.

Manuel Peralta

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