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segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

CDA, CLUBE DESPORTIVO de ALCAINS/década de 80 - e, HOJE

O recorte do jornal do Fundão, qua acaba de ler, do início da década de oitenta, dá notícia  do CDA, que vivia mais uma, de entre outras, crises diretivas.

Em artigo no Jornal do Fundão, assinado pelo Engº. Minhós Castilho, um Alcainense que sempre acompanhou, a maioria das vezes na sombra, tudo o que dizia respeito ao engrandecimento da sua terra, desporto, teatro, ciclismo, que, com João Batista e Ramiro Rafael trouxeram finais da Volta a Portugal a Alcains, ele que foi, Presidente da Assembleia da Freguesia, Presidente da Liga dos Amigos de Alcains, entusiasta maior das comemorações do 10º.

Aniversário da elevação de Alcains a Vila, enfim, dou este testemunho por ter tido a felicidade de com ele e muitos outros, termos pugnado pelo engrandecimento e pela notoriedade da nossa terra.

E conseguiu-se. Em textos seguintes que estou a preparar, justificarei o que aqui afirmo.

Jornalista, sem cartão, várias vezes com artigos de opinião quer no jornal do Fundão quer no Reconquista, deu, dava nota, do que por cá se passava.

A situação vivida então, não se alterou muito, em termos financeiros, para os dias de hoje. Parcos sócios, hoje, parcas receitas de jogos e, mão apertada nos desembolsos financeiros municipais para o CDA, quando comparados com o Benfica de CBranco.

Porque quando se assumem lugares de responsabilidade perante as comunidades, não se deve a partir daí, deixar de continuar a apoiar essa comunidade, e sendo mais uma vez chamado para ajudar o CDA, não deixei de o fazer. O texto que escrevi nessa data e que abaixo dou a conhecer, dá nota da necessidade de manter o rumo e lutar, apelando aos sócios, pela continuidade do CDA.

O CDA continuou. Continua.

Pela mão do Hélio Esteves e do Manel Ferreira, ( Centeio ) entre outros, tem andado no campeonato de Portugal, 4ª. Divisão, muito bem classificado.

A generalidade dos Alcainenses presumo, não tem, temos, noção das dificuldades que diariamente se colocam, a quem mantém tal estrutura desportiva nos diversos escalões das modalidades.

Passada a fase excelente que houve em Alcains nos tempos da AMADORA equipa, do "AMOR À CAMISOLA" do GDA, Grupo Desportivo de Alcains e, também do AMOR À CAMISOLA dos DIRIGENTES de hoje do CDA, o futebol mesmo nos escalões ditos mais baixos, requer dinheiro para salários pois os jogadores são profissionais, residência para os deslocados, infraestruturas de apoio, massagistas, médico, lavagens de roupas, tratamento de botas, medicinas, manutenção de relvados, policiamento, enfim todo um rol de necessidades que um clube de futebol necessita para ir sobrevivendo.

Tirando o Benfica de CBranco com forte apoio municipal e o CDA que sobrevive nem sei como, no concelho de Castelo Branco os campos de futebol de outros tempos, são praticamente campos de pastagem para gado.

Se atentarem nos números de sócio do cartão supra, verificarão como tem sido a erosão dos sócios do CDA.

De 573, para 118 e destes 118, para 88. Assim se inicia no meu caso, o ano de 2025.

Em conversa pessoal com o Vice Presidente do CDA, Manuel Ferreira, (Centeio), que também acumula como cobrador das quotas, fiquei a saber muito mais sobre esta nau, que é o CDA.

Portanto, o CDA disputa na divisão de Seniores o Campeonato de Portugal, da 4ª. Divisão. No concelho de Castelo Branco apenas participam neste campeonato duas equipas, o Benfica de Castelo Branco e o CDA.

No caso do CDA, são cerca de 130 atletas, 23 profissionais e os restantes nas camadas jovens. Dos 23 atletas profissionais, todos com salário e descontos para a Segurança Social, há apenas um jogador de Alcains, alguns, poucos Portugueses e, a maior parte de origem de países africanos.

Como o campeonato é de Portugal, a equipa do CDA, vai jogar a localidades, todas com Câmara Municipal, nomeadamente, Elvas, União de Coimbra, Mortágua e, até a Pero Pinheiro, Sintra. Por aqui se podem ver os custos que o CDA tem de suportar, pois são de sua responsabilidade o transporte em autocarro da equipa, bem como as refeições respetivas.

Claro que a Câmara Municipal ajuda monetariamente o CDA com o subsídio anual, sempre insuficiente para as necessidades, e são da Junta da Freguesia as responsabilidades com o campo de futebol, manutenção, água e, pesada fatura com a energia elétrica.

A ajuda de empresas de Alcains, quase não existe.

Assim desabafava o Manuel Ferreira, Vice Presidente do CDA. Na Dielmar enquanto lá esteve o Sr. Ramiro sempre vinha alguma ajuda, hoje quer Dielmar quer Fábrica Lusitana, nada, zero.

Tal como na década de oitenta, a situação é mesmo muito difícil para os corpos sociais do CDA.

Os resquícios de bairrismo e luta pelo CDA, estão ainda presentes na atual equipa diretiva...até quando?

Manuel Peralta 

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