Mas as fotos dizem bem do estado de abandono, de desprezo, de ausência de limpeza em que se encontra esta rua, não por acaso, talvez, a rua da cidade de Castelo Branco.
Não é que resida por ali muita gente, mas quem por ali passa a pé ou de bicicleta, depara-se com frequência com os moradores a varrerem as suas testadas, as suas ruas…
Tal qual como nas décadas de 50, 60 e 70, em que as galinhas picavam no chão pelas ruas, em Alcains, fora do largo de Santo António e pouco mais, o estado de limpeza não é muito diferente de um país do dito 3º mundo!!!
Pagamos os nossos impostos, as caras taxas municipais, e, enquanto na cidade por tudo quanto é canto e ainda bem, por lá andam os funcionários municipais limpando ruas e ruelas, becos e esconsas ruas, em Alcains, na terra deles, reina o estado de impunidade ambiental, com a praticamente inexistente limpeza urbana.
Por cá estamos assim…
Mas, ainda mais grave, na dita rua cidade de Castelo Branco em que as fotos documentam a entrada para a sua residência, reside um cidadão de nacionalidade brasileira, o Dr. Ricardo, médico dentista, com consultório dentário na av. 12 de novembro.
Este cidadão, paga em Alcains duas rendas, residência e consultório, presta um serviço à comunidade, pagará por cá os seus impostos, garante um ou dois postos de trabalho, por vezes a sua família está por cá consumindo e contribuindo à sua maneira, para o aumento do PIB freguês e concelhio.
Os seus clientes, também de outras freguesias do concelho esperam por ali no “love story”, consumindo, dando vida a uma terra que em limpeza deixa muito a desejar.
Mas é tratado assim, com o desprezo que as fotos denunciam.
Uma autarquia municipal mais atenta, preocupada com as “industrias de produção”, teria em atenção, a qualidade de vida que deveria prestar aos cidadãos, a todos em geral, mas estar mais atenta aos expatriados, nomeadamente aos que contribuem com o seu trabalho, com a prestação dos seus serviços, para a qualidade de vida das comunidades que servem.
Mas não.
Exaspera e desespera quem vive nesta imundisse.
Até quando?
Manuel Peralta
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