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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

RAFEIRO DE PRATA

Lá diz o ditado popular... não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe... e, desta vez, temporariamente, algum mal, muito mal digo eu, está a acabar.
Então não é que, pela primeira vez, pelo menos nos últimos oito anos, que a autarquia local, Junta da Freguesia, decidiu e bem, remediar o mal que vem há vários anos causando aos moradores da denominada Zona de Lazer, contígua à Avenida 12 de Novembro de 1971, data em que se deixou de ser a Maior Aldeia de Portugal, para passar a ser uma Vila, hoje, de futuro incerto, deprimida, queixosa e mal tratada pelos poderosos citadinos supra municipais...


As sargetas estão a ser pela primeira vez desassoreadas, com levantamento das grelhas e limpas de folhas, plásticos e terra, terra, muita terra.


As frondosas tílias, as ameixeiras de vista, os plátanos da avenida que por incúria não foram podados, estão a ser devidamente tratados, com poda de ramos de acesso fácil aos vândalos do costume.


A calçada raspada de ervas daninhas, as folhas secas varridas e até prometem que vão rectificar o estado de minas gerais que são os passeios, repletos de buracos, poças que se enchem de água sempre que alguma, infelizmente pouca, chuva cai.


Limparam muito bem, como se vê pela foto, a barroca que atravessa toda a zona de lazer, prometem repor as guardas de protecção, repor a calceta em falta, eventualmente dar tratamento capaz ao mobiliário urbano existente, mesas e bancos, repor os dois fontenários em serviço, calcetar o passeio do lado dos plátanos, promessa de Presidente com dois anos e ainda não cumprida, papeleiras do lixo, etc, etc, etc...


O trabalho não está acabado, mas, como se pode observar pela foto, já o espaço começa a ser utilizado.
É certo que ao lado a Ribeira da Líria está no caos do costume, mas... lá iremos.
Pelo que se está a fazer, e bem, pelo que se promete que ainda vão fazer, é merecida a atribuição de um Rafeiro de Prata aos responsáveis pelos trabalhos em curso.

Manuel Peralta

1 comentário:

  1. Gostei da expressão Minas Gerais, para caracterizar o estado dos denominados passeios. Só quem passou por elas, ou andou lá perto, não no Brasil,claro, entende a força da expressão. Aplicável sobretudo a Moçambique, na última fase da Guerra Colonial, entre colocar um pé ali ou acolá, na pegada do homem da frente, ou ligeiramente ao lado, poderia ser o passaporte para o outro lado. Neste caso dos passeios, a diferença entre caminhar mais ou menos normalmente ou tombar por efeito do tal pé mal colocado, pode causar um entorse...E este pode ser doloroso!

    MC

    Fotos comentadas da Guerra Colonial em Angola :
    www.panoramio.com/user/1804371

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