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sábado, 26 de julho de 2014

COMO SE PEDE UM "CRIME" AMBIENTAL

À medida que, a muito custo, se vai conseguindo a documentação sobre o pedido de instalação de uma Valamb em Alcains, empresa com sede no Fundão e de atividade no âmbito da poluição, que no caso do bagaço de azeitona conflitua com a qualidade do ar, com a perda de valor do património edificado e a edificar, e afasta de Alcains e da região potenciais moradores e investidores, vou gradualmente desmontar a leviandade, a falta de estudo, a simplificação generalizada com que a empresa e a Câmara da cidade de Castelo Branco, esta através de uma informação do vereador Carvalhinho, atuam perante um pedido de um agente, no caso em apreço a Valamb, que na sua atividade gera poluição ambiental.
Então, dou a conhecer o pedido da Valamb, que convido a ler. 







Claro que é para mim estarrecedor, a ligeireza, não do pedido, mas da forma como a Câmara da cidade cede um terreno adquirido no mandato anterior, por cerca de 200 mil euros, sem dele necessitar e ao que consta, para resolver um problema a alguém... Fico-me por enquanto, por aqui.
E aqui começou uma herança, para a atual cãmara...
Quando a Valamb diz que no distrito de CBranco existem cerca de 120 lagares, informo-a, Valamb, de que não existe um único lagar em Alcains.
Em termos de eficiência produtiva, e isto estuda-se até no Politécnico de Idanha, deve-se  instalar a Valamb junto dos maiores produtores de bagaço, maximizando custos de transporte, reduzindo custos e aumentando a eficiência desta bagaçada. 
Por certo, junto dos maiores produtores, poderão entre eles, encontrar o centro de gravidade da atividade, encontrar terreno disponível, eventualmente com menos prejuízo na venda do terreno em Alcains, e os decisores poderão por ali continuar a frequentar as lagaradas...


Diz a Valamb que a tecnologia não produz qualquer resíduo ao ambiente, aqui concordo que a tecnologia não, mas os efeitos da laboração são por demais conhecidos em Ferreira do Alentejo, em Condeixa no Cachão entre outras localidades que sofrem os efeitos que a Valamb, aqui quer ocultar.
Pretende a Valamb "contribuir para o equilíbrio financeiro dos lagares"...
assim mesmo, fica-lhe bem a piedade, mas estamos todos fartos dos que impunemente se safam tentando ajudar os outros...


Pretende a Valamb "resolver um problema ambiental latente"..., digo eu, deixe-o lá estar, latente, junto de quem o criou, não pretenda abrir uma ferida latente e transferir o veneno para os que nada têm a ver com os vossos bagaços.
Leve-o para o Fundão, para a sua terra e para a sua Câmara...
Investir 3 milhões de euros, espero que com a queda do Dr. Ricardo Salgado, a banca, não financie sem estudo rigoroso de viabilidade uma atividade que existe em VVRódão, e que não funciona por falta de matéria prima. Há uma capacidade instalada na região, subaproveitada, pelo que tudo farei junto das entidades para denunciar o que em Alcains, pretendem instalar.


Quanto aos postos de trabalho, seria de rir senão fosse trágico. 
No Reconquista anunciam 30 postos de trabalho, na informação para a Câmara falam em 17.
Come se diz por cá, na terra deles, apanha-se mais depressa uma mentirosa que uma côxa...

Voltarei.

Manuel Peralta

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