1. O que se passou e o que se fez.
Passados poucos dias desta reunião com o Secretário de Estado, apareceu na Junta o deputado à Assembleia da Républica do PCP João Amaral, que ofereceu os seus serviços para que no âmbito da AR, tratar da questão ALCAINS CONELHO.
Foi uma reunião muito cordial, era uma pessoa muito simpática, faleceu entretanto, e, como havia na Assembleia de Freguesia uma comissão para tratar deste assunto, para lá encaminhei o tema. Que me conste nada foi feito, pois a perda das eleições por parte da lista que se candidatou com este cartaz, esmoreceu e não mais se falou deste assunto.
LEVANDEIRA
Quase ao mesmo tempo, o Engº. Barata da EDP contactou-me nos CTT, para marcar uma reunião comigo.
Marcou-se a reunião e, sobre um mapa de Alcains, foi pedido à Junta, que ajudasse na construção e na localização dos terrenos onde se iriam erigir os seis edifícios onde mais tarde se instalariam os seis postos de transformação.
A EDP pagava 200 contos pela construção de cada edifício, com projeto que foi fornecido à Junta, da responsabilidade da EDP.
JOÃO SERRÃO
Como naqueles tempos era a Junta que fazia todos os trabalhos de que Alcains necessitava e, a Câmara fornecia os meios, não considerei oportuno parar os trabalhos de infraestruturas que a equipa da Junta executava. Para tal falei com o Ti Manel Pereirinha, já falecido, a quem adjudiquei os trabalhos de execução dos edifícios para os postos de transformação.
Aceitou a proposta e assim se construíram os edifícios que mais tarde foram entregues à EDP.
CASADEIRA
Fez-se uma reunião com o Engº. Barata da EDP e com o empreiteiro que iria construir os edifícios e, ficou claro para todos que, era a EDP que fiscalizava a construção, e que os pagamentos seriam faseados em função dos autos de medição dos trabalhos , na medida em que eram efetuados.
CABINE HEAA
A localização dos edifícios ficou a cargo da Junta, mediante a divisão de Alcains em zonas de influência efetuadas pela EDP, em mapa que a EDP nos forneceu, uma vez que, cada posto de transformação teria que ter um transformador com potência elétrica adequada a cada zona.
Este dimensionamento técnico coube à EDP, uma vez que a distribuição da corrente seria em anel, isto é, todos os transformadores estavam interligados de tal modo que se um avariasse, a energia seria, e é fornecida pelos restantes.
Este sistema funciona desde aqueles tempos e hoje a gente não se lembra de uma falta de luz.
RUA DO ÁLAMO
Ao mesmo tempo que se iam construindo os edifícios e, uma vez que a EDP concordou com a sua localização, começaram a desenvolver-se os trabalhos da rede de interligação dos postos de transformação, em rede de Média Tensão.
Foram instalados vários quilómetros de cabos elétricos, todos no subsolo, rede subterrânea, o que deu uma segurança, que até hoje se mantém.
REGATINHO
A rede subterrânea foi executada por uma empresa privada denominada PEREIRA DA COSTA, entretanto desaparecida, mas que bem me lembro de nunca ter visto uma empresa a fazer valas com tanta rapidez e sem um único acidente.
Em termos de infraestruturas foi dos trabalhos que me orgulho de ter ajudado a resolver.
CICLO PREPARATÓRIO
Nunca mais até hoje houve queixas de cortes de energia, os estabilizadores das televisões foram arrumados, as trovoadas vão e vêm e a luz continua acesa e, temos hoje quer para uso doméstico quer para uso empresarial uma energia de qualidade.
Dentro do perímetro urbano da Vila todas as baixadas para consumo doméstico são subterrâneas o que dá segurança à rede.
Fui várias vezes instado que em Alcains a rede era subterrânea e em Castelo Branco a distribuição ainda era em grande parte, aérea. Por ser o presidente nessa data, presumo, e sem que desse qualquer passo para tal, foi instalada na minha residência na rua 25 de abril, a primeira baixada subterrânea dessa nova rede.
Reafirmo, tenho mesmo muita satisfação por ter ajudado a fazer o que foi feito, em termos de Rede Elétrica de Alcains.
Manuel Peralta
Sem comentários:
Enviar um comentário