Páginas

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Bagaço Municipal - Resposta do Sr. Sec. de Estado do Ambiente

Em 12 de fevereiro deste ano, reclamei para o ministério do ambiente sobre a concessão do Título de Instalação concedido à empresa Valamb, para instalar em CBranco/Alcains, uma fábrica tipo Centroliva, uma atividade mal cheirosa, poluidora de rios e ribeiras e do ambiente em geral.
Em 23 de março tive a resposta que dou a conhecer.


Exmo. Senhor
Em cumprimento do despacho da Senhora Chefe do Gabinete, remeto a V. Exa. o ofício n.º 1102.
Com os melhores cumprimentos
JOÃO PALMA

Secretariado de Apoio
Ministério do Ambiente
Rua de “O Século”, n.º 51
1200-433 Lisboa, PORTUGAL
TEL + 351 21 323 1500
www.portugal.gov.pt


***


A resposta não poderia ser mais elucidativa.

1. Como no local não há rede de esgotos, claro, obrigam a empresa a criar as condições habituais nestes casos, presumo que uma fossa.
2. Para fiscalização futura, e caso entretanto a Valamb não venha a desistir desta perniciosa “ambientalmente” atividade, não serão permitidos quaisquer rejeições para o meio hídrico quer por escoamento quer por infiltração. Este ponto será de primordial importância, para fiscalizações futuras por parte das entidades fiscalizadoras.


3. Por último, claro, recados, obrigações, para a autarquia municipal.
Nada a referir, uma vez que as amizades e os interesses particulares instalados se sobrepõem mais uma vez aos interesse gerais dos cidadãos. Quem oferece um terreno de 65 mil euros aos empresários, é conivente e responsável pelo que nos irá acontecer.
Voltarei.

Manuel Peralta

1 comentário:

  1. Não acredito que uma fossa séptica possa ser a solução para os problemas de "águas residuais abagaçadas" desse projecto. A menos que de enormes dimensões! E mesmo assim, funcionando essas fossas com decomposição anaeróbica, não estou a ver como irão decompor os "resíduos abagaçados"! E as infiltrações nos terrenos adjacentes, não deixarão de se fazer sentir. Isto para já não falar no lento funcionamento aeróbico das lagoas, a provocarem odores nas imediações, além de que é sempre muito difícil comprovar o seu eficaz funcionamento. Em resumo: estes problemas estariam parcialmente solucionados, se esta unidade industrial, fosse montada nas proximidades de uma estação de Águas Residuais devidamente dimensionada! Aliás pelo andar da carruagem, não fossem os textos e as acções que a Triple A e o Terra dos Cães, têm levado a efeito, os problemas ambientais que se adivinham nem sequer teriam sido aflorados. Já quanto à Fiscalização, não colocando em causa a boa vontade de quem for incumbido de fazê-la, ou pelo menos colher as respectivas amostras, duvido da sua capacidade em levá-la a cabo. Em resumo: um projecto que nasceu torto e que com as conivências que se conhecem aí foi depositado. Oxalá que no futuro, não se diga, "que em má hora"!
    Zé MC
    Abrantes / 2016.04.25

    ResponderEliminar