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domingo, 29 de junho de 2025

TERRA – ÁGUA – SOL (1)

...é o resultado positivo da minha transpiração saudável, fazendo algo de útil enquanto fisicamente me exercito, no meu pavilhão “gimnoagridesportivo”.


As quatro primeiras de muitas curgetes e, para primeira colheita, dois quilos e meio de vagens tenras, feijão verde pintadinho.

Como me diria a MQM, Minha Queria Mãe, “ é uma alegria morar neste rincão peninsular “, presumo que extrato de um poema de Afonso Lopes Vieira, que terá aprendido na escola primária e, que, muitas vezes lhe ouvi.

Fim de semana fresco, aqui pela cave...

Manuel Peralta

segunda-feira, 23 de junho de 2025

O Dr. ULISSES VAZ PARDAL e a história do edifício do novo INFANTÁRIO, construído na PEDREIRA

Conhecia apenas de nome, o Dr. Ulisses Vaz Pardal até ser eleito para a Junta da Freguesia.

Residia numa casa apalaçada em Castelo Branco, perto da Torre do Relógio, frente à Papelaria Ramalho, na rua do Banco de Portugal.

Casado com uma filha da Dona Joana, chamada Joaquina, apelidada em Alcains de, “Menina Quininha”. A Dona Joana era a dona do solar e, pelo casamento com a sua filha, o Dr. Ulisses herdou o Solar, a que por volta de 1980, se denominava Solar Ulisses Vaz Pardal.

Trabalhava eu então nos CTT, no edifício do Largo da Sé, e, quase todos os dias quando ia almoçar passava pela rua onde residia o Dr. Ulisses. Com bom dia ou boa tarde assim nos cumprimentávamos.

Certo dia o Dr. Ulisses fez-me sinal para me dirigir até ele, no jardim da sua bela e enorme casa.

Necessito de falar com a Junta da Freguesia, assim me disse e, para tal acertámos um dia para o encontro, na sua casa em Castelo Branco.

Chegado o dia, os três membros da Junta foram recebidos pela criada, que nos encaminhou para o salão das visitas.

Fez-nos esperar um pouco, até bastante…

Entrou, estávamos sentados, e pusemo-nos de pé quando entrou. Mandou-nos sentar e ele ficou de pé.

Voltando-se para nós, disse.

Fui aluno em Coimbra do Dr. Oliveira Salazar e, ele, ensinou-me que, a JUSTIÇA SE PEDE DE PÉ.

Nós calados e meio assustados pois desconhecíamos o que iria acontecer.

Estou muito descontente com a Junta da Freguesia, disse, pois tinham combinado comigo que o INFANTÁRIO seria construído no quintal do solar, o projeto já existia, e verifico que fui engando, uma vez que o INFANTÁRIO vai ser construído na Pedreira.

Como foi feita uma escritura de doação do terreno à Junta da Freguesia, há que fazer o distrate da mesma, sob pena de remeter o assunto para tribunal.

Apanhados de surpresa, pois a situação foi criada pela junta anterior, nada nos foi dito, nada sabíamos, e ali nos comprometemos a resolver o assunto e, continuar a manter com o dono do Solar as melhores relações.

Em reunião da Assembleia da Freguesia de Alcains, expus a situação e pedia então autorização para que a assembleia me autorizasse a fazer o dito distrate da escritura. Aprovada por unanimidade a proposta, foi elaborada a ata respetiva e, assim fiz a escritura de distrate, isto é, o terreno onde se iria construir o Infantário voltaria á posse do seu legítimo proprietário, o Dr. Ulisses Vaz Pardal.

O terreno onde se construiu o Infantário, na Pedreira, foi doado anos antes pela família Trigueiros de Aragão à Junta da Freguesia, muitos anos antes do 25 de Abril e, as disputas entre famílias ricas também existiam…

Feito o distrate ganhei um amigo, e Alcains perdeu um excelente terreno.

O Infantário funcionou durante muitos anos no Solar, sempre de borla, um excelente serviço que a família de Ulisses Pardal prestou a Alcains, convém não esquecer.

Com a Inauguração em 1982 pelo primeiro ministro de então, o Dr. Francisco Pinto Balsemão e sendo eu Presidente da Junta, os serviços passaram para o novo Infantário, até hoje.

Em mandatos posteriores o Solar foi adquirido e faz hoje parte do património municipal.

Manuel Peralta

sexta-feira, 13 de junho de 2025

O SENHOR PRESIDENTE SABE?

 ...que há mais de um ano, como a foto mostra, dois colchões se encontram poluindo as margens da ribeira da Líria?

Que em resultado do péssimo trabalho efetuado o ano passado com o desbaste da matéria arbustiva que infesta os taludes e o leito da ribeira, a empresa em vez de retirar os sobrantes os afastou para os taludes da ribeira?

Que em resultado desta situação as tabuas, ver foto,  infestam agora também os taludes, quando antes apenas infestavam o leito?

Que o facto de não terem retirado os sobrantes, e ficarem ali depositados, criou uma manta apodrecida de infestantes que, diminuindo a seção de vazão, criaram efeito de barragem, e assim impedem a livre circulação das agora águas limpas?

Resido aqui há cinco lustros, e a ribeira nunca secou, sempre correu água mesmo nos meses de tempos de maior seca.

Agora que se despoluiu a líria, é uma pena que a sua Câmara não olhe e valorize uma situação única nesta freguesia, uma linha de água que poderia ser um polo de atração e de vida que os seus habitantes poderiam disfrutar...

Para isso seria bom que na Câmara se fizesse um projeto de valorização deste espaço de lazer, a que colega seu anterior, apelidou de Zona Verde de Alcains, e, por ali, perdida entre promessas de peixinhos a nadar e passarinhos a chilrear, mais uma placa com o seu, dele, nome, perpetua o maior embuste municipal.

Tanto dinheiro mal gasto...

Tarefa futura.

Mande limpar a ribeira em toda a sua extensão, nomeadamente na zona onde durante mais de cinquenta anos se encontra toda a porcaria que o matadouro ali depositou. Mas, por favor, mande retirar os sobrantes da limpeza e, por favor, não permita que se assoreie o leito da dita.

Aguardo que quando oportuno a limpeza e a retirada dos sobrantes se efetive.

Ao dispor.

Nota. Na dita zona verde, uma parte substancial dos postes de iluminação têm as lâmpadas fundidas, e como os globos são abertos estão repletos de lixo, o que impede a iluminação.

Se puder resolver, claro que agradeço.

Manuel Peralta

sábado, 7 de junho de 2025

LÍRIA DESPOLUIDA – AGRADECIMENTOS

Srª. Engª. Sónia Mexia.

Acabo de ler no Reconquista a notícia sobre a despoluição da ribeira da Líria.

Foi pena a jornalista não ter referido o seu nome, no excelente trabalho que a jornalista efetuou.

Sem por de lado o elevado interesse que o Senhor Presidente da Câmara sempre manifestou em resolver o assunto, a Senhora Engenheira, foi pelo seu trabalho permanente e persistente, a operária que planeou, projetou, e a obra, 50 anos depois, nasceu.

Por outro lado, há que reconhecer elevado mérito ao Senhor ANDRÉ ARAUJO, Presidente do Conselho de Administração da empresa Fortuna, dono do matadouro da OVIGER, que, como se pode ler no reconquista de 24 de abril de 2024, esteve presente no lançamento da obra e ali pessoalmente me prometeu que, se queria dar bem com Alcains e iria tudo fazer para ser parte da solução. E foi.

Há que reconhecer o apoio que sempre tive ao longo desta luta, de todas as entidades Ambientais, do Sepna/GNR, do Igamaot, da Ccdrc, e de muitos amigos dispersos pelo País que sempre me incentivaram.

Recordo que, em 24 de setembro de 1982, sendo 1º. Ministro o Senhor doutor Francisco Pinto Balsemão e sendo eu o Presidente da Junta da Freguesia de Alcains, na inauguração dos edifícios do Infantário da Pedreira e da Escola Preparatória de Alcains, no meu discurso de boas vindas, que guardo, referia a poluição da ribeira da Líria como um dos principais problemas que urgia resolver. Meio século depois, sempre vale a pena se a alma não é pequena.

Permita-me um abraço de BEM HAJA.

Manuel Peralta