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sábado, 25 de maio de 2024

JUNTAS DA PARÓQUIA. JUNTAS NOMEADAS PELO GOVERNO. JUNTAS DEMOCRÁTICAS

Por me parecer de interesse geral, socorro-me de um recorte de jornal que guardei, da autoria do "emotivo" Alcainense JOSÉ SANCHES ROQUE, para dar a conhecer, a quem me segue e lê, que Presidentes de Junta teve, ao longo de muitos anos, Alcains.

Sanches Roque usava bengala e chapéu e, é dele, um excelente livro sobre Alcains, denominado, Alcains e a sua História. Tem outros livros de tipo sociológico, nomeadamente O PORQUÊ DE DEUS E DA EXISTÊNCIA.

Gostava muito de Alcains e era um excelente pressionador da Junta, ao meu tempo, para que se fizesse sempre mais e melhor por Alcains. 

Ouvi-o afirmar sobre o futuro concelho de Alcains, que, se o concelho de Alcains, estivesse no inferno, ELE, iria lá buscá-lo, atirando por vezes o chapéu ao ar... Era assim, emotivo. Bom Alcainense.


Datam de 1856 os órgãos autárquicos  de que há registo em Alcains, denominados Juntas de Paróquia. Houve vários padres que foram autarcas nesses tempos.

Com os alvores da República, 1910, passaram a ser denominadas de Juntas da Freguesia, sendo os seus membros eleitos enquanto esta perdurou. 

Quando Oliveira Salazar tomou conta do regime, quer os Presidentes de Câmara quer os Governadores Civis, conhecedores dos homens do regime dos locais, acabavam por "indicar/eleger/nomear" os autarcas.

Houve entretanto em Castelo Branco, no período de Marcelo Caetano, antes portanto do 25 de Abril, um Governador Civil, Dr. Ascensão Azevedo, que foi um homem bom para Alcains.

Sob o seu comando deram-se passos muito importantes para desenvolver Alcains, pois não havia lei de finanças locais, sendo o desenvolvimento efetuado com projetos que eram feitos na Junta Distrital, e, por indicação política dos poderes locais, Câmaras/Juntas, eram comparticipados nos diversos ministérios em Lisboa, dependentes do financiamento do orçamento do estado. Para tal teria de haver, como hoje, cobertura política.

O mercado antigo, (praça), a cobertura da ribeira da Líria e, até o início das escolas Ciclo e Secundária vêm desses tempos.

Mais à frente, noutros textos que já tenho preparados, direi então muito mais do que agora, ao de leve, refiro.


Em 1979, realizaram-se assim as primeiras eleições autárquicas em democracia, e no dia 25 de Abril de 1974, todos os Portugueses passaram a viver em democracia, com eleições democráticas, até hoje.


Manuel Peralta


Nota.

Dou a conhecer, uma notícia do jornal, semanário, CORREIO DA BEIRA, de 14 de junho de 1885, do partido PROGRESSISTA, que o meu amigo Manuel Geada me enviou.

CAPELA DE SÃO SEBASTIÃO


Ali se fala do atentado que foi a destruição da capela de São Sebastião existente no largo de Santo António, que a  “ Junta da Parochia “, permitiu, autorizou.


Sempre ouvi o meu Avô materno, Manuel da Paixão, que nasceu em 7.4.1880 e, com quem vivi até aos 20 anos de idade, na mesma casa, falar da existência desta capela.

Alguns contemporâneos que viveram nas casas no largo de Santo António, dizem lembrar-se dos alicerces da capela, que sobressaiam da terra batida, quando jogavam a bola.

O cruzeiro que hoje está no Largo de Santo António, estaria nesse tempo frente à capela de São Sebastião. Nesse largo existia um conjunto de escadas encimadas por uma cruz, denominado CALVÁRIO, que foi destruído. Bem me lembro dele.

Mas sobre o cruzeiro, denominado SENHOR DOS ESQUECIDOS,  darei informação exclusiva, no próximo texto, sobre o que, com ele, se passou.

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