Não, não é ainda por enquanto, de forma explícita, a liberdade de expressão que está em causa, mas uma outra igualmente fundamental que deriva da falta de liberdade no acesso à sua residência, à sua rua, ao seu quintal e até pasme-se ao local de trabalho.
Os moradores das ruas do Arrabalde, Travessa do Arrabalde, Marques Mingacho e rua da Canada estão impedidos de usufruir de uma liberdade aparentemente comezinha mas que autarcas a meio tempo na vila e a tempo inteiro na cidade, têm negligenciado causando elevados incómodos, nervos, rixas e outros transtornos aos moradores das referidas ruas, há vários anos.
Sabia que, qualquer morador daquelas ruas se tiver garagem e necessitar de sair de carro no sábado, tem de o tirar de véspera?
E acha curial que, tendo garagem, tenha de estacionar o carro, durante a noite, na rua, onde pode ser roubado?
Sabia que, a ausência de acesso livre impede que pessoa doente possa ser evacuada pelo INEM ou pelos bombeiros em viatura?
E se por ali houver um incêndio, (há prédios de três andares) quem responde pelos prejuizos da falta de acesso pelos meios de combate?
Que caso necessite de levar para casa pessoa idosa com dificuldades de locomoção só o poderá fazer transportando-a ao colo ou em carro de rodas para pessoa deficiente motora?
Tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto é fado... fado de Alcains, claro, mas principalmente é o fado dos moradores das referidas ruas que, todos os sábados, vivem esta situação que cerceando a liberdade de acesso às suas residências, impede a fruição do espaço público ficando por este facto diminuidos na sua cidadania.
Questão menor poderá opinar quem me lê...mas, os moradores que perderam esta liberdade, este direito elementar de cidadania decerto me entendem bem...
Se pretender sair de carro da garagem e a mesma estiver obstruída, telefona-se para a GNR ou PSP e estas autoridades resolvem a situação.
Em Alcains, naquelas ruas de autoridade ausente, vegeta-se numa espécie de interlúdio, um misto de face autárquica oculta e um acre sabor africano dos mercados de Bandim e Pé na Tchon...
Abaixo assinados, protestos nas Assembleias de Freguesia, na Juntas de ontem e de hoje, promessas de compra de terreno, umas escritas em papel em programas eleitorais, outras silabadas por quem promete que Alcains deve, ou vai ter tudo o que uma sede de concelho deve ter!!!
Então por que razão não se muda o local do mercado semanal?
Será que se espera pela inauguração do balcão do cidadão para se requisitar tal mudança?
Quem por ali passa não deixa de se impressionar com o estado a que Alcains chegou...espias nas grades, lixo, necessidade fisiológicas feitas em pleno espaço público, lixo, acessos vedados, muito lixo, violência verbal, ainda mais lixo, silêncio angustiante de moradores que tendo razão se curvam à ausência de lei, à ausência de autoridade autárquica e policial, onde a razão do mais forte prevalece, qual selva predadora de vítimas sem defesa na sua própria rua, na sua própria casa.
Esta é a realidade angustiante, nervosa, vivida semanalmente por heróicos e martirizados Alcainenses impedidos há vários anos de serem livres de fruir em plenitude a sua casa na sua própria terra.
Manuel Peralta
Viznho Peralta, é com prazer que lhe desejo as bem vindas ao bloguismo. Boa sorte para o blog e resto da vida são os votos de Pinto Infante(filho do Nuno Infante)agora a reisdir na Lardosa, mas sempre com Alcains no coração.Dê um saltinho ao meu cantinho em http://pintoinfante.blogspot.com
ResponderEliminaras voltas do Pinto Infante
Abraço
abraço
Bem vindo Peralta à blogmania. Dá um salto em
ResponderEliminarhttp://pintoinfante.blogspot.com
as voltas do Pinto Infante(filho do Nuno Infante)teu vizinho
abraço
Pinto Infante
SEM LIBERDADE
ResponderEliminarEu resido há muitos anos fora de Alcains, mas como filho da terra, não resisto a comentar o artigo deste meu amigo,
Fiquei indignado com o comportamento negativo dos Feirantes relativamente aos moradores da zona onde estes fazem a feira, conjunto de problemas que se foram agravando com o passar dos anos
Os feirantes sempre se acharam no direito de estacionar os seus veículos nas ruas adjacentes à feira sem nenhum respeito pelos residentes inclusive bloqueando saídas das garagens de quem mora em redor
Produtos vendidos pelos feirantes embalados em sacos de plástico, ficam abandonados no chão. Os funcionários da limpeza da Câmara que têm por função impar toda os locais, e não apenas os definidos como recinto da feira., não aparecem. Tudo o que é levado pelo vento fica dias a rodopiar na zona.
Os veículos estacionados servem de casas de banho de feirantes e clientes. No final da feira ficam o cheiro ou as fraldas sujas espalhadas pelo local.
Se é óbvio para toda a gente, que as feiras não servem a ninguém, pela total ausência de condições, também me parece óbvio, que só deveriam de acabar, quando existisse um espaço alternativo concluído.
Apliquem o Regulamento e disciplinem o exercício legítimo destas actividades, tendo em vista a defesa do interesse público e mormente do consumidor
A fiscalização e aplicação de Contra-Ordenações são da competência, para além de outras entidades, da Guarda Nacional Republicana, Autoridades Sanitárias, Fiscalização Municipal .A G.N.R. como força de autoridade, deve estar presente, para controlar o trânsito e servir de meio dissuasor a possíveis desacatos que possam ocorrer. Será que os cartões e licenças de vendedor ambulante estarão válidos?.
Sr. Presidente da Junta de Freguesia, tem em mente algum plano mágico, que possa desobstruir o local rapidamente caso aconteça algo de grave que urge a presença do INEM ou BOMBEIROS? Provavelmente não.
João Manuel
Os Mercados-quase 30 anos depois-a história repete-se.
ResponderEliminarEstávamos em 1980 e a autarquia na qual estavam
representadas duas Listas de Cidadãos Independentes e a CDU, aprovava em Assembleia, a necessidade de mudar o Mercado semanal para um local alternativo.O local em que então tinha lugar, era a Avª 25 de Abril, o Largo da
Praça e a futura Avª Ramalho Eanes. Trânsito caótico em zona nevrálgica da Vila, e até num sábado, uma ambulância se viu em palpos de aranha, para socorrer um doente.Da autarquia seguiu a informação para a GNR local implementar a decisão.O"bondoso" Cabo Marques
no entanto não conseguia no terreno, impor o cumprimento da indicação da Autarquia e dizia em alto e bom som, que quem ali devia estar, era o Pres. da Junta.Cavalgando a mesma onda, David Infante, escrevia na Reconquista, que o Cabo Marques, estava cheio de razão! Claro que não estava. O Com. da GNR em C.Branco, teve um
entendimento esclarecido do problema e reforçou com meios humanos a GNR de Alcains. O
Pres. da Junta, dialogou com dois ou três feirantes,e a transição aconteceu sem traumas.
Até hoje.Durou 30 anos!Hoje em dia, a situação
é diferente.O próprio Ministro Teixeira dos Santos, proclama no Parlamento que os "jobs" já se instalaram até nas Juntas de Freguesia.
Na altura, era-se autarca por "amor à camisola
-da terra- e carolice".Nos programas eleitorais que tinham proposto aos eleitores e
que pagaram do próprio bolso, não inscreviam promessas cujo cumprimento não dependia deles.
Era público e notório, a difícil situação financeira da Câmara Municipal! Hoje em dia, a
situação é muito diferente. A Câmara Municipal
de C.Branco, dispendeu milhões de euros na requalificação do seu tecido urbano, e faz eco da sua invejável situação financeira.Não será lícito exigir um "mini-polis" para Alcains,que
resolva um problema, já com contornos de saúde pública! Tem Gabinete de Planeamento e Estratégia, e na sua vereação,não é despiciente a presença de um vereador de Alcains, logo a sensibilidade para a resolução do mesmo, creio que existe.A solução terá que vir e acredita-se que consensual, evitando que a sua implementação, venha a experimentar os problemas, que o Cabo Marques, um bom homem, experimentou 30 anos atrás.Claro que em pano de
fundo colidem pelo menos dois interesses que não será fácil harmonizar:o dos feirantes que
irão querer manter a sua centralidade,e o dos habitantes que com eles convivem todos os fins
de semana, que sentem coarctada a sua liberdade.Mas os Autarcas, a qualquer nível, estão nos seus lugares para que foram votados,
para resolver os problemas de quem neles votou!
Pegando num excerto do anterior comentário, o qual passo a citar : "A Câmara Municipal
ResponderEliminarde C.Branco, dispendeu milhões de euros na requalificação do seu tecido urbano, e faz eco da sua invejável situação financeira. Não será lícito exigir um "mini-polis" para Alcains, que resolva um problema, já com contornos de saúde pública!".
Sim, perfeitamente de acordo! Nesse, chamemos-lhe assim, "mini-polis", a vertente do ambiente e da requalificação urbana estariam claramente interligadas entre si de modo a melhorar qualidade de vida dos alcainenses ( sobretudo a dos moradores da Rua do Mercado e anexas ).
Confesso que, o que mais me "mete espécie" ( ou até não, e já explico porquê... ), foi terem decorrido quase 30 anos e ainda não se ter arranjado uma solução capaz de responder ao anseio dos residentes nessas artérias ! E porque não, também, dos compradores e dos comerciantes que ali se deslocam semanalmente.
No entanto, eu não critico o actual executivo camarário. Como já referi, qualquer cor política ali vigente terá a sua estratégia de desenvolvimento concelhia apostando claramente na sua sede que é , recorde-se, simultaneamente capital de distrito, deixando para segundo plano as freguesias em seu redor. Ora, num concelho com uma área tão extensa como o nosso ( o 3º maior do país ), a tendência é para que os contrastes se acentuem cada vez mais !!
Actualmente, e de uma forma legítima, as sedes de concelho têm uma política de investimentos bastante centralizadora e C.Branco não foge à regra, querendo afirmar-se a nível nacional como uma cidade em constante progresso. E sem dúvida que o é !
O que eu critico sim, é a atitude subserviente de muitos alcainenses perante os vários executivos camarários, desde há quase três décadas para cá, levando a que a referida situação ( e outras ) entrasse neste impasse , sem que fosse encontrada uma solução viável e por conseguinte, tê-la posto em prática.
O conformismo criou raízes nesta vila ?! É o que parece, não só aos meus olhos mas também aos de muitos forasteiros, segundo sei!
Perdoem-me se eu estiver enganado!
Há dias, em conversa com um familiar ( que muito respeito ), afirmei que a maior parte dos problemas da vila só se resolveriam com a elevação de Alcains à categoria de sede de concelho ! A sua resposta foi peremptória e ao mesmo tempo resignada , elucidativa da visão redutora que se apoderou, infelizmente, de muitos ( creio até que da maioria ) dos nossos conterrâneos: "Alcains JAMAIS será sede de concelho !!!"
Tenho muita pena , mas assim, não vamos lá!
É a minha opinião.
Cumprimentos para todos.
HD
Aquilo a que Alcains tem direito!
ResponderEliminarNum curioso trabalho publicado no Público de 9 de Maio de 2010, embora com a ressalva de que não serão ainda os resultados definitivos, divulga os prazos médios de cumprimento para com os seus fornecedores de serviços, do universo dos 308 municípios que compõem o espaço nacional.
A análise reporta em dias, os dados de Dez de 2009 e a sua evolução face a Dez 2008.
Pelos piores motivos, a lista é encabeçada por Alfândega da Fé, com a cifra incrível de 852 dias.
No fim da escala, e pelos melhores motivos, surgem 12 Municípios, que vão de C.Branco com 9 dias, seguindo-se outros municípios bastante mais pequenos como Senancelhe,Penedono,Aguiar da Beira e outros, praticamente a pagar ao dia.
Pelo meio e de forma avulsa, podemos encontrar a Covilhã(224), Portalegre(232), Évora(173), Guarda(191), Beja(100), Bragança(71),Abrantes(45), Santarém(216), Tomar( 132), Fundão(110), Lamego(209), Figueira da Foz(193), Aveiro(442), Torres Novas(175).
Entre parentesis, em dias, os prazos médios de
cumprimento para com os seus fornecedores.
Podemos entender muito pouco de gestão municipal, mas é inequívoca a boa performance de Castelo Branco, e ainda bem que assim é.
Longe vão os tempos, em que a Câmara de C.Branco, se via compelida a passar declarações
de dívida, para que os seus fornecedores, fossem mantendo algum crédito junto da Banca.
Daí que seja lícito associar à responsabilidade
de quem gere e bem a "coisa pública" a solução
dos problemas das freguesias que gravitam à sua volta e que são a própria razão de ser da existência do Município!
Assumindo de forma pragmática, que "Alcains nunca será concelho", é lícito esperar que o Município olhe para esta freguesia, com a importância que mesmo assim ela tem e solucione
os seus principais problemas, anseios e aspirações.
E a questão poderá mesmo colocar-se nestes termos: terá a Junta de Freguesia de se colocar
numa posição subserviente, para que os problemas dos seus eleitores se resolvam!
Longe disso! Décadas atrás, um ilustre alcainense, recebendo a Junta de Freguesia de então, que ia solicitar os seus bons ofícios para a resolução de um problema que há muito se arrastava, terá pronunciado esta frase lapidar: a Justiça pede-se de pé!
Esta a reflexão que aqui deixo.
Cumprimentos.